25/06/2023

Agenda para os adoradores - Levítico 21-27 - Estudo Bíblico 17

 

Agenda para os adoradores - Levítico 21-27 - Estudo Bíblico 17

O ESTABELECIMENTO DA TEOCRACIA – Lv 21-27 – Na seção final de Levítico, Deus ensina como regular toda a vida da nação, da maneira que cumprisse o propósito de Deus para Israel que ele fosse um reino sacerdotal e o povo santo (Ex 19:6). No Novo Testamento, esse chamado é confirmado para o mundo inteiro, como uma perspectiva dos efeitos da pregação do Evangelho, conforme ele for convertendo todos os povos a Cristo (Sl 22:27,28; Mt 16:18), pois, de forma semelhante, a conversão a Cristo faz com que as nações perguntem pela Lei do Senhor, para que Ele lhes ensine os Seus caminhos, e elas andem nas Suas veredas (Is 2:3), no propósito de que toda a terra se encha do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar (Hc 2:14). De fato, isso será feito conforme as igrejas ensinam às nações os novos mandamentos de Cristo do Novo Testamento: ide, fazei discípulos de todas as nações… ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado (Mt 28:19,20).



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Lv 21 - Os Padrões para os Sacerdotes

Não profane o santuário do seu Deus (Lv 21:12). Padrões para os sacerdotes. Deus exigiu que tanto os sacerdotes como sua linhagem fossem purificados num alto padrão: que não tocassem em pessoas mortas, exceto os parentes mais chegados, que se casasse somente com mulher virgem ou viúva de outro sacerdote, que houvesse pena de morte para uma filha de sacerdote que se prostituísse, e que os sacerdotes não tivessem defeitos físicos visíveis. Nenhum homem em quem houver alguma deformidade se chegará (Lv 21:18): os problemas físicos aqui alistados como impeditivos para um sacerdote ministrar trariam dificuldades para o manejo dos animais a serem sacrificados, limitariam a experiência sensorial do culto, a profilaxia de doenças e a manutenção da linhagem sacerdotal. Pode-se questionar a promulgação de requisitos sobre os quais o sacerdote não tem culpa como impeditivos do seu ministério, mas da mesma forma temos afirmados no Novo Testamento alguns impeditivos ao ministério que não dependem somente do candidato a ministro, como os que se referem às esposas e filhos de pastores e diáconos: da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo (1Tm 3:11); que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes (Tt 1:6). Nesses casos, lembramos que para todo cristão, a prioridade é seu ministério na sua família. Se sua família não está em ordem diante de Deus, ele deve se dedicar a transformá-la em primeiro lugar, mais do que ser um pastor ou diácono. Podemos entender inclusive que o ministério dele em sua família é que o recomendará ao ministério na igreja, de maneira que, uma vez que ele tenha sido bem sucedido em formar uma família cristã, é que estará apto a liderar a igreja de Cristo: Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? (1Tm 3:5). Se acaso ele tenha dons de pregação, ensino, evangelismo, aconselhamento, etc, ele ficar de fora dos cargos de pastor ou diácono não implica necessariamente em desperdício desses dons, pois ele poderá ainda exercê-los atuando como auxiliar da liderança da igreja, sem ter necessariamente um ministério oficial.


Lv 22 - A Dignidade das Ofertas

Nenhuma coisa em que haja defeito oferecereis (Lv 22:20). Em Lv 22:17-33, Deus comunica os cuidados que devem ser tomados para que as ofertas sejam aceitáveis. Tudo isso para comunicar a perfeição de Deus, Sua distância do homem devido ao pecado, e a perfeição devida do Mediador que viria. Nossas iniqüidades fazem separação entre nós e o nosso Deus (Is 59:2), mas se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, justo (1Jo 2:1) e perfeito para sempre (Hb 7:28). Também podemos considerar o quanto o cuidado com a escolha da melhor oferta indica de sinceridade e dignidade do ato de adoração. Mais tarde o profeta Malaquias reclamaria: Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos Exércitos (Ml 1:8). Ou seja, o ofertante demonstra que deseja honrar a quem oferta pela qualidade da oferta que entrega. Em nosso contexto, podemos aplicar para a oferta de alimentos e roupas para necessitados recolhidas nas igrejas, contra a atitude de doar itens de qualidade inferior ou vencidos que aumentam a humilhação da pessoa ajudada, ao invés de minorar seu sofrimento. Uma oferta de verdade não é tirada do resto (Lc 21:4), nem custa nada (1Cr 21:22-26), nem pode ser proveniente de ganhos ilícitos (Ml 1:13; Dt 23:18).


