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A - Vídeo de Oikodomen: O Decálogo não é imutável (VERSÃO REDUZIDA): https://youtu.be/qrNf8SWwnNk
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B - Vídeo de Tércio Ferreira: REFUTANDO A AFIRMAÇÃO DE QUE "O DECÁLOGO É IMUTÁVEL" - RESPOSTA AO CANAL OIKODOMEN: https://www.youtube.com/live/FVbEW9-LwLQ
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C - Vídeo de Oikodomen: O Decálogo não é imutável - 2o VÍDEO: https://youtu.be/pBijZQ9eHXo?si=j276qv7_oaE6GE5L
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D - Vídeo de Tércio Ferreira: REFUTANDO A AFIRMAÇÃO DE QUE "O DECÁLOGO É MUTÁVEL" - RESPOSTA AO CANAL OIKODOMEN (RESPOSTA 2) - https://www.youtube.com/live/1NfrKsrE1hE?si=2PdTmWjCuAWFpR4F
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O DECÁLOGO NÃO É IMUTÁVEL - VÍDEO 3
OIKODOMEN
PREAMBULO SOBRE MÉTODOS DE DEBATE
Antes de comentar, eu reparei que você gastou muito tempo apenas afirmando conceitos teológicos, sem os fundamentar na Biblia.
Esta não é uma maneira válida de debater, se este for um debate bíblico.
Tampouco seria necessário, sendo já o seu segundo vídeo, pois voce já explicou sua posição no seu primeiro vídeo.
E eu já conheço essa posição sua, que é mera imitação do puritanismo inglês do século XVII, porque eu já adotei essa posição. Para mim não precisa explicar. Justamente porque eu já adotei esse modo de pensar, de dividir a Lei de Deus em ‘moral, civil e cerimonial’, que já sei que essa divisão não é bíblica. Pois quando fui procurar essa divisão na Bíblia, não achei. Por isso, por não ter achado essa divisão tríplice da lei na Biblia, que abandonei essa posição e adoto a posição de lei completa. A divisão bíblica da lei é entre a lei do velho testamento e a lei do novo testamento.
Uma coisa é o que a Bíblia realmente diz, e outra coisa, nem sempre igual, é o que o catecismo sistematizado por teólogos diz. O catecismo deveria ser baseado na Bíblia e ser um resumo fiel, sem nada acrescentar. E a nossa leitura da Bíblia não deveria ser condicionada pelo catecismo, mas sempre que a Biblia discordar do catecismo, o catecismo que deve ser mudado.
Concorda com isso?
Espero que concorde.
Portanto:
Um debate bíblico, lógico e racional, deveria utilizar os seguintes métodos:
1 - Diante de um conceito que você quer defender, você precisa citar textos bíblicos que afirmem diretamente ou sejam perfeitamente coerentes com sua teoria
Não basta, para defender um conceito teológico citar apenas textos que não o contradizem, pois isso é falácia de afirmação do consequente. Nem tudo que não contradiz, é prova. A prova, em teologia bíblica são as afirmações que o texto bíblico faz. Tampouco basta apenas citar o conceito teológico pronto, mastigado, sistematizado, sacramentado em forma de catecismo. Um debate bíblico se volta aos fundamentos dos catecismos, não aos catecismos em si. Um debate bíblico precisa se focar nos textos bíblicos, somente.
Voce fez muito pouco disso. Ao inves de defender seus conceitos com textos biblicos, voce meramente repetiu seus conceitos teologicos.
2 - E diante de um conceito teológico que voce quer questionar, é necessário voce citar um texto bíblico que o contradiz.
Assim se debate biblicamente, colocando a prova biblica como objetivo final de toda teoria teologica.
3 - Se porém, o argumento for histórico, se combate com outros argumentos históricos.
Por exemplo, quando eu digo “essas categorias foram inventadas pelos puritanos ingleses do século XVII”, seria relevante para o seu lado do debate provar que alguém classificava as velhas leis revogadas do velho testamento abolido em ‘moral, civil e cerimonial’ também, antes de 1647. Consegue? Consegue achar alguém antes de 1647 dividindo a lei de Deus dessa forma?
Não que o fato de uma idéia ser nova, por isso está automaticamente errada. Mas da minha parte, e eu só posso falar por mim, é sim, um peso contrário eu entender que certas categorias teológicas eram impossíveis de terem sido adotadas pela igreja do tempo dos apóstolos. Pois no meu paradigma evangélico, o primitivismo e a busca da utopia da simplicidade inicial da igreja e do cristianismo é relevante.
Em tal simplicidade inicial da igreja do novo testamento, não consigo enxergar essa divisão de leis. No texto bíblico, em si, na Biblia pura, no que realmente está escrito, só leio a palavra ‘lei’. Há a lei da primeira aliança, e a lei da nova aliança. Uma foi revogada e a outra está vigente. Tal classificação e distinção de leis que voce defende nunca é feita diretamente, claramente, textualmente, pelas escrituras do Novo Testamento.
Você projeta ela ao texto, e atribui o significado que lhe for conveniente para não contradizer a sua teoria, de maneira que a mesma e simples palavra do texto bíblico, onde está simplesmente escrito ‘lei’ para voce pode significar várias coisas. Às vezes, para você, ‘lei’, significa ‘só o decálogo’, ‘só a lei moral’, e até mesmo ‘só a lei cerimonial’. Mantenho que isso seja arbitrário e subjetivo demais.
Mas no texto bíblico só está escrito “lei” mesmo, ainda que o texto esteja claramente falando de duas leis diferentes, como no trecho abaixo que prova que uma lei Paulo não precisaria seguir mas segue apenas para poder evangelizar os judeus, e outra lei que ele se considera obrigado a seguir:
20. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei.
21. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.
1Co 9:20,21
4 - Outra maneira válida de questionar uma teoria é o método de “reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.
5 - Outra maneira de se refutar uma teoria é demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
6 - Outra, menos definitiva, é diante de uma interpretação bíblica divergente, apresentar a interpretação bíblica alternativa, com argumentação estabelecendo os motivos dela.
7 - Nos temas em que há concordancia, é necessario declarar isso para maior clareza do debate.
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TERCIO DISSE - Quero saber o seu nome.
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Quem eu sou é irrelevante para este debate.
O que importa é a pergunta de Pilatos: “O que é a verdade”?
Uma vez que voce no seu ultimo video ensaiou diversas falácias de ataque ad hominen dizendo que eu seria obrigado a concordar com teologos batistas, isso motiva menos ainda a divulgação dessa informação, que nada mudará no debate, apenas servirá como alimento eventual para tais tipos de falácias.
Pelo fato de você não saber o meu nome, voce será obrigado a se focar no debate, e não em mim, focar na verdade dos fatos e não na sua performance em disputar com alguém.
Isso também é motivo adicional contra um debate ao vivo. Esse tipo de debate não é produtivo. O debate ao vivo é sempre, obrigatoriamente, raso. Por causa da pressa da resposta imediata, não se permite uma análise atenta, cuidadosa e aprofundada dos temas e questões, e comumente desemboca em manipulações emocionais, táticas de dominação e de silenciamento bem como falácias de ataque ad hominen. Um debate ao vivo geralmente é, portanto, inútil.
O que me interessa é a verdade da Escritura, não a vaidade da disputa.
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Esqueci de falar:
MÉTODOS DE ARGUMENTAÇÃO
8° - Há também, com menos relevância conclusiva, a argumentação indutiva por acúmulo de evidência. Onde, no caso, enumeraríamos diversas passagens dos textos bíblicos para pela quantidade demonstrarmos nosso ponto. Isso vale menos que uma argumentação dedutiva a partir de premissas diretas da Bíblia, mas serve como apoio extra.
TERCIO DISSE - A sua acusação, sim, que é uma falácia.
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Qual falácia? Uma falácia é um erro de raciocínio. Qual foi o erro de raciocínio que eu falei? E no caso voce agora cometeu outra falácia, a ad hominen, pois se eu cometer falácia isso não torna a sua falácia anterior menos falaciosa.
As falácias que você praticou foram:
1 - Falacia de ataque ao espantalho: tratar uma versão falsa ou distorcida do argumento alheio.
Você perdeu muito tempo refutando a idéia que o Decálogo seja totalmente inválido, sendo que isso eu não afirmei, antes eu disse que são válidas as partes repetidas na nova lei do Novo Testamento.
2 - Falácia de apelo á autoridade: tratar como fonte da verdade fontes das quais os debatedores não concordam.
Eu entrei neste debate pressupondo que seria bíblico. Citar meras opiniões de teólogos como se fossem relevantes ao debate, não constitui argumentação bíblica. A única autoridade para este debate são as afirmações das Escrituras.
3 - Falácia non sequitur: ‘não se segue que’ o debatedor afirma uma relação de causa e efeito sem prova.
Quando voce disse que para Deus ser imutável, Sua lei também precisaria ser imutável. Os atributos de Deus são independentes das obras de Deus, embora eles se reflitam nas obras, nenhuma obra pode corresponder totalmente ao obreiro, só se Deus criasse outro Deus.
4 - Falácia de raciocínio circular (petição de princípio). Quando o debatedor pressupoe como verdadeiros pontos ainda não estabelecidos, e apenas os reafirma sem argumentar coerentemente.
No contexto deste debate, toda vez que voce meramente repete e aplica seu conceito teológico antes de te-lo provado com passagens da Escritura. Eu concordo sim que há um espaço para essa pregação dogmática e tradicionalista que você está fazendo, mas não é este espaço de um debate bíblico. Essa sua pregação de catecismo é mais adequada quando você estiver instruindo uma criança ou discipulando um novo convertido numa classe de preparação para batismo.
5 - Falácias de composição ou de divisão. Tomar o todo pela parte, ou tomar a parte pelo todo. Quando o debatedor atribui erroneamente um fato de uma parte ao conjunto que ela compoe, ou aplica erroneamente um fato de um conjunto a uma parte dele. Por exemplo: “cortar a unha não dói, portanto cortar o corpo não dói”, falácia de composição. Ou “o corpo para de crescer aos 25 anos, portanto a unha para de crescer aos 25 anos”, falácia de divisão.
No contexto deste debate, voce pratica falácia de composição quando encontra um fato sobre um mero trecho do decálogo e expande para todo o resto do decálogo. E comete falácia de divisão quando acha texto sobre a lei e diz que se refere somente ao decálogo ou somente à ‘lei cerimonial’ (sic).