Lv 23 - O Calendário da Adoração

Lv 23:1-24:9 – Estas são as solenidades do SENHOR, as santas convocações (Lv 23:2). Como concretização da consagração do povo de Deus, Ele estabeleceu sinais no tempo, dias e tempos santos, para marcar a vida do Seu povo com ciclos de lembrança e santa celebração. No Novo Testamento, após a obra de Cristo, a exigência dessas marcações religiosas do tempo são removidas. Não estamos mais na infância do povo de Deus, que foi Israel, precisando da Lei como professora, para se acostumar com a soberania de Deus. No Novo Testamento, o Espírito Santo já habita permanentemente nos salvos, e agora possuímos um novo tipo de relação de comunhão mais íntima com Deus, como Seus filhos, pois em toda a nossa vida, já somos do Senhor (Rm 14:8), ou seja, todo o nosso tempo, já pertence continuamente a Deus. Portanto, uma consagração religiosa de dias, tempos, meses e anos (Gl 4:9,10) no Novo Testamento tornou-se redundância, sendo válida apenas como um aspecto de oferta individual, voluntária e livre, na administração que o salvo faz do seu próprio tempo (Cl 2:16-17; Gl 4:8-11; Rm 14:5-8; 1Co 7:5), assim como as igrejas do Novo Testamento demonstraram essa liberdade na diversidade de ritmos de reunião, havendo igrejas que se reuniam duas vezes por dia (Jerusalém - At 2:46), ou somente uma vez por semana (Trôade e Corinto - At 20:7; 1Co 16:2). 

Ainda assim, tal como em toda lei cerimonial do Antigo Testamento, o estudo destas antigas solenidades, por elas terem sido sombras das coisas futuras (Cl 2:17), nos fornece lições espirituais para nossa edificação, uma vez que a maioria das coisas futuras que essas solenidades representavam, já vieram, pois a nós já são chegados os fins dos séculos (1Co 10:11).


Lv 23:3 - Sábado Semanal

O sábado do SENHOR (Lv 23:3). O descanso consagrado de um dia por semana imitava a Deus no Seu descanso na Criação, e também para o descanso permanente que um dia Deus daria a Seus servos, na Sua habitação no Céu (Ex 20:8-11; Hb 4:3-11 cf. Ap 14:13). De fato, o cristão já começou a descansar assim que creu no Evangelho (Hb 4:3), porque seu Salvador Jesus Cristo é o seu descanso (Mt 11:28-30), uma vez que Ele nos liberta da tentativa desesperada de nos salvarmos pelas nossas obras, para sermos salvos unicamente pela Graça (Ef 2:8,9).


No tempo determinado (Lv 23:4): tendo falado da solenidade semanal, agora Deus confirma a Israel suas solenidades anuais, que são:


Lv 23:5 - Páscoa

No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor. (Lv 23:5). O sacrifício de um cordeiro representa o livramento do povo de Deus da Sua ira contra o pecado, pela justificação que o sangue do Cordeiro proporciona, Deus desconsiderando o pecado do povo, e deixando de destruí-lo. De fato, hoje Cristo é a nossa páscoa (1Co 5:7), porque Ele é quem nos livra da ira futura (1Ts 1:10). 


Lv 23:6-8 - Pães Ázimos

Os pães ázimos (Lv 23:6-8). Sete dias comereis pães ázimos (Lv 23:6) comer-se pãos sem fermento simboliza o chamado de Deus à santificação, onde eles deveriam excluir o fermento, que simbolizava o pecado, das suas casas. Da mesma forma cristão prossegue, durante a sua vida, no trabalho de santificação (1Co 5:6-8, até o dia em que estará realmente sem pecado diante do Senhor, na glória (1Jo 3:2,3).


Lv 23:9-14 - Primícias

As primícias (v.9-14). Trareis um molho das primícias (Lv 23:10). Consagrava-se o primeiro molho da colheita de trigo, como penhor da colheita inteira que viria. Representa a ressurreição de Cristo como prova da ressurreição futura de todos os mortos que acontecerá (1Co 15:20).


Lv 23:15-22 - Pentecostes

Festa de Pentecostes (v.15-22). Cinquenta dias depois das primícias, ofertavam-se pães com fermento, ao contrári da festa dos pães àzimos (Lv 23:6):  Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao Senhor (Lv 23:17). Representava-se assim o reconhecimento de que o povo é e continua sendo pecador (1Jo 1:8), mas salvo unicamente pela graça e pelo poder de Deus (Ef 2:4-9). Deus tem misericórdia de Seu povo pecador, e ainda assim o sustenta e lhe dá colheita. Foi associada posteriormente com o dia em que Deus começou a revelar a Lei no Monte Sinai, confirmando que por ser pecador, o homem precisa ser orientado pelos mandamentos de Deus: Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra (Sl 119:9). No Novo Testamento, porém, Sua lei é o Senhorio de Cristo, comunicado pelo Espírito Santo enviado no mesmo dia de Pentecostes: para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra (Rm 7:6; cf. At 2). Pois o cristão transcende sua obediência a Deus de uma mera submissão forçada a uma lei, à genuína disposição do coração regenerado: Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito (Rm 8:5).


Lv 23:23-25 - Trombetas

Festa das Trombetas (v.23-25). Tereis descanso, memorial com sonido de trombetas (Lv 23:24). Representa a pregação do Reino de Deus por todo o mundo e o dever do Seu povo de anunciar ao mundo a sua necessidade de ter um Salvador e se arrepender dos seus pecados Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia. Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos as suas maravilhas (Sl 96:2,3; cf. Mc 16:15; Ap 14:6,7).


Lv 23:26-32 - Expiação

Dia da Expiação (v. 26-32). O dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas (Lv 23:27). Representa a a salvação que Deus proporciona, pela fé na expiação que era proclamada pela morte de um bode para cobrir os pecados, e pelo envio de outro bode ao deserto para levar os pecados embora. Ambas estas coisas já são realidade para nós em Cristo, tanto a expiação, como a remoção dos nossos pecados (Jo 1:29; 1Jo 2:2). Ainda assim, essa salvação é dada sempre em conjunto com o arrependimento, um afligir das nossas almas (Lv 23:27), aquela tristeza segundo Deus (2Co 7:10) em convicção, contrição e confissão: Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará (Tg 4:8-10).

 

Lv 23:33-34 - Tabernáculos

Festa dos Tabernáculos (v.33-44) Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa dos tabernáculos ao Senhor por sete dias (Lv 23:34). O povo se reunia e ficava por uma semana morando em tendas. Tinha a função de relembra como Deus o preservou Seu povo no deserto e representa como Ele o preserva e sustenta todos os dias da sua peregrinação neste mundo, no qual também hoje ainda estamos de passagem em viagem para a cidade celestial (Hb 11:13,14; 13:5,6).


Lv 24:1-16 - A Reverência Devida a Deus

Lv 24:10-16,23 -  Qualquer que amaldiçoar o seu Deus, levará sobre si o seu pecado. Numa nação teocrática, o bem mais alto não é a constituição, nem o seu povo, nem suas tradições, nem suas riquezas. O bem mais alto e mais elevado é o seu Deus. Assim os que, dentre o povo da Aliança, com amargura e rebeldia blasfemam de Deus cometem um dos pecados mais graves, que requer a punição mais alta, a morte. Que esta lei inspire em nós a extrema reverência ao falar do nosso Deus, pois Ele diz que não tomará por inocente o que tomar o Seu nome em vão (Ex 20:7), e ainda hoje precisamos saber o temor que se deve ao Senhor (2Co 5:11).