6 - Falácias de ataque ad hominen. Quando o debatedor ao inves de tratar dos argumentos em si, passa a falar da pessoa que está argumentando ou do seu contexto individual.
Quando você insinuou que pelo fato de eu ser membro de igreja batista sou obrigado a defender a mesma posição de certos batistas ou de certas confissões de fé batista, ignorando não só a irrelevancia lógica disso para um debate bíblico, como minha liberdade de crença individual, como também a multiplicidade de opiniões que caracteriza a amplamente diversificada tradição batista.
7 - Falácias afirmação do consequente. Quando a evidencia é insuficiente pelo fato de outras explicacoes produzirem o mesmo resultado. Essa falácia ocorreu no argumento subjetivo que voce citou para se testar se a pessoa tem consciência ou não de ser errado quebrar os dez mandamentos.
8 - Falácia de equívoco. Quando um conceito ou significado é subvertido para forçar as conclusões de um argumento.
9 - Falácia de autocontradição ou incoerencia. Quando o conjunto dos argumentos se auto-refuta.
Não se ofenda quando eu dizer que você cometeu uma falácia. Porque cometer falácia é coisa normal. Pode acontecer ser sem querer. É como um gaguejar lógico. É mero deslize, equívoco, todo mundo pode cometer falácias, você, eu, todo mundo. E não é vergonha cometer falácias. É porém necessário corrigí-las para construir um raciocínio logicamente coerente.
Recomendo você estudar nesse site os diferentes tipos de falácia, para você melhorar sua argumentação lógica:
criticanarede . com / falacias . html . Critica na Rede, na sessão Guia de Falácias.
E se voce achar eu cometendo alguma falácia, aponte-a, e demonstre claramente qual tipo de falácia foi, pois eu sou o maior interessado em argumentar de maneira não-falaciosa.
RETORNANDO AO DEBATE
PERGUNTA DE TERCIO: “TU INSISTE QUE PARTES DO DECÁLOGO NÃO SÃO IMUTÁVEIS E FORAM ALTERADAS. SE A LEI MORAL PODE MUDAR, QUAL LEI DO DECÁLOGO JESUS MUDOU”?
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RESPOSTA:
Sua pergunta manifesta as falacias de divisao, composicao e raciocinio circular, pois você não define com clareza o que é ‘lei moral’, e usa alternadamente as palavras ‘lei’, ‘decalogo’, ‘lei moral’, ‘princípios morais do decálogo’, conforme a conveniencia. Mas eu defini o que estou considerando decálogo desde o meu primeiro vídeo. Você também deveria fazer isso, e parar de se mover pelo pântano da obscuridade de conceitos não-definidos.
Na mesma pergunta voce alterna como se fossem sinônimos: “decálogo”, “lei moral” e “lei do decálogo”! Que confusão a sua!
Quando você diz ‘Decálogo’, neste debate, você quer dizer o que? Os mandamentos que estão contidos em Ex 20:2-17?
Porque a minha definição de Decálogo é “o conjunto de palavras que se encontra escrito em Ex 20:2-17”.
Se você usasse essa minha definição de decálogo, o debate já deveria teria se encerrado com você concordando comigo, pois você afirmou que a circunstância do ‘direito de possuir seres humanos como escravos’ que consta em Ex 20:17 não vale hoje. E você já admitiu que há outras circunstâncias no conjunto de palavras de Ex 20:2-17 que não são eternas, como ‘vos tirei da terra do Egito’.
Sim, claro que o direito de escravizar seres humanos que consta em Ex 20:17 é um circunstância daquela época... portanto, o decálogo não é imutável, na definição de decálogo como ‘conjunto das palavras que está escrito em Ex 20:2-17.
O seu problema, e não meu, é a grande fragilidade de argumentos bíblicos para sustentar a eternidade da sua definição de Decálogo, como ‘princípios morais que estão no Decálogo” (sic). Pois os seus parcos e insuficientes motivos bíblicos, somente três motivos, e motivos circuntanciais: “ter sido escrito pelo dedo de Deus, escrito na pedra e guardado na arca da aliança”, são aplicáveis às circunstâncias que estão registradas no Decálogo também, já que todo o conjunto de palavras de Ex 20:2-17 também foi “escrito pelo dedo de Deus, escrito na pedra e guardado na arca da aliança”, inclusive o direito de possuir escravos que consta em Ex 20:17.
De resto, e toda sua resposta anterior, voce somente repetiu definições teológicas de catecismo, o que não deveria valer como argumento em um debate bíblico.
Então, dada a sua falta de clareza e foco no que a Bíblia realmente diz, e não no que a doutrina da sua igreja projeta externamente sobre a Bíblia, eu tenho que responder a sua pergunta em duas partes, uma para a minha definição de decálogo, e outra para a sua definição ‘lei moral’.
Na minha definicao de decálogo como “o conjunto das palavras escrito em Ex 20:2-17” repito que mudaram:
1 - A maldição sobre descendentes de Ex 20:5, já que Cristo anulou a maldição da lei em Gl 3:13 e essa maldicao foi desqualificada pelo próprio velho testamento em textos como Ez 18:20.
2 - O temor à palavra hebraica IHVH de Ex 20:7, já que no NT invocamos o nome de Jesus para a salvação (Mt 12:21), e Deus na Sua providencia deixou a palavra hebraica hoje ser desconhecida, depondo contra a imutabilidade literal do terceiro mandamento.
3 - O endosso ao direito de possuir escravos que consta em Ex 20:17, que o NT é contra (1Co 7:23).
Agora a segunda parte da resposta, considerando o que parece ser a sua confusa definição de ‘decalogo’ “como ‘principios morais eternos’ contidos no ‘decálogo’” [texto de Ex 20:2-17] (sic).
Na SUA definição, ainda assim há mudança:
1 - Exegetas [a] tem sugerido que o mandamento ‘não tomar o nome de Deus em vão’ tem como significado original principal o perjurar fazendo menção do nome de Deus. Isto é, sendo chamado a jurar em nome de Deus, em juizo num tribunal, dizer alguma inverdade. Essa enfase aparece em: “Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanarás o nome do teu Deus. Eu sou o Senhor. Lv 19:2”; “Eu a farei sair, disse o Senhor dos Exércitos, e ela entrará na casa do ladrão, e na casa do que jurar falsamente pelo meu nome;” Zc 5:4 .
[a] Em biblehub . com / commentaries / exodus / 20
ELLICOTT - “Most modern critics regard the phrase used as forbidding false swearing only; but some think that it forbids also “profane” or “vain swearing.” Our Lord’s comment in the Sermon on the Mount favours the view that false swearing alone was actually forbidden by the Law, since He proceeds to condemn profane swearing on His own authority: “But I say unto you” (Matthew 5:34).” - TRADUÇÃO LIVRE: “A maioria dos críticos modernos considera que a frase usada proíbe apenas o falso juramento; mas alguns pensam que ela proíbe também o juramento “profano” ou “vão”. O comentário de Nosso Senhor no Sermão da Montanha favorece a visão de que apenas o falso juramento era de fato proibido pela Lei, visto que Ele procede condenando o juramento profano com Sua própria autoridade: “Mas eu vos digo” (Mateus 5:34).”
GILL: “The Targums of Onkelos and Jonathan restrain this to swearing by the name of the Lord; and so the Jewish writers generally interpret it either of swearing lightly, rashly, or falsely” TRADUÇÃO LIVRE: “Os Targuns de Onkelos e Jônatas restringem isso a jurar em nome do Senhor; e assim os escritores judeus geralmente interpretam como jurar levianamente, precipitadamente ou falsamente.”
Assim, se o assunto do terceiro mandamento do Decálogo for o juramento em nome de Deus, teremos aí uma grande mudança em mandamento moral. Porque na Nova Lei do Novo Testamento Jesus proibe jurar totalmente:
Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa disto é procedente do mal. Mt 5:33-37.
Quero acreditar que todos concordariam que entre “só jure em nome de Deus se for falar a verdade” e “nunca jure de forma alguma” há uma diferença significativa, portanto uma mudança no conteúdo daquilo que você chama de “lei moral”.
Pois o terceiro mandamento reconhece a necessidade de jurar em nome de Deus em certos casos, mas Jesus rompe com isso e manda Seus discípulos não jurarem nunca. Jurar em nome de Deus, aliás era uma ordem na velha lei do velho testamento: “O Senhor teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.” (Dt 6:13 = Dt 10:20). Assim, ao contrário do que diz o catecismo puritano que sua igreja repete, o terceiro mandamento não pôde viver separado do seu contexto civil da teocracia israelita, pois o terceiro mandamento pressupoe uma sociedade em que as pessoas são obrigadas a jurarem em nome de Deus, e o sentido do terceiro mandamento então seria: “quando for jurar em nome de Deus, você precisa falar a verdade”. Que os israelitas seriam obrigados a jurar em nome de Deus costumeiramente naquela sociedade vemos pelas seguintes passagens da lei erroneamente dividida como ‘civil’ pelos puritanos ingleses do século XVII:
Se alguém der a seu próximo a guardar um jumento, ou boi, ou ovelha, ou outro animal, e este morrer, ou for dilacerado, ou arrebatado, ninguém o vendo, Então haverá juramento do Senhor entre ambos, de que não pôs a sua mão nos bens do seu próximo; e seu dono o aceitará, e o outro não o restituirá. Ex 22:10,11. É sobre isso que o terceiro mandamento está falando.
Assim a suposta ‘lei civil’ é que dá sentido ao terceiro mandamento, e a suposta ‘lei moral’ precisa pressupor a suposta “lei civil” totalmente para que a suposta “lei moral” seja compreensível. A lei civil que obriga o juramento é que seria o motivo para o terceiro mandamento existir. Se voce admite que a lei civil caiu, o terceiro mandamento, do modo como o decálogo o expressa, cujo sentido depende da lei civil, também caiu.
Sobre o terceiro mandamento, também eu comentei anteriormente que não pode ser atribuido como um mandamento “eterno”, já que o nome de Deus não era conhecido antes de Moisés, nem por Abraão, Isaque e Jacó, portanto a reverencia para com o nome não poderia ser exigida deles:
Está escrito. Não sou em quem está inventando. Leia:
E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido. (Ex 6:3).