Lv 24:17-22 - Justiça Retributiva

Lv 24:17-22 – Olho por olho, dente por dente (Lv 24:20). Essa lei da retaliação foi no Antigo Testamento o padrão de Deus para a justiça social (mas nunca do indivíduo por conta própria – não te vingarás - Lv 19:18; cf. Pv 20:22; Rm 12:19; Mt 5:38-42), em que a cada crime, após o devido julgamento, é dada uma punição proporcional ao crime cometido: quem matar um homem, deve morrer, quem matar um animal; deve dar outro para o seu dono; quem ferir ao outro, deve ser ferido exatamente da mesma forma. Essa é justiça para a sociedade que Deus recomendava, uma retribuição precisamente correspondente ao mal cometido, nem mais, nem menos. Se não houver esse tipo de justiça retributiva na sociedade, cada um se vingará por si mesmo, com desequilíbrio e exagero (cf. Gn 4:23-24; 34:24-31), criando um ciclo de violência que destrói a terra (Gn 6:11-13). Além disso, a impunidade dos crimes tende a aumentá-los: toda a transgressão e desobediência deve receber a justa retribuição (Hb 2:2), pois  quando não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal (Ec 8:11) e se tu o livrares, virás ainda a fazê-lo novamente (Pv 19:19). Ainda que, como já dissemos acima, o Novo Testamento não detalha a pena específica para cada crime que as sociedades devem adotar, ele confirma que as sociedades devem castigar os crimes de alguma forma, sendo isso papel do governo instituído como ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal (Rm 13:4; Rm 12:19). Na discussão do que deve ser criminalizado na sociedade e qual pena específica cada crime merece, recomenda-se biblicamente, assim, algum tipo de justiça retributiva e proporcional como a que vemos nesse texto de Levítico. 


Lv 25 - O Ano Aceitável do Senhor

Lv 25:1-7 – A terra descansará um sábado ao Senhor (Lv 25:2). Deus ordenou que a cada sete anos um ano não se semeasse, nem colhesse, mas se consumisse a colheita do ano anterior. Ele prometeu suprir em dobro no sexto ano, e o  povo tinha que crer na providência de Deus para sustenta-lo. Era um verdadeiro teste de absoluta dependência de Deus, no qual, o povo falhando, veio a incorrer na Sua disciplina (2Cr 36:20-21).

Lv 25:8-55 - Neste ano do jubileu tornareis cada um à sua possessão (Lv 25:13). A cada cinquenta anos as terras que foram vendidas, deviam voltar para as suas famílias originais e todos os escravos deviam ser libertados. É a proclamação do perdão pleno e gratuito de Deus, em que as dívidas são apagadas, prefigurando com exatidão a obra de Cristo para com as dívidas do Seu povo. O cristão vive num perpétuo Ano do Jubileu, pelo seu cumprimento em Cristo (Lc 4:18–21).


Lv 26 - A Disciplina Prevista na Aliança

Lv 26 – Confirmarei a Minha aliança convosco (Lv 26:9). Uma aliança tem duas partes: os benefícios que recebem os que cumprirem, e os prejuízos que virão sobre os que não cumprirem. Como Deus sempre cumpre Suas promessas, Ele nunca seria o quebrador da aliança. Assim àquele povo, e a toda nação que se comprometer em seguir as leis de Deus, as maiores bênçãos em vida são prometidas, mas na exata proporção, se esse povo abandonar a Deus, Ele promete castigos severos em vida. Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência (Dt 30:19). A reconciliação com Deus, mesmo a nossa do Novo Testamento, não nos livra da disciplina paternal do Senhor, para a qual temos que estar cientes do risco, toda vez que nos rebelarmos contra Ele: já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama,E açoita a qualquer que recebe por filho (Hb 12:5,6; cf, vs 7-11). 


Lv 27 - A Entrega dos Bens ao Serviço do Senhor

Lv 27:1-29 – Quando alguém fizer particular voto. O voto é uma forma de adoração a Deus voluntária, em que alguém por gratidão ou por uma causa de intercessão, promete consagrar algo a Deus, entregando-o a um serviço que promove o Seu Reino. Ninguém deveria ser obrigado a voto algum, mas todo o que realmente quisesse fazê-lo deveria ter o extremo cuidado de o cumprir. Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votares e não cumprires (Ec 5:4,5). O Novo Testamento não traz instruções específicas sobre votos, mas uma vez que o princípio acima se refere à honestidade básica de se cumprir o que se prometeu a Deus, e que no Novo Testamento a ênfase está numa decisão pessoal e voluntária sobre as ofertas (cf. 2Co 9:7), pode ser deduzido que o princípio permanece válido de forma geral.

Lv 27:30-34 - Todas as dízimas do campo são do Senhor. Como Deus é o legítimo dono de toda a terra e de sua plenitude (Sl 24:1), é, na verdade, por misericórdia que Ele reivindica para os trabalhos que promovem o Seu Reino apenas uma pequena parte do nosso ganho. O dízimo era, como esse texto mostra, um tributo agropecuário, e não sobre rendas e salários, que são mencionados, por exemplo, em Lv 19:13, sem serem tributados: a paga do diarista não ficará contigo até pela manhã. Portanto, na Lei, somente os que possuiam rebanhos ou plantações davam dízimo, uma vez por ano (Dt 14:22) devendo entregá-los no Tabernáculo/Templo, comendo parte dele com sua família (Dt 14:26), mas a cada terceiro ano, celebrá-lo na própria cidade, com um almoço beneficente para o qual convidava os levitas e os necessitados locais (Dt 14:28-29). No Novo Testamento não existe mais esse ministério levítico hereditário a ser sustentado (Hb 7:5; cf. At 4:36-37 + 1Co 9:14), pois o chamado ao ministério é individualizado, e não herdado (Mt 9:37,38; 1Tm 3:1). Porém se espera contribuição espontânea e livre de todos os crentes para as obras da pregação do evangelho em todas as nações (Rm 10:13-15; 15:24), do sustento dos ministros (1Co 9:1-14; Fp 4:14-18) e do auxílio aos necessitados, em especial a nossos irmãos da fé (Gl 6:10), quando, com alegria, doamos segundo o que propormos em nosso coração (2Co 9:7), mesmo que seja tudo o que temos, todo o nosso sustento (Mc 12:44), afim de que mais pessoas sejam convertidas a Cristo (Rm 10:13-15), aos ministros nada lhes falte (Tt 3:13) e entre nós não haja necessitado algum (At 4:34).


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18/06/2023

Deus estabelece critérios para a Adoração - Levítico 13-20 - Estudo Bíblico 16

 

Deus estabelece critérios para a Adoração - Levítico 13-20 - Estudo Bíblico 16


Lv 13 - Santidade na doença

– A lei da praga da lepra: O diagnóstico. Sob o nome de lepra, parecem estar incluídos vários tipos de infecções, não só da doença hoje chamada de hanseníase, mas de micoses e doenças de pele, bem como de infestações de fungos nas casas e nos objetos. Todo caso suspeito demandava o isolamento, para evitar a contaminação de todo o arraial de Israel. O doente deve ele próprio tomar precaução para não contaminar aos outros,  e voluntariamente evitar todo contato que possa espalhar a infecção, pois não queremos para ninguém o mal que estamos sofrendo (cf. Mt 7:12; Gl 5:9). Ao mesmo tempo, rogamos a misericórdia de Deus sobre nossa saúde: Senhor, por estas coisas se vive, e em todas elas está a vida do meu espírito, portanto cura-me e faze-me viver (Is 38:16); Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5:14-16).

Cumpre esclarecer que a expectativa de que Deus traga a cura não necessariamente implica numa exclusividade de tal cura vir por meios sobrenaturais (como uma aplicação equivocada de 2Cr 16:12 possa sugerir), pois mesmo os apóstolos que receberam o dom de curar doentes, por vezes não o faziam (At 19:11,12 + 2Tm 4:20), e o Senhor Jesus confirmou indiretamente a validade das atividades medicinais (Mc 2:17), implicando portanto na possibilidade de Deus atender a essas orações também por meio da providencia que usa tratamentos humanamente desenvolvidos e administrados (1Tm 5:23).



Lv 14 - Santidade na cura

A lei do leproso: A purificação (Lv 14:2). Na purificação de um leproso que tivesse sido curado, duas aves eram ofertadas, uma era sacrificada como símbolo da purificação, mas outra era solta, como símbolo da liberdade, do fim do isolamento do doente. A cura de alguém deve ser celebrada com ação de graças e adoração a Deus, pela Graça dEle ter se compadecido do doente e o restaurado. Não sejamos ingratos como os nove leprosos que não agradeceram a Jesus (Lc 17:12-19), mas reconheçamos a bondade de Deus, como Ezequias disse: O Senhor veio salvar-me; por isso, tangendo em meus instrumentos, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor (Is 38:20).