Acho que eu já tinha falado sobre isso, mas parece que essa parte você pulou e não comentou. Eu acho que sei porque voce pularia e se recusaria em comentar isso. É porque voce acha que Abraao conhecia o decálogo. Porém essa afirmação não é sustentável à luz de Exodo 6:3, já que esse texto diz que Abraao, Isaque e Jacó não conheciam o nome a ser temido e preservado de profanação, portanto não é sustentável biblicamente dizer que eles guardaram o terceiro mandamento conforme registrado nas tábuas de pedra do Sinai.
Assim temos essas fases sobre o terceiro mandamento: 1a fase, antes de Moisés, ninguem conhece o nome de Deus do qual fala o terceiro mandamento, portanto o terceiro mandamento não pode ter estado vigente desde a Criação, e se torna falsa a doutrina que diz que decálogo foi uma lei moral eterna desde a Criação. De Moisés a Jesus ele é válido mas Jesus proibe jurar totalmente, então a partir do Novo Testamento o terceiro mandamento está obliterado pela proibição de jurar de qualquer maneira, ele não tem aplicação. Se eu seguir a ordem de Jesus de nunca jurar, nunca vou ter que me preocupar em seguir o terceiro mandamento, pois nunca vou jurar em nome de Deus, já que, conforme a ordem de Jesus, eu nunca vou jurar de nenhuma maneira. Na era moderna o nome exato de Deus foi esquecido de novo, portanto se tornou impossível obedecer ao terceiro mandamento de forma literal.
Não adianta voce escapar apelando para ‘principios gerais’, pois em ‘principios gerais’ falta a objetividade e precisão que deveriam caracterizar algo realmente imutável, conforme a sua teoria. Onde o ‘principio geral’ é definido? Quem o define? Qual texto da Escritura? Onde está a lista dos princípios gerais? Não pode ser o texto de Ex 20:2-17, pois ele não é composto somente de princípios gerais. Onde está então? Cade esses principios gerais registrados na Escritura? Seria mais um conceito teologico externo e superficial imposto sobre o texto biblico. “Princípio geral” é um coringa que voce pode usar para significar qualquer coisa além do que realmente está escrito no texto bíblico.
Também não adianta vir com justificativas forçadas contra a proibição absoluta de jurar que Jesus decretou na Sua Nova Lei promulgada a partir do Sermão da Montanha. Essas justificativas forçadas foram criadas por teólogos comprometidos em manter as tradições e costumes da sua sociedade, teólogos sustentados por governantes, profetas da corte, como o Amazias de Amós 7. Eles não podiam ter a coragem de ensinar o que Jesus realmente ensinou no Sermão da Montanha contra jurar de qualquer maneira, sem serem perseguidos em sua sociedade que obrigava o julgamento em suas leis seculares. Quem teve coragem de ensinar a Nova Lei de Cristo contra a obrigação de fazer juramentos foram os anabatistas, e eles foram massacrados por isso, considerados rebeldes contra o governo civil, em toda a Europa. Hoje mesmo nos Estados Unidos a lei daquele país ainda te obriga a jurar no tribunal, e os teologos americanos, que são covardes e culturalmente condicionados, não conseguem ser fiéis a Cristo e falar contra isso. Mas aqui no Brasil estamos tranquilos para obedecer a Jesus sem sermos perseguidos, na lei brasileira você não é obrigado a jurar no tribunal, apenas precisa prometer que falará a verdade. Aproveitemos essa liberdade e deixemos de ser meros papagaios repetidores dos covardes e mundanos teólogos americanos e europeus, que se importam mais com seus salários do que com a verdade da Escritura.
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Portanto respondendo objetivamente à sua pergunta: sim, Jesus modificou uma parte dos mandamentos do decálogo, em especial o terceiro mandamento, pois este consistia na proibição de jurar falso em nome de Deus, e Jesus proibiu o jurar de qualquer maneira.
Esta é a resposta à sua pergunta se ela for restrita ao ministério terreno de Jesus.
Mas se você considerar o ministério celestial de Jesus, há mais um trecho dos mandamentos do decálogo que Jesus modificou.
O ministério celestial se refere àquela parte da doutrina do Novo Testamento que foi dada com Jesus já ascendido ao Céu, por revelação do Espírito Santo dada aos apóstolos.
Em Lc 10 Jesus diz aos apóstolos: “quem vos ouve, a Mim me ouve”. Em 2Co 13 Paulo diz “Cristo que fala em mim”. E em 1Co 14 Paulo diz “as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor”.
Assim, o ministério de apóstolo incluiu o receber novas revelações da parte de Cristo que completaram a doutrina do Novo Testamento.
Nesse ministério celestial de Cristo foi revelada mais esta modificação nos mandamentos do decálogo:
2 - O 4o mandamento no NT tem sua obrigatoriedade abolida na nova lei de Cristo conforme ensinada pelo apostolo Paulo em Rm 14:5-6; Cl 2:16-17 e Gl 4:9-11. O NT não manda guardar o sábado, e nem manda guardar o domingo. No NT a consagração de dias se tornou oferta voluntária individual de tempo, a rigor, redundante, pois agora até o trabalho secular o cristão já faz para Jesus (Cl 3:23,24; cf. 1Co 10:31), e se toda sua vida já pertence a Cristo, já não há mais distinção entre sagrado e secular (Rm 14:5-6). Também as cerimônias antigas, nas quais o sábado estava incluído eram meras sombras dos bens espirituais que Cristo já nos trouxe (Cl 2:16-17). E submeter-se religiosamente à guarda de dias é escravizar-se a rudimentos fracos e pobres, que tiveram sua utilidade para guiar crianças espirituais, mas dados os atuais privilégios dos que foram feitos filhos de Deus por meio de Cristo, perderam sua pertinência (Gl 4:9-11).
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TERCIO DISSE - 1Jo 3:4 - pecado é a transgressão da lei.
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MÉTODO: declarar a concordância e reduzir ao absurdo a discordância.
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Sim! De toda a lei, quebrar a chamada lei moral é pecado, quebrar a chamada lei cerimonial é pecado e quebrar a chamada lei civil é pecado, quebrar qualquer lei vigente de Deus é pecado. Só não é pecado quebrar as leis abolidas do velho testamento revogado.
Será que novamente voce vai usar de forma arbitraria a palavra ‘lei’ e dizer que em 1Jo 3:4 ela significa ‘somente o decálogo’?
Como eu disse sobre o método do debate, vou estar adotando-os e avisando quando estou usando.
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AFIRMAÇÃO DE TÉRCIO: “somente a lei moral é que define o que é pecado”.
MÉTODO: “Diante de um conceito teológico que voce quer questionar, é necessário voce citar um texto bíblico que o contradiz.”
Pois bem, contradizendo essa sua definição de ‘lei moral’ como ‘aquela que define o pecado’, lemos em Lv 5:15,16:
Quando alguma pessoa cometer uma transgressão, e pecar por ignorância nas coisas sagradas do Senhor, então trará ao Senhor pela expiação, um carneiro sem defeito do rebanho, conforme à tua estimação em siclos de prata, segundo o siclo do santuário, para expiação da culpa. Assim restituirá o que pecar nas coisas sagradas, e ainda lhe acrescentará a quinta parte, e a dará ao sacerdote; assim o sacerdote, com o carneiro da expiação, fará expiação por ele, e ser-lhe-á perdoado o pecado.
Aqui se trata da quebra de uma lei cerimonial, como quando alguem come da oferta a parte que somente o sacerdote poderia comer, ou o pão do tabernáculo, como Davi comeu. Mas essa quebra de lei cerimonial pela Escritura é chamada de pecado em Lv 5:16. Também podemos lembrar quando Ezequias orou a Deus que perdoasse o povo que estava comendo a Páscoa sem estar devidamente purificado segundo, a classificação da sua teoria, uma lei cerimonial de como se purificar para celebrar a Páscoa.
Desta maneira não subsiste essa definição de lei moral diante da Escritura, que não a sustenta, antes, na Escritura a desobediencia de qualquer parte da Lei de Deus, seja em seus aspectos morais, civis ou cerimonais é sempre pecado, como na definição de 1Jo, pecado é transgressao da Lei, sim, mas de toda a Lei, sim, de qualquer parte da Lei. Enfim, pecado é desobedecer a Deus, quer Deus tenha dado uma ordem, segundo sua classificação puritana do século XVII, “moral, civil ou cerimonial’.
Mas além dessas deveria existir uma quarta classificação, as ordens específicas que transcendem e se sobrepõem acima das ordens normais. Vou falar disso adiante.
Ao final do seu vídeo, você se contradisse e concordou que quebrar a lei civil também é pecado. Eu tinha colocado nas regras que a resposta à última pergunta era a prioridade da nossa nova resposta. Se voce tivesse feito isso, como eu acabei de fazer agora, voce teria se poupado dessa auto-refutação.
Mas acho que voce ainda vai continuar repetindo essa contradição contra a Biblia de que somente a lei moral define o que é pecado. Acho que voce repetirá essa contradição ainda muitas vezes, pois seu compromisso é com o catecismo doutrinário da sua igreja e não com a Escritura acima do catecismo doutrinário da sua igreja. Acho que você não vai ousar corrigir a doutrina da sua igreja, mesmo que a doutrina da sua igreja esteja contra a Bíblia.
Enfim, no começo do vídeo voce disse que só a lei moral define o que é o pecado e no final do vídeo voce concordou que quebrar a lei civil também é pecado. Então você entrou em contradição, e essa contradição é só sua. Resolva.
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TERCIO DISSE - A Lei de Deus é imutável?.
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MÉTODO: Apresentar a interpretação alternativa.
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Não. Deus pode mudar a Sua Lei e mudou, conforme textos já citados no vídeo anterior, e outros dos quais vou falar adiante.
Seu problema contínuo de falta de clareza e coerência na divisão que você projeta à Lei de Deus aparece de novo.
Quando voce diz ‘lei de Deus’ quer dizer toda a lei, ou somente partes da lei? Por que voce alterna o uso da expressão ‘lei de Deus’ quando na verdade quer dizer somente o decálogo?
Como eu acho que você está falando do Decálogo, vou aproveitar essa pergunta para para acrescentar argumentos contra a absolutização do Decálogo.
1 - O Decálogo não deve ser absolutizado, pois a ética bíblica não é absolutista e sim hierárquica.
Nesse tipo de ética, diante de um mandamento mais importante, é justificado quebrar um mandamento menos importante. Isto se demonstra por passagens como a das parteiras do Egito que inventaram desculpas para se recusar a matar os bebês israelitas. O texto de Ex 1:15-21 diz ainda que Deus as recompensou, mesmo elas, se formos considerar o decálogo de forma absoluta, tendo quebrado o nono mandamento. Outra pessoa que teria quebrado o nono mandamento (não dar falso testemunho) em favor do sexto mandamento (não matarás) foi Raabe, e ela também foi recompensada por Deus.
2 - A ética hierarquista da Bíblia se demonstra sobre o decálogo quando Jesus narra que os israelitas aceitavam quebrar o quarto mandamento para circuncidar recém-nascidos, se o dia da circuncisão caisse num sábado (Jo 7:22,23).
Ora, a circuncisão não está no decálogo, mas o guardar o sábado está no decálogo. Se o decálogo pode ser quebrado em favor de um mandamento cerimonial, ele não seria tão absoluto assim. Voce quebra o mandamento menos importante em favor do mandamento mais importante. Aliás, se a circuncisão era mais importante que o sábado e a circuncisão passou (conforme 1Co 7:18), isso também abre margem para o sábado passar (conforme Rm 14:5-6; Cl 2:16-17 e Gl 4:9-11).
3 - No Novo Testamento Jesus impõe ordens pela Sua autoridade que transcendem certos mandamentos do Decálogo. A um homem curado mandou carregar a cama num sábado, o que é quebra do quarto mandamento (Jo 5:8-10). A outro homem que queria seguí-lo ordenou não participar do enterro do pai, o que é quebra do quinto mandamento (Mt 8:21-22, também Lc 14:26 - aborrecer pai e mãe). E a todos os discipulos Jesus disse que eles podem ter que perder a própria vida por amor a Ele e ao evangelho, o que é quebra do sexto mandamento (Lc 14:26; Mc 8:35). De fato, pelo senhorio de Cristo, centenas de milhares de mártires quebraram o sexto mandamento do decálogo, entregando sua vida à morte pela glória de Cristo.
Tais ordens acima do decálogo não podem ser justificadas por uma teologia que absolutize o decálogo. Mas são perfeitamente justificáveis numa teologia que pregue que o Novo Testamento tem uma nova lei, a Lei de Cristo, isto é, o Seu senhorio absoluto sobre o Seu discípulo, conforme Rm 7:1-4 também ensina.
4 - Quando foi perguntado quais são os maiores mandamentos Jesus não respondeu com mandamentos do decálogo, mas com um mandamento de Dt 6 (ama a Deus de todo o coração) e um de Lv 19 (ama ao próximo como a ti mesmo). Também resumiu a lei e os profetas com um mandamento inédito, de fora do decálogo: fazer aos outros o que gostaria que lhe fizessem (Mt 7:12).
5 - Mesmo quando listas enumerativas de mandamentos parecem citar o decálogo, nunca citam o decálogo inteiramente e também acrescentam mandamentos de fora do decálogo, impedindo uma clara exaltação do decálogo acima de outros mandamentos de Deus.
Em Mt 19:18-19 só cita 5 do decálogo (Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; Honra teu pai e tua mãe) e cita um de fora do decálogo (ama ao teu próximo como a ti mesmo), e acrescenta mais três inéditos que não tem em lugar algum do velho testamento (vender tudo que tem, dar aos pobres e seguir a Cristo).
Em Mc 10:19-21 só cita 5 do decálogo (Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe.) e cita um de fora do decálogo (não defraudarás alguém;), e acrescenta mais quatro inéditos que não tem em lugar algum do velho testamento (vender tudo que tem, dar aos pobres, seguir a Cristo e tomar a cruz).
Em Lc 18:20-22 só cita 5 do decálogo (Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe.) e acrescenta mais tres inéditos que não tem em lugar algum do velho testamento (vender tudo que tem, dar aos pobres, seguir a Cristo).
Em Rm 13:9 só cita 5 do decálogo (Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás) e acrescenta mais um de fora do decálogo (ama ao teu proximo como a ti mesmo).
Nenhum dessas 4 enumerações de mandamentos cita a assim chamada ‘primeira tabua do decálogo’, os 4 mandamentos para com Deus, o que é uma ausência notável, além das ausências já apontadas de no minimo 1 dos 6 mandamentos para com o próximo em cada uma dessas listas.
6 - Outros resumos da vontade normativa de Deus ignoraram o decálogo, tanto no Velho, como no Novo Testamento, a saber: Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus? (Mq 5:8); Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas (Mt 7:12). Esses resumos não citam o decálogo, mas citam outras virtudes de fora do decálogo.
7 - Nas Bem-aventuranças, Jesus afirma sobre diversas virtudes dos que forem transformados pelo Seu evangelho que elas são sinais de que eles entrarão no Reino de Deus, mas a maioria dessas virtudes nada têm a ver com as leis do Decálogo, em Mt 5:3-12 - ser pobre de espírito, chorar, ser manso, pacificador, misericordioso e sofrer perseguição. Esses sinais do verdadeiro discipulado cristão são independentes da observância do decálogo.
8 - Em Hb 10:28,29 diz “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?“”.
Assim rejeitar a Cristo é um pecado maior do que cometer pecados que merecem pena de morte segundo a lei. Alguns desses pecados que mereciam pena de morte estavam no Decálogo como adorar outros deuses (Dt 13), quebrar o sábado (Nm 15:32-36) e matar um ser humano (Lv 24:21). Mas se todos eles são menos graves que rejeitar a Cristo e a Sua salvação, o Decálogo não pode ser considerado o valor absoluto do Reino de Deus, por haver um valor maior que ele.
A pessoa pode quebrar o decálogo e ainda ser salva por Cristo, mas se uma pessoa guardar o decálogo e não crer em Cristo, se perderá, portanto crer em Cristo é um mandamento mais importante que o decálogo.
Àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça (Rm 4:5).
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TERCIO DISSE - Se o padrão muda, o conceito de pecado se torna relativo.
MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
Aqui há falácia de mistura de termos (equívoco). O conceito geral de pecado permanece o mesmo, por definição, é pecado desobedecer a Lei de Deus. A definição de que alguma atitude seja pecado sim, pode mudar, se o conteúdo da Lei de Deus mudar.
O pecado é a transgressão da lei. 1Jo 3:4. Desobedecer o que Deus estiver mandando é pecado. Porém Deus pode mandar coisas diferentes para pessoas diferentes.
Assim, Deus mudando Sua Lei, como o NT diz que mudou, algumas coisas que eram pecado deixam de ser, e outras que não eram pecado passam a ser. Deus tem o direito de fazer isso, Deus não é escravo da Sua Lei. Deus é soberano até para mudar Sua Lei, e de fato, mudou, conforme os textos bíblicos já citados nos vídeos anteriores.
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AFIRMAÇÃO DE OIKODOMEN: “Sim, a definição de que alguma atitude seja pecado pode mudar”.
MÉTODO: “Diante de um conceito que você quer defender, você precisa citar textos bíblicos que o afirmem ou sejam perfeitamente coerentes com ele”.
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Leiamos:
Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; - Mt 5:39.
Pois bem, antes de Jesus proferir o Sermão do Monte nunca foi pecado não dar a outra face quando alguém lhe batesse na face. A partir disso será sempre pecado não dar a outra face quando alguém lhe bater na face, pois isso seria desobedecer um mandamento de Deus, dado por Jesus no Sermão do Monte. Sim, “o conceito de pecado mudou”, pois um pecado inédito foi acrescentado pelo mandamento inédito que Jesus inaugurou no Sermão do Monte em Mt 5:39.
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TERCIO - A Palavra de Deus é a verdade.
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MÉTODO: declarar concordancia + apresentar interpretação alternativa.
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Sim. Isso não quer dizer que não possam haver nela mandamentos especificos para tempos específicos, com validade temporária e contextual.
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TERCIO DISSE - Seu caráter é eterno.
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
Mais uma falácia de mistura de termos (equívoco). Pois depende do que você quer dizer com isso. Que a Palavra durará para sempre, claro que sim, que tudo que ela ordena é sempre um dever, não, se Deus tiver mudado Sua Lei, como de fato, mudou, conforme os textos bíblicos já citados, ou se Deus tiver dado mandamento específicos para pessoas ou povos específicos, ou quando Deus tiver dado mandamentos com abrangências e vigências específicas.
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AFIRMAÇÃO DE TÉRCIO - A palavra de Deus é eterna [no sentido que não pode mudar e valerá para sempre].
MÉTODO: “Reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.” + demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria - Falácias de generalização ou de redução.
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Se voce encontrar descendentes de amalequitas hoje, voce acha que tem o dever de matá-los, como Moisés e Josué tinham? Se não, onde está a ‘eternidade’, no seu conceito, da Palavra de Deus que mandou que eles fossem mortos? Você vai classificar isso como ‘lei civil’? Mas a ‘lei civil’ e a ‘lei cerimonial’, que sejam, não vieram de Deus também? Não são palavras de Deus também? Em que a eternidade não se aplica a elas, sendo elas também “Palavra de Deus’? Portanto é falsa essa afirmação que algo apenas por ser a Palavra de Deus não possa ter sua vigência terminada.
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TERCIO DISSE - Deus é imutável.
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MÉTODO: Declarar concordância.
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Sim.
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TERCIO DISSE - Se a Lei moral não é imutavel, quem garante que Deus não seja imutável?
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
Isso é uma falácia non sequitur (não se segue que). Quem disse que a Lei de Deus é que define o atributo de imutabilidade de Deus?
O que garante que Deus seja imutável é Ele ter dito que é imutável.
Deus não é a Lei. A Lei não é Deus. Deus é um Ser e a Lei é uma coisa. A Lei é uma coisa separada que Deus criou. Deus é o Ser Supremo, a Lei é uma obra de Deus. Deus não teve começo, a Lei teve começo. Deus não depende da Lei, a Lei depende de Deus. Sua posição faz de Deus um mero governante subordinado à própria lei, limitado como os reis persas que eram escravos dos seus proprios decretos, como lemos nas historias de Daniel e Ester.