Lv 15 - Santidade no corpo

A lei daquele que tem fluxo. Aqui se ensina como lidar com diversos fluidos do corpo, sejam de emissão mórbida, acidental ou regular, de forma a não promover a contaminação por doenças. Em todos os casos inclui-se a lavagem, a separação dos objetos contaminados, e o evitar que outras pessoas entrem em contato com o fluxo. Assim Deus nos ordena o zêlo pela higiene do nosso corpo, ensinando que o desleixo nessa área também é pecado: purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne (2Co 7:1). Deus lhes avisa que não deixará impune quem for desleixado nesta área, antes, Ele disciplinará quem se apresentar ao tabernáculo com essas impurezas (Lv 15:31), afinal, mesmo que nossas impurezas sejam ocultas aos outros homens, não o são a Deus (Ap 2:23).




LEIS DE SANTIDADE MORAL E CIVIL – Lv 16-20 – Deus ordenou que aquele povo todo se santificasse a Ele. Santos sereis, porque eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo (Lv 19:2). Ser santo é obedecer às leis de Deus. Eles deviam mostrar-se diferentes moralmente dos egípcios e cananeus, que praticavam todo tipo de impiedade sem restrição. Assim eles deviam buscar o perdão de Deus coletivamente (Lv 16), da maneira ordenada por Deus (Lv 17), evitar todas as práticas abomináveis, isto é, tudo que Deus detestava naqueles povos pagãos (Lv 18), praticar todos os mandamentos que Deus lhe desse, tendo-os como prática de vida (Lv 19),  e dar aos transgressores aquilo que Deus disser que eles merecem, isto é, executar os Seus juízos (Lv 20). De forma semelhante, o cristão deve disciplinar e renovar sua mente ao modelo divino, para que não se encontre rejeitando a justiça de Deus, como os pagãos rejeitam, para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus (1Pe 4:2).

Para melhor aplicação, podemos discernir entre as leis morais e as leis civis:

Uma Lei moral de Deus é quando Ele está declarando: “isto é certo ou isto é errado”, ela tem validade eterna, para todos os povos em todos os tempos. No sentido de instrução moral estas leis devem ser consideradas permanentemente e universalmente obrigatórias, à medida em que às encontrarmos confirmadas na nova lei de Cristo (1Co 9:20-21; cf. At 6:14), isto é, nas regras morais do Novo Testamento para todas as nações (Mt 28:20), confirmadas pela doutrina dos apóstolos (At 2:42), que é a voz e comando de Cristo (1Co 14:37; 2Co 13;3), como o concílio de Jerusalém bem explicou e demonstrou (At 15:24,28; 21:25). 


Já uma Lei civil de Deus aparece quando Ele regula detalhadamente o funcionamento da nação. Em Levítco 20, por exemplo, elas estabelecem o que deveria ser considerado crime a ser punido pela nação israelita e qual a penalidade de cada crime. Os transgressores deveriam ser levados aos juízes, com no mínimo duas testemunhas do crime (Dt 19:15), e a sociedade em si, representada pelos seus governantes, magistrados, juízes, sacerdotes ou soldados, em nome de Deus, iria inflingir ao malfeitor a pena que Deus disse que ele merece, se fosse julgado culpado no processo. Tais leis estavam intrinsecamente ligadas àquela organização social de Israel, e portanto têm aplicação literal mais difícil de ser posta em prática em outros contextos. Por exemplo, leis vinculadas a locais específicos, não podem ser literalmente aplicadas fora daquela nação, apenas sua idéia geral poderia ser aproveitada, como no caso da lei que designa quantas serão as cidades dos levitas, e destas, quantas seriam cidades de refúgio - Nm 35:6,7. 


Lv 16 - Santidade no perdão

A expiação por todo o povo. O mais importante de todos os sacrifícios era este do bode emissário, celebrado uma vez por ano. Nesse momento o sacerdote ofertava por todos os pecados de todo o povo, que cometeram durante aquele ano. Um dos bodes era sacrificado como símbolo do pagamento da dívida e o outro era enviado ao deserto, como comunicando o afastamento do pecado de dentro do arraial. Da mesma forma, assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões (Sl 103:12), por causa do sacrifício de Cristo pelo Seu povo, não só de um ano, mas de todos os tempos, Deus diz: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro."  (Is 43:25)




Lv 17 - Santidade na vida

É o sangue que fará expiação pela alma (Lv 17:11). No sangue está a vida de todo ser. Deus quis santificar esse elemento, para ser a moeda espiritual que pagaria pelos pecados. Assim, para sempre lembrar-se da santidade desse elemento, não podemos comer sangue algum, nem no Novo Testamento (At 15:29). Esta restrição procura dar solene memória ao meio designado para nossa salvação, que no mistério divino da Encarnação, veio a ser o sangue do próprio Deus. Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue (At 20:28). 




Lv 18 - Santidade nas relações

Nenhuma destas abominações fareis. Deus não nos deixa sem instrução sobre o que um ser humano não deveria fazer. Quando Ele chama algo de “abominação”, Ele está classificando esse ato como um tipo de pecado mais horrendo, detestável, repulsivo e hediondo do que os outros. Há graduação nos pecados, os que são mais graves e menos graves (Jo 19:11), os que despertam mais a ira de Deus e os que lhe despertam menos a ira. Aqui temos listados alguns dos piores.

Sobre essas abominações, Deus diz: Nenhuma destas abominações fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós; Porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra, que nela estavam antes de vós; e a terra foi contaminada. Para que a terra não vos vomite, havendo-a contaminado, como vomitou a nação que nela estava antes de vós (Lv 18:26-28). Ou seja, elas compõem os motivos pelos quais Deus estaria expulsando as nações cananeias da Terra Prometida, para nelas colocar um povo santo que O agradasse. Assim cada cristão deve temer que a ira de Deus se desperte contra o seu povo da mesma forma, se sua nação se entrega a essas práticas abomináveis, e acabe esse povo recebendo duros castigos de Deus em vida.

Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne, para descobrir a sua nudez (Lv 18:6-18). São as leis do incesto, que proíbem tanto o casamento como a relação sexual e a contemplação do corpo nu dos parentes alistados. A nudez de alguém pertence ao seu cônjuge (Lv 18:8).

No concílio de Jerusalém vemos que a decisão de quais trechos da Lei de Moisés os gentios precisavam ser ensinados a guardar mencionou que vos abstenhais... da fornicação (Atos 15:29). Onde fornicação, porneia em grego, é uma designação geral para todo tipo de imoralidade sexual. Portanto naquilo em que a Lei de Moisés afirmar que algo é imoralidade sexual, esta é confirmada no Novo Testamento, por essa instrução dos apóstolos. De fato, por exemplo, esse texto de Levítico 18 contém a lista de detalhamento de quais relações conjugais são abominação de incesto aos olhos de Deus: não pode casar com o pai, não pode casar com a mãe, não pode casar com a irmã, não pode casar com a tia, etc. (Lv 18:6-20), lista essa que falta nos escritos do Novo Testamento, e por isso mesmo é conveniente que essas definições da Lei de Moisés sobre fornicação sejam consideradas válidas para os cristãos gentios.

Outras ações listadas como abomináveis aqui são: ter relações durante a menstruação, cometer adultério, sacrificar filho a ídolos, ter relações homossexuais e praticar zoofilia (Lv 18:19-23). Que Deus nos dê uma mentalidade que sinta por esses atos a mesma reprovação que Ele revelou ter, pois se em nós faltar esse sentimento, com isso evidenciaremos um grande afastamento da vontade de Deus em nossos valores morais.



Lv 19 - Santidade na moral

Guardarás todos os meus estatutos (Lv 19:37). A justiça positiva de Deus no Antigo Testamento, aquilo que deveria ser feito por Israel, primeiramente resumido na aliança dos Dez Mandamentos, agora é detalhado para sua melhor obediência, para que eles soubessem o que é ser santo como Deus é santo.