E
Aqui novamente voce parte do pressuposto não provado (falácia de raciocínio circular) que a Lei de Deus deva ser dividida conforme inventaram os puritanos ingleses no século XVII, em tres partes: moral, civil e cerimonial. Mas isso, essa divisão, não tem base bíblica. Na Biblia a Lei é uma só, e abrange tudo, o moral, o civil e o cerimonial.
A velha lei abolida do velho testamento revogado abrangia o moral, o civil e o cerimonial, e a nova lei vigente do novo testamento atual abrange o moral, o civil e o cerimonial. Se um ser humano quebrar qualquer parte de uma lei de Deus vigente para ele, estará pecando. Não estará pecando, porém, se quebrar uma parte de uma lei de Deus que não seja vigente para ele.
E esse seu pressuposto ainda não prova que a Lei Moral não pode mudar por ser expressão do caráter de Deus. Quem disse? Na Bíblia, quem disse isso? Não tem isso na Bíblia, é invenção de catecismos puritanos.
Mesmo que a Lei Moral existisse como uma parte superior da Lei, o que eu nego e acho absurdo e antibíblico, Deus poderia vincular Sua expressão do Seu caráter de forma adaptada a tempos diferentes, como de fato eu digo que fez, sendo uma expressão a conveniente ao Velho Testamento, e outra a expressão conveniente ao Novo Testamento.
O carater de Deus não muda, mas a maneira de Deus expressá-lo pode mudar, se Deus mudar quais mandamentos estarão vigentes para determinadas pessoas.
O caráter de Deus é o mesmo, mas a maneira de Deus lidar com os homens pode ser diferente.
Tal como um pai, com seu filho de 2 anos de idade ameaça bater com o chinelo se ele não obedecer, mas ao seu filho mais velho de 10 anos não faz mais esse tipo de ameaça, ele muda para algo como ‘vai ficar uma semana sem videogame’, porém o caráter do pai desejando o bem do filho, é o mesmo, e não mudou. A expressão desse caráter, nos decretos disciplinares do pai, diferentes para crianças ou para pré-adolescentes, é que mudou, e de fato, deveria mudar.
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TERCIO DISSE- O Decálogo foi escrito em tabuas de pedra, pelo dedo de Deus.
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
Isso é uma falácia non sequitur (não se segue que).
“O decálogo foi escrito em tábuas de pedra, pelo dedo de Deus e posto na arca”.
Só isso é o seu argumento bíblico pela eternidade e imutabilidade do decálogo?
Só isso?
Pois de bíblico, como motivo para o decálogo ser imutável, que voce apresentou, foram só essas tres coisas.
Circunstâncias sobre o modo de Deus comunicar o decálogo.
Mas voce não trouxe nenhuma declaração bíblica sobre a eternidade e imutabilidade especificamente do decálogo. Nenhum texto biblico dizendo que especificamente o decálogo durará para sempre e não pode mudar. Voce não citou “textos bíblicos que afirmem diretamente ou sejam perfeitamente coerentes com sua teoria”
As declarações que voce faz sobre isso são apenas repetições de catecismo. Não estão na Biblia. Estão no catecismo. Então não valem como argumento bíblico. No contexto de um debate bíblico, são mera falácia de apelo à autoridade.
Vamos analisar essas três evidencias que voce conseguiu achar na Bíblia. Só três?
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TERCIO DISSE - O Decálogo foi escrito em tabuas de pedra, [portanto é imutável].
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MÉTODO: Apontar falácias logicas - falácia non sequitur + “reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.
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Foi escrito em tábuas de pedra.
E por que isso implicaria dele ser imutável? Só porque Deus escreveu na pedra?
A pedra é mera mídia. Que isso significa ser imutável, é projeção externa ao texto bíblico. Cometes falácia non sequitur.
Lembre que Deus tambem mandou escrever em pedra todo o restante da Lei, conforme lemos em Dt 27:1-3.
E deram ordem, Moisés e os anciãos, ao povo de Israel, dizendo: Guardai todos estes mandamentos que hoje vos ordeno; Será, pois, que, no dia em que passares o Jordão à terra que te der o Senhor teu Deus, levantar-te-ás umas pedras grandes, e as caiarás com cal. E, havendo-o passado, escreverás nelas todas as palavras desta lei, para entrares na terra que te der o Senhor teu Deus, terra que mana leite e mel, como te falou o Senhor Deus de teus pais. Dt 27:1-3.
Portanto Deus quis que toda a Sua Lei fosse escrita na pedra, se isso implicasse que não pode mudar, então nada de toda a Sua Lei poderia mudar. Mas sua teoria já reconheceu que algumas partes dessa Lei completa, que também foram gravadas em pedra, mudaram, conforme diz claramente e irrefutavelmente, Hb 7:11,12, texto do qual nenhuma teoria de perenidade da velha Lei pode escapar de ter que lidar..
Detalhe que a Escritura mesmo não dá esse destaque ao fato do decálogo ter sido escrito em pedra, nem diz que isso faz dele uma lei superior. Veja por exemplo como Deus se refere às tábuas nesse texto:
Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar (Ex 24:12).
Aqui, para contradição da sua teoria, Deus separa as tábuas de pedra da lei. Provavelmente porque quando Deus fala ‘lei’ quer dizer a lei completa, que Ele ainda não acabou de dar. Ele não diz que as tábuas de pedra são Sua lei, mas faz diferença entre Sua lei e as tábuas de pedra. Por que será? Será que as tábuas de pedra não eram as ‘tábuas da lei’? De onde vem a expressão ‘tábuas da lei’? Da Bíblia não vem. Em lugar algum da Bíblia ela chama essas tábuas de ‘tábuas da lei’. Ela chama de que? De ‘tábuas da aliança’. Que aliança? A nova aliança vigente? Não, a velha aliança, já revogada como diz Hb 8:13-9:4.
As tábuas de pedra eram o contrato da velha aliança.
Partes do contrato: O Senhor Deus que tirou Israel do Egito, da casa da servidão e Israel (Ex 20:2)
Obrigações de Deus: Ser zeloso e punir até a terceira e quarta geração os que lhe desobedecerem e abençoar até mil gerações os que lhe obedecerem (Ex 20:5).
Obrigações de Israel: Não ter outros deuses, não fazer imagens de escultura, não tomar o nome de Deus em vão, guardar o dia de descanso, honrar pai e mãe, não matar, não adulterar, não furtar, não dar falso testemunho e não cobiçar (Ex 20:3-17).
Também, tradicionalmente e catequeticamente costuma-se referir às duas tábuas com uma tendo os quatro mandamentos para com Deus e a outra com os seis mandamentos para com o próximo. Mas exegeticamente isso não tem fundamento nem evidência. Por terem o sentido de um contrato entre Deus e Israel,o mais provável é que cada tábua tivesse o conteúdo inteiro do Decálogo, repetido. Como um contrato com duas cópias.
O Senhor nosso Deus fez conosco aliança em Horebe. (...) Estas palavras falou o Senhor a toda a vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridão, com grande voz, e nada acrescentou; e as escreveu em duas tábuas de pedra, e a mim mas deu. (Dt 5:22).
É assim que a Biblia se refere a elas, como aliança, e não como lei. Lei é o livro. As tábuas são a aliança.
Disse mais o Senhor a Moisés: Escreve estas palavras; porque conforme ao teor destas palavras tenho feito aliança contigo e com Israel. E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos (Ex 34:27,28).
Então vos anunciou ele a sua aliança que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra. (Dt 4:13).
Sucedeu, pois, que ao fim dos quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança (Dt 9:11). As tábuas da lei? Não, as tábuas da aliança. A Bíblia nunca chama elas de ‘tábuas da lei’. Os catecismos inventaram isso.
Então virei-me, e desci do monte; o qual ardia em fogo e as duas tábuas da aliança estavam em ambas as minhas mãos (Dt 9:15). Ué, não vai chamar de tábuas da lei? Não, nunca vai chamar de ‘tábuas da lei’. Essa expressão não existe na Bíblia. Os catecismos que inventaram isso.
Em nenhum lugar da Bìblia fala a expressão ‘tábuas da lei’.
Em nenhum lugar da Biblia fala a expressão ‘transferir a lei da pedra para o coração’, fala sim de ‘escrever as leis de Deus no coração’., A idéia que seriam exatamente as mesmas leis no Novo Testamento, isso também é invenção do seu catecismo. E ninguem em sã consciência defende isso, só judeus messianicos, que, com maior coerencia que o puritanismo inglês do século XVII que sua igreja imita, dizem que ainda vale toda a lei do velho testamento, estando obviamente, errados.
Na arca não havia coisa alguma senão as duas tábuas, que Moisés tinha posto em Horebe, quando o Senhor fez aliança com os filhos de Israel, saindo eles do Egito. (...) E pus nela a arca, em que está a aliança que o Senhor fez com os filhos de Israel. (2Cr 5:10; 6:11). Na arca estão o que? As tábuas. E o que são as tábuas? São a lei? Não. As tábuas são a aliança; e pus nela a arca em que está a aliança que o Senhor fez com os filhos de Israel. Não é aliança com toda a humanidade de todos os tempos? Não é aliança com Adão e Eva? É com o povo que o Senhor tirou da terra do Egito, conforme o preambulo do Decálogo?
Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. (...) Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança; (Hb 8:6,7; 9:4). Hebreus novamente não diz que as tabuas do decálogo são as tábuas da lei, e sim são as tábuas da aliança. Da velha e primeira aliança, que ele diz que estava prestes a acabar em Hb 8:13. Dessa velha aliança das tábuas de pedra ele disse nos versos 6 e 7 que não era irrepreensível, e que a nova aliança tem promessas melhores. Se nem as promessas do decálogo são tão boas quanto as novas promessas da nova aliança, como o decálogo seria tão absoluto e imutável como diz a sua teoria?
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TERCIO DISSE - O Decálogo foi escrito pelo dedo de Deus [portanto é imutável].
MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz.
Dedo de Deus é mera expressão para ‘poder de Deus’, essa expressão dedo de Deus aparece na narrativa das pragas do Egito.
Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouvia, como o Senhor tinha dito. Ex 8:19.
Em Ex 8:19 é o mesmo livro, usando a mesma expressão. Em exegese isso é uma evidência prioritária do sentido de uma expressão. Portanto ‘dedo de Deus’ significa apenas ‘poder de Deus’.
Claro, foi o poder de Deus que escreveu nas tábuas. Como isso implica que Deus mesmo não possa mudar a abrangência e vigência de algo que Ele escreveu, só porque Ele escreveu diretamente? Você pressupoe isso, e nunca prova. Essa expressão significa apenas que Deus escreveu de forma sobrenatural nas tábuas.
Sabe o que também foi feito pelo ‘dedo de Deus’, isto é, o poder de Deus? A expulsão de demónios feita por Jesus. Aqui lemos:
20. Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus.
Lc 11:20
Mas no mesmo texto, logo depois, lemos a seguir:
24. Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí.
25. E, chegando, acha-a varrida e adornada.
26. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro.
Lc 11:24-26.
Então até na expulsão de demônios feita ‘pelo dedo de Deus’ , o demònio ainda pode voltar. Ou seja, só porque algo foi feito ‘pelo dedo de Deus’ não significa que é definitivo. Também as pragas do Egito, feitas pelo dedo de Deus, não duraram para sempre.
Portanto essa sua projeção do sentido de ‘definitivo e imutável’ à expressão ‘dedo de Deus’ fica refutada.
Isso também não implica que tais palavras são superiores a outras palavras de Deus. A voz ouvida da parte de Deus também é sobrenatural. A inspiração dos profetas também é sobrenatural. As visões também são sobrenaturais. As mensagens dos anjos também são sobrenaturais.
Aliás, é um absurdo completo dizer que uma Palavra de Deus possa valer mais que outra Palavra de Deus, apenas por causa do meio como foi transmitida. Deus tem autoridade absoluta, portanto Sua Palavra tem autoridade absoluta, não pode haver graduação de autoridades entre as palavras de Deus, não importa como a palavra foi transmitida.
E eu não afirmo graduações diferentes de autoridade quando falo que o Novo Testamento tem Nova Lei.. Pois a autoridade permanece absoluta em ambas, a autoridade absoluta de Deus outorgando a nova Lei vigente é que revoga a Lei antiga, é a mesma autoridade absoluta, e enquanto Deus mesmo não revogou, a Lei antiga foi absolutamente vigente, pois foi Deus quem decretou essa vigência, e o mesmo Deus , com autoridade absoluta é quem decretou sua substituição pela Nova Lei do Novo Testamento. A autoridade é de Deus somente, a Lei é mero instrumento de Deus. Deus é soberano para mudar Seus instrumentos.
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TERCIO DISSE - Foi guardado dentro da Arca da Aliança. [portanto é imutável].
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MÉTODO: “reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.
E em que isso implica que seria imutável eternamente e não poderia mudar nem na Nova Aliança? Pelo contrário, isso é argumento para o passamento do Decálogo em sua forma original, já que ele estava vinculado, resumia e representava a Velha Aliança dessa Arca da Aliança. É isso que implica o texto abaixo.
Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.
Ora, também a primeira tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre.
e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança;
Hb 8:13; 9:1,4.
Aqui o texto de Hebreus é claro, dizendo que a primeira aliança ficou envelhecida e prestes a acabar assim que Deus falou sobre a nova aliança, a Jeremias!
Quanto mais depois que Cristo fez a nova aliança no Seu sangue, como Ele disse na Ceia, e alguns anos depois destruiu o Templo conforme a profecia de Estevao!
No verso 4 do capitulo 9 ele chama as tabuas do decalogo de ‘tabuas da aliança’. De qual aliança? Da Nova Aliança? Claro que não, o decálogo são as tábuas da Velha Aliança, daquela primeira aliança do verso 1, e que em 8:13 ele disse que estava prestes a acabar.
Portanto você novamente trouxe refutação para sua própria teoria, com essa referencia do decálogo ser guardado na Arca da Aliança, ou melhor, na Arca da VELHA Aliança, que já acabou. A mesma arca que também tinha a vara de Arão? Que simbolizava a ordem de sacerdócio que acabou e passou a Cristo, da Ordem de Melquiseque? Isso parece ser mais argumento contra do que a favor da eternidade do decálogo!
A única coisa que significa ele ter sido colocado dentro da arca da VELHA aliança é que o decálogo era central na VELHA aliança, sendo, como eu disse no primeiro video, o RESUMO DELA.
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TERCIO DISSE - As outras leis [civis e cerimoniais] foram escritas em um livro e postas ao lado da Arca [onde ficou o decálogo, lei moral].
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MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz + “reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.
Que elas foram postas ali, o texto biblico diz, que isso significa que eram inferiores ao decálogo em termos de validade e vigência, é projeção externa ao texto bíblico.
Mas é falsa a afirmação que no livro posto ao lado da Arca só existissem leis ‘civis e cerimoniais’, pelo contrário, todas as ditas ‘leis morais’ do decálogo estao repetidas e ampliadas nesse livro.
Não é? Ou não? Qual o conteúdo do livro? Que livro é esse? É Levítico? É Deuteronomio? É o livro composto pelas leis de Ex 21-23, que foi consagrado em Ex 24? Em qualquer uma dessas três opções o livro conteria os tres tipos de leis: morais, civis e cerimoniais.
Portanto é falsa a afirmação que o livro colocado ao lado da arca é somente da ‘lei cerimonial’.
Se ‘o livro’ for o de Deuteronomio, ele está cheio das assim chamadas “leis morais”, inclusive o capitulo 5 repete o decálogo!
As leis mais importantes, segundo Jesus, também estao de fora do decálogo, pois amar a Deus de todo o coração é Dt 6 e amar ao proximo como a ti mesmo é Lv 19. Isso são leis morais imutaveis e eternas, sim ou não? Mas de fora do decálogo? Que foram colocadas no rolo e não na arca? E Jesus diz que são mais importantes que as do decálogo que estavam na arca? Jesus disse que o mais importante estava no rolo e não na arca! Veja como sua teoria é incoerente com o que a Bíblia realmente diz!
Que confusa é a sua teoria! Pois você diz que o mais importante está dentro da arca, mas Jesus afirmou como mandamentos mais importantes, dois mandamentos que estavam fora da arca.
Uma vez que em tal livro inclui as leis morais, o que voce disser sobre passamento, só pelo fato de ter sido escrito no livro e nao na pedra, só por estar ao lado da Arca e não dentro, valerá para todas as leis morais tambem que foram incluídas no livro.
Vale isso para as leis sobre imoralidade sexual de Levitico 18 que proibem os diversos graus de incesto, não seriam elas “leis morais”, se fosse correta essa divisão inventada pelos puritanos ingleses do século XVII? E as leis de Levitico 18 que proibem a pratica homossexual, de zoofilia, etc, não seriam elas “leis morais”, se fosse correta essa divisão inventada pelos puritanos?
E quanto a Levitico 19? Nessa capítulo há clara distinção entre leis morais, civis e cerimoniais? Ou vao se sucedendo umas às outras misturadas? Olha esse trecho:
17. Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás pecado.
18. Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.
19. Guardarás os meus estatutos; não permitirás que se ajuntem misturadamente os teus animais de diferentes espécies; no teu campo não semearás sementes diversas, e não vestirás roupa de diversos estofos misturados.
20. E, quando um homem se deitar com uma mulher que for serva desposada com outro homem, e não for resgatada nem se lhe houver dado liberdade, então serão açoitados; não morrerão, pois ela não foi libertada.
21. E, por expiação da sua culpa, trará ao Senhor, à porta da tenda da congregação, um carneiro da expiação,
22. E, com o carneiro da expiação da culpa, o sacerdote fará propiciação por ele perante o Senhor, pelo pecado que cometeu; e este pecado, que ele pecou, será perdoado.
Levitico 19:17-22
Acho que esse curtíssimo trecho já refuta toda essa teoria de divisão das leis do Velho Testamento.
Pois nele as leis morais, civis e cerimoniais estão todas misturadas. Não há a divisão alegada. Você lê o texto bíblico e as ditas leis morais, civis e cerimoniais vão se sucedendo e se alternando o tempo todo. Cadê a divisão?
A divisão é só na sua cabeça e do puritanismo ingles do século XVII que voce repete.
Na Biblia é tudo junto, uma lei só.
“Não odiarás teu irmão, amarás ao teu proximo como si mesmo”, seriam “leis morais”, certo?
“Quando um homem se deitar com uma escrava desposada, será açoitado”, seria “lei civil”, certo?
“E trazer um carneiro da expiação para fazer propiciação” seria “lei cerimonial “,certo?
Repare como na Bíblia é tudo misturado, tudo junto, e uma complementa a outra. Lembra que naquele tempo nao existia no texto nem divisao em capitulos nem divisao em versiculos e em alguns casos nem divisao de palavras. Imagina isso!
Não há essa divisão de leis no texto bíblico. É uma divisão artificial e extrabíblica. É completamente arbitrária. Ela foi criada a serviço do interesses socioculturais e contextuais dos puritanos ingleses.
Sabe, o teólogo não escreve seus textos isolado da sociedade. Mesmo que ele se tranque numa sala, leva toda a sua cultura e contexto socio-cultural consigo. Leva tambem, principalmente, a pressão de quem lhe patrocina, e os interesses de quem paga o seu salário. Tudo isso influencia suas opiniões, posições e doutrinas.
Eu tenho uma teoria, acho que os puritanos ingleses do século XVII que inventaram essa divisão de leis, o fizeram porque queriam justificar certas coisas que não conseguiam somente com o Novo Testamento.
Uma deve ser a escravidao humana que consta no décimo mandamento. Eles eram escravistas e precisavam justificar a escravidão de seus dias. Foi conveniente ressuscitar o decálogo para justificar o direito de ter escravos.
Outra deve ser o domingo, baseado no quarto mandamento. Sabe que os puritanos ingleses do século XVII, que escreveram os catecismos que a sua teoria repete, eram dominicalistas radicais, mas ao mesmo tempo eram anti-catolicos. Como eles não podiam dar ao braço a torcer e adotar como argumento para a guarda do domingo ser uma tradicao da igreja católica, tiveram que ressuscitar o quarto mandamento do velho testamento, pois sabiam que só com o Novo Testamento não podiam justificar a obrigação de guardar um dia por semana, pois isso nunca é ordenado para a igreja de Cristo por Jesus e Seus apóstolos.