Tratando-se de capítulo de multiplas leis morais, precisamos conferir uma por uma nos textos do Novo Testamento se as mesmas são confirmadas para os cristãos ou não. Cada lei moral do Antigo Testamento pode ter sido no Novo Testamento: a) confirmada, b) revogada ou c) omissa. Se foi (a) confirmada, temos o dever de cumprir ainda hoje, se foi (b) revogada, não temos o dever  de cumprir mais, se foi omissa (c), ou seja, se o Novo Testamento não fala desse assunto, podemos decidir seguir ou não.

Para fins de exemplificação, poderíamos conferir:

Não vos virareis para os ídolos nem vos fareis deuses de fundição (Lv 19:4): Confirmado no Novo Testamento, portanto o cristão tem ainda o dever de cumprir: Filhinhos, guardai-vos dos ídolos (1Jo 5:21); Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. (1Co 10:19-21). E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar. (Ap 9:20).

Quando oferecerdes sacrifício pacífico ao Senhor, da vossa própria vontade o oferecereis (Lv 19:5): Revogado pelo Novo Testamento, portanto o cristão não deve mais fazer isso: Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez (Hb 10:7-10).

Nem fareis marca alguma sobre vós (Lv 19:28): Omisso pelo Novo Testamento, não havendo texto sobre esse assunto, portanto o cristão é livre para decidir seguir ou não.

E assim deve ser feito especificamente para cada mandamento moral da Lei do Antigo Testamento.



Lv 20 - Santidade no juízo

Guardai todos os meus juízos, e cumpri-os (Lv 20:22). Deus estabelece que algumas das transgressões da Lei devem ser julgadas pela nação. A justiça de Deus não seria vindicada se os criminosos não recebessem o que merecem, depois de serem julgados e condenados. 

Aqui se informam punições de pena de morte para pecados tais como:

Sacrificar o próprio filho (v.2), amaldiçoar pai e mãe (v.9), cometer adultério (v.10), cometer incesto (v.11,12), praticar homossexualismo (v.13), casar com uma mulher e sua mãe (v.14), praticar zoofilia  (v.15,16), praticar adivinhação ou consulta aos mortos (v.27), entre outros.

Sobre a aplicação das leis penais de Israel hoje, o cristão pode gradualmente influenciar sua sociedade para também considerar crime o que Deus classificou como crime, no discernimento de que tipo de pecado que a sociedade deveria punir, para que o povo tenha uma vida quieta e sossegada (1Tm 2:2), quando houver algum castigo para quem faz o mal (Rm 13:4; cf. Ec 8:11; 1Pe 2:13-14), mesmo que não seja exatamente o mesmo castigo prescrito para a sociedade israelita naquele tempo. Mas chamar o mal de mal, e o bem de bem, conforme Deus revela em Sua Palavra, isso o cristão poderá fazer sempre, em todo lugar, promovendo a mentalidade bíblica em sua sociedade.

Castigo providencial de Deus – Deus afirma que mesmo que o povo deixe de punir adequadamente os infanticidas, idólatras e consultadores de feiticeiros (Lv 20:4-6), Ele mesmo providenciará uma punição em vida para essas pessoas. Tal é precisamente o caso de uma sociedade como a nossa, à proporção em que ela não se importar em reprovar e criminalizar, conforme os juízos de Deus, as abominações nela praticadas, como as denunciadas nestes capítulos de Levítico 18 a 20. Mas não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará (Gl 6:7). Onde estiver falhando a justiça dos homens, não falhará a justiça divina: eles receberão em si mesmos a recompensa que convém ao seu erro (Rm 1:27-28).

Porém, precisamos pontuar que sobre a pena de morte distribuída para vários crimes em Levítico 20, que embora a defesa desse tipo de penalidade seja possível ao cristão em sua sociedade, até independente da Lei de Moisés, por Genesis 9:6 dizer: Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem, sua discussão deverá considerar também a nova luz de Cristo no Novo Testamento, onde diante de uma execução prevista na Lei, de pena de morte para uma adúltera, Nosso Senhor disse: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela (Jo 8:7), levantando a questão de se existe ser humano digno de executar a pena de morte sobre outro ser humano. Também como imitadores de Deus (Ef 5:1) que com paciência procura dar tempo que todos venham a arrepender-se (2Pe 3:9), precisamos perguntar se a pena de morte é coerente com essa misericórdia proclamada no Novo Testamento.



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