Por esses dois motivos de interesse socio-cultural daquela época, justificar a escravidão e o domingo, que os puritanos devem ter inventado essa divisão de leis moral, civil e cerimonial, e dizer que o decálogo seria uma lei moral, imutável e eterna.
Tem também o interesse dos puritanos em outorgar justificativas mais fortes para a obediência civil. Embora para isso haja material no Novo Testamento, eles decidiram fazer isso afirmando que o quinto mandamento, honra teu pai e tua mãe, também se refere a obedecer às autoridades seculares. Voce pode conferir isso nesses catecimos que inventaram a divisão de leis, como eles falam que o quinto mandamento significa também obedecer o governante, o que eu acho uma aplicação forçada.
Outra coisa: será que o decálogo sozinho seria suficiente para instruir uma sociedade humana? Ele não precisa de complemento que lhe explique? Por exemplo: não matarás. Não matar o que? Posso matar animais para comer, animais para sacrifício? E matar seres humanos na auto-defesa, guerra e pena de morte? Não adulterarás é sobre fidelidade no casamento? Mas o que é um casamento? O decálogo é uma lei incompleta. Ele funciona como resumo, onde o que ele resume o explica melhor. Mas todo resumo pressupõe o conteúdo maior. Se o Decálogo é um resumo, resume o que? Todo o restante da Lei. E o que é todo o restante da Lei? Não é o livro que foi colocado ao lado da arca? Se o Decálogo fosse eterno e imutável, todo o restante da Lei que ele resume também seria eterno e imutável.
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TERCIO DISSE - Essas distinções provam que o Decálogo é uma lei única, moral e eterna.
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MÉTODO: “reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.
Não, nada disso que voce disse: ter sido escrito na pedra, ter sido escrito pelo dedo de Deus e ter sido colocado na arca, provam que o decálogo é uma lei única e eterna.
Muito menos provam que é uma Lei moral. O que tem a ver isso com ele ser moral? Deus não poderia escrever na pedra com Seu dedo e guardar na arca leis cerimoniais e civis?
Aliás no Decálogo só teria lei moral?
Não teriam leis “cerimoniais” no decálogo?
Veja o segundo mandamento. Ele proibe cultuar a Deus por meio de imagens. Ora, se é lei sobre como adorar a Deus, é cerimonial, não é?
O quarto mandamento também. Se ele regulava no velho testamento o tempo para adorar a Deus, é cerimonial também, não é?
Por que voce classificaria como moral o segundo e o quarto mandamento se eles possuem aspectos cerimoniais?
É de fato, uma divisão forçada e artificial essa da sua teoria.
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TERCIO DISSE - Essa Lei [o decálogo] que Ele usa para julgar o mundo, pois Sua justiça não pode mudar.
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MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz.
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Tudo isso você pressupoe e nunca prova na Bíblia, apenas afirma, sobre o Decálogo. Prove na Biblia que “o decálogo” será o critério do Juizo Final.
Claro que Deus pode julgar as pessoas de forma diferente, de acordo com a luz que a pessoa recebeu. Sobre isso lemos:
Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Rm 2:13.
Então seu pressuposto, que Deus precisa usar o mesmo critério com toda a humanidade, é falso, pois Rm 2:13 diz claramente que um critério diferente será usado para quem não conheceu a Lei de Deus.
E At 17 diz que Deus não leva em conta os tempos da ignorância. Então Ele poderá julgar por critérios diferentes estes três tipos de pessoas:
1 - Quem viveu somente sob a consciência
2 - Quem viveu debaixo da Velha Lei do Velho Testamento
3 - E quem viveu debaixo da Nova Lei do Novo Testamento.
Essa descrição de pessoas ‘sem lei’ de Rm 2:13 é repetida em 1Co 9:20-21. São os gentios que Paulo está evangelizando. Eles ainda estão ‘sem lei’ até que alguem ensine a lei de Deus a eles. E, claro, Paulo vai ensinar a lei vigente do Novo Testamento, não a lei abolida do Velho Testamento.
Mas vamos testar a sua teoria. Voce disse que Deus julgará o mundo pelo critério dos dez mandamentos. Isso a Biblia nunca diz, você que diz, e projeta sobre a Bíblia.
Mas conferindo na Biblia, vemos algumas coisas diferentes da sua teoria.
Primeiro: que as pessoas são salvas não por terem cumprido alguma lei de Deus, mas porque o nome está no livro da Vida.
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. Ap 20:15. Cadê o decálogo aí como criterio para ir ou não para o lago de fogo? Não tem no texto bíblico. Você projetou isso ao texto, é idéia externa, de catecismo, não da Biblia.
Qual o critério para a salvação? Ter o seu nome escrito do livro da vida? E como alguém tem o nome escrito no livro da Vida? Por crer em Jesus? Espero que sim!
Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
Rm 10:9-11
Você vai pregar algo diferente? Vai pregar salvação pelas obras? Pelas obras de obedecer ao decálogo?
Mas Paulo disse que não conseguia obedecer ao décimo mandamento (Rm 7:7-8)! Aliás, alguém consegue obedecer ao décimo mandamento? Ou ninguém consegue e Paulo que é honesto para confessar?
É equivocada e simplista sua teoria quando diz que ‘não conheceria o pecado se não fosse pela lei’ em Rm 7:7 signifique somente ‘não saberia a definição de pecado’, pois Paulo está falando de algo muito mais profundo que é ‘não conheceria o poder do pecado que ainda existe em mim se não for pela revolta da minha carne contra a lei, que é manifestada quando eu medito na lei’!
Para você entender do que Paulo está falando, da revolta da carne contra a Lei de Deus, medite no mandamento de amar aos inimigos... mandamento inédito da nova lei do novo testamento que Jesus inaugurou, e que não consta do decálogo, aliás.
E com isso Paulo confessa que não consegue cumprir o décimo mandamento do decálogo (Rm 7:18)!
Será que Paulo vai ficar de fora do Reino de Deus? Pois ele não guarda o decálogo!
Quem guarda o décimo mandamento, nos termos de Jesus? Qual homem nunca olha para uma mulher na rua? Qual? Um homem heterossexual com os hormônios em dia nunca olha para nenhuma mulher na rua? Será? Alguém cumpre esse mandamento?
Mais adiante sua teoria também vai excluir João Batista do Reino, na sua interpretação erronea de ‘menor no Reino de Deus’.
Quem mais sua teoria vai excluir?
Que tal Tiago quando diz ‘todos tropeçamos em muitas coisas’ Tg 3:2? Mas Tiago não fala somente dele, fala de todos, então todos tropeçam na guarda do decálogo e portanto todos, segundo sua teoria, irão se perder, pois todos quebram o decálogo.
Outro texto:
Abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. Ap 20:12.
Aqui, obviamente não pode se tratar do criterio para ir ao lago de fogo, que vemos no verso 15 será apenas ter ou não o nome escrito no livro da vida. Então esse julgamento das obras é para definir os galardões. Mas o criterio dos galardões não são as ‘tabuas de pedra escritas pelo dedo de Deus’ são ‘as coisas escritas nos livros’. Será que ‘os livros’ são as Escrituras? Pode ser. Será que são o registro de tudo que as pessoas fizeram em vida? Pode ser também. A única coisa que ‘os livros’ nunca pode ser é ‘tábuas de pedra’. Os ‘livros’, são pergaminhos ou papiros, na visão de João. Sua teoria está, portanto, errada. Ela é projeção de catecismo ao texto bíblico.
Nenhum lugar do livro de Apocalipse cita as tabuas do decálogo, ou o decálogo como um conjunto de leis separado e especial e mais importante, ou o decálogo como o critério pelo qual Deus julgaraá o mundo, isso é afirmacao de catecismo e nao da Biblia.
Vamos a outro texto sobre o critério de julgamento no Juízo Final:
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
Sendo estrangeiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.
Mateus 25:41-46
Você disse, e sua teoria diz, e seu catecismo diz, que o critério do juízo final será o decálogo.
Mas nesse texto de Mateus 25 Jesus falou da beneficência como critério do juizo final.
Dar de comer ao faminto, de beber ao sedento, hospedagem ao estrangeiro, roupa ao nu, visita ao enfermo e ao presidiário. Não importa por ora, a discussão se Ele está falando do dever de fazer essas obras a todo ser humano em geral, ou se ‘estes pequeninos’ indica especificamente os irmãos da fé como alvo dessas obras.
A pergunta que alguém que adota a sua teoria deve fazer é:
Em que lugar do decálogo fala dessas obras de beneficencia?
Nenhum. O decálogo não fala nada sobre dar comida, agua, roupa, hospedagem aos necessitados e estrangeiros. O decálogo não fala nada sobre visitar os presos..
Mas não é o decálogo o critério para o juizo final?
Jesus não disse isso. Sua teoria é quem diz isso.
Ou vai dizer que esse trecho de Mateus 25 não é sobre o juízo final?
A Bíblia nunca diz que o decálogo será o critério do juízo final. Seu catecismo que diz, mas a Biblia, não.
Temos outro critério na Bíblia para o juízo final: é o perdão, a graça, a misericórdia.
Mateus 25 falou da beneficência, mas temos também a ampla e irrestrita graça que se manifesta no perdão pleno e incondicional a todos, por todas as coisas em todos os tempos.
Isto está na parábola do servo endividado em Mateus 18, e esparso em diversas declarações de Jesus, inclusive no Sermão da Montanha:
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
Mt 6:12,14,15.
Tem isso no decálogo? Não. Em algum lugar do decálogo manda perdoar os outros? Não. Em algum lugar do decálogo fala de perdão? Não.
Mas Jesus diz que se eu perdoar, serei perdoado, e se não perdoar, não serei perdoado.
Se a graça de Deus me alcançou, ela deve transbordar em graça para os outros e isso que manifesta a verdadeira conversão e verdadeira salvação por meio de Jesus, o doador da graça incondicional para nós. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 1Jo 2:2.
Se eu sou quebrador do decálogo, mas fui perdoado incondicionalmente pela graça de Deus, e manifesto essa graça ao próximo perdoando incondicionalmente, isto prova que sou um salvo.
Mas mesmo que eu seja um cumpridor esforçado do decálogo, isso de nada vale, se não manifesto a graça de Deus ao próximo perdoando-o incondicionalmente. Segundo Jesus, isso prova que não sou um salvo, e que Deus não perdoará os meus pecados.
Esses dois critérios do juízo final: a beneficência de Mt 25:41-46 e a misericórdia de Mt 6:14,15 não constam no decálogo, portanto é falsa a afirmação da sua teoria que o decálogo será o critério do juízo final.
Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo. Tg 2:13.
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TERCIO DISSE - Os que praticam a lei serão justificados - Rm 2.
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MÉTODO: demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
Falácias de composição ou de divisão.
Esse texto fala do Pacto das Obras que ninguem pode cumprir e portanto precisa de um salvador. Mas você diz que está falando do decálogo, e isso você novamente pressupoe sem nunca provar, e novamente reduz e iguala ‘lei’ a ‘decálogo’, sem justificar biblicamente. Voce usa a palavra ‘lei’ de forma arbitrária e subjetiva, ela para voce significa o que voce quiser e for conveniente para não contradizer sua teoria. Uma hora pra voce ‘lei’ significa lei inteira, outra só lei moral, outra só decálogo, outra só lei cerimonial, mas no texto está escrito, somente, ‘lei’.
Por que em Rm 2 não estaria falando da lei de Deus toda, completa, sem divisão artificial dos puritanos ingleses? Da lei que estivesse vigente para a pessoa julgada?
Sua teoria não flui do texto bíblico, voce projeta ela ao texto bíblico.
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TERCIO DISSE - Voce pergunta em que texto bíblico o decálogo é o caráter de Deus. O texto está em Rm 7:12.
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MÉTODO: demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
Falácias de composição ou de divisão + falácia non sequitur.
Rm 7:12 diz: E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. Isso não diz que o decálogo é o caráter de Deus.
Novamente seu problema de reduzir Lei a Decálogo, sem provar ou justificar, se manifesta. Eu perguntei sobre Decálogo e voce responde com texto sobre a Lei. Claro que o Decálogo fez parte da Lei, mas a Lei nunca foi só o Decálogo.
Será que voce defenderia a tese que as supostas leis cerimoniais e civis que Deus deu não eram também, ‘santas, justas e boas’? Tudo que Deus faz é bom, concorda?
Então uma caracteristica geral da Lei não pode ser usada para distinguir o Decálogo dentro da Lei. Pois o que o Decálogo manifesta do caráter de Deus, todos os demais mandamentos (morais, civis e cerimoniais) também manifestariam. Sua distinção de leis é artificial e extrabíblica.
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TERCIO DISSE - O Decálogo não é o que Deus precisa fazer, é o que Deus é. O que Deus exige de Suas criaturas para serem santas como Ele.
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MÉTODO: demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
Falácias de composição ou de divisão + Falácia non sequitur.
“O Decálogo é o que Deus é”. Isso não faz o menor sentido. Deus é uma lista de regras? Que absurdo!
O texto do Decálogo tem muito pouco dizendo sobre o que Deus é.
Eu só achei uma frase no Decálogo sobre os atributos de Deus, que é: “sou Deus zeloso”, em Ex 20:5.
O resto do decálogo sobre Deus não fala do que Deus é, fala de coisas que Deus fez ou fará.
E a maior parte do decálogo fala de coisas que o povo da velha lei deveria fazer.
Mais uma vez voce projeta sua definição sem provar. O texto bíblico pra você é mera escada para seu catecismo?
E novamente seu problema de reduzir Lei a Decálogo, sem provar ou justificar, se manifesta. Se sua teoria estivesse correta, ela não se aplica também a todas as demais leis que Deus deu? O que faz o Decálogo diferente? Uma caracteristica geral da Lei não pode ser usada para distinguir o Decálogo dentro da Lei.
Por que tudo que você diz da “lei” não valeria para as partes da Lei que voce mesmo já reconheceu que mudou, sobre sacrifícios de animais? Isso é falácia de raciocínio circular. Você usa de forma arbitrária a palavra ‘lei’, referindo a especificamente Decálogo ou “lei moral”, sem justificar a exclusão das demais partes da lei de Deus. Mas no texto bíblico está escrito somente “lei”, mas voce diz que é especificamente Decálogo ou “lei moral” excluindo as demais leis. De fato seu modo de tratar o texto bíblico é uma grande e recorrente falácia de raciocinio circular, projetando ao texto bíblico conceitos que só existem a partir do Catecismo de Westminster de 1647.
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TERCIO DISSE - A lei não é mutável, não se pode mudar, certo?
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MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz
Errado, a lei é mutável, a lei se pode mudar, no Novo Testamento Deus mudou Sua Lei, e o texto biblico diz isso claramente em textos como Mt 5:38-39, At 6:14, 1Co 9:20,21 e Hb 7:12; 8:13-9:4.
Sede santos como Eu sou santo, em toda sua maneira de viver - 1Pe 1:15. A santidade de Deus é imutável, mas o que significa na prática santidade humana depende do que Deus estiver ordenando para o ser humano. Obviamente obedecer a Deus seria expressão da santidade humana, mas eu tenho que obedecer as ordens vigentes de Deus, não as ordens que não estão vigentes.
Por isso que Deus pode dar ordens específicas que contrariem Suas ordens normais, pois o fato de Deus mandar algo é que lhe torna um dever para quem Ele mandou.
Por exemplo, temos em 1Rs 20 o caso de um profeta que mandou, pela Palavra de Deus, outro profeta bater nele, o seu colega recusou, e por isso foi morto por um leão. Se ele batesse no outro sem ordem específica, pecaria, mas debaixo da ordem específica o errado foi não bater.
A velha lei do velho testamento pode ser entendida dessa forma, um conjunto de ordens especificas que durou desde o Éden até a Destruição de Jerusalém.
E a nova lei do novo testamento é um conjunto de ordens especificas que durará desde a Morte e Ressurreição de Jesus até a Sua volta.
Ambas as leis, do velho e do novo testamento, naõ vieram prontas e completas em lugar algum, mas sofreram acréscimos com o tempo, todos feitos pela autoridade de Deus, mesma autoridade que mudou a lei do velho para o novo testamento.
O decálogo por ser o resumo da velha lei do velho testamento, é válido somente nas partes dele que foram repetidas ou confirmadas no nova lei do novo testamento.
Ambas as leis, não importando o quanto vigoraram, sempre expressaram o caráter de Deus, mas Deus é soberano para mudar que obrigações os seres humanos teriam em cada aliança. A santidade no ser humano se manifestaria, entre outras coisas, na fidelidade em obedecer o que Deus tiver mandado a cada ser humano no seu contexto.
Voltando ao exemplo de 1Rs 20, santo seria bater no colega, e não-santo seria não bater, debaixo da palavra direta de Deus que mandou bater.
Esse exemplo também abrange o seu aspecto positivo. Voce naõ tem obrigação de fazer nada que Deus tenha mandado especificamente a outra pessoa fazer, como construir uma arca como Noé, ou sair da sua terra de origem, como Abraão. Entretanto, Noé, não construir a arca, e Abraão não sair da sua terra seriam pecados para eles.
E isso vale para o indivíduo e para o coletivo, de maneira que o povo do Novo Testamento não tem nenhuma obrigação com mandamentos que tenham sido dados especificamente ao povo do Velho Testamento.
Aliás, não é santidade de forma alguma, insistir em ensinar como obrigatórios mandamentos revogados no Novo Testamento, mas pura desobediência à nova lei vigente, e, portanto, é falta de santidade ensinar a velha lei revogada do velho testamento abolido.
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TERCIO DISSE - Se esses princípios (não matarás - Caim, não adulterarás - José) que fazem parte dos Dez Mandamentos já eram válidos antes do Sinai, isso só prova que o Decálogo não é uma legislação nova.
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MÉTODO: demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria.
Falácias de composição ou de divisão.
De novo? Vai repetir o seu erro de novo? No caso falácia de generalização. “Isso”, a consciência de Caim sobre o não matar, e de José sobre o não adulterar, provam que ‘não é legislação nova’ especificamente, somente, ‘não matar’ e ‘não adulterar’. Não se pode generalizar essa antiguidade e ‘universalidade’ (palavras suas, mas também falaciosas) para mandamentos dos quais você não encontrou evidência de cumprimento ou obrigação. Encontrou dois mandamentos antes do Sinai? Com isso provou apenas que esses dois que você encontrou eram mais antigos que o Sinai. Ache os outros oito.
Já aviso que o terceiro nunca vai achar, pois Deus mesmo disse a Moisés que Seu nome era desconhecido:
Falou mais Deus a Moisés, e disse: Eu sou o Senhor. E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.
Ex 6:2-3.
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TERCIO DISSE - O Decálogo não é uma lei temporária dada a Israel. Ela é uma codificação escrita de uma lei moral que Deus já havia escrito no coração do Seu povo.
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MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz
A Bíblia diz isso? Ou o Catecismo de Westminster? Qual a prova bíblica disso? Não tem. Você vai debater Bíblia ou Catecismo? O catecismo está errado! O catecismo inventou isso! Já falei acima, e inventou por interesses socio-economicos.
Romanos 2:14,15 fala da obra da lei escrita na consciencia até dos gentios. Maravilha. Mas Romanos 2 não diz qual o conteúdo dessa lei da consciência, e sequer dá exemplos de em quais moralidades dos gentios ele enxergou isso. Que essa lei na consciência humana ‘universal’ fosse o Decálogo é voce quem diz, isto é o catecismo que você repete quem diz.
O terceiro mandamento não pode ser, já que a Bíblia mesmo nega isso em Ex 6:2-3, onde Deus não ‘escreveu’ o terceiro mandamento no coração de Abraão, Isaque e Jacó. Muito menos os gentios que não conhecem a Deus, saberiam o nome de Deus.
Então afirmar isso para o Decalogo inteiro, já é inviável, e sua teoria cai.
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TERCIO DISSE - De que lei o autor de Hebreus está falando [em Hb 7:11,12]? Que lei pertencia ao sacerdócio levítico?
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MÉTODO- Apresentar a interpretação alternativa.
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Nenhuma lei pertencia especificamente ao sacerdócio levítico. A divisão de leis em morais, civis e cerimoniais é artificial e extrabíblica. Você está pressupondo essa divisão de leis que não existe na Biblia e só existe no Catecismo de Westminter composto em 1647, na Inglaterra.
E voce não lidou com o argumento sobre o que realmente o verso 11 diz, que é ‘sob o sacerdócio levítico o povo recebeu a lei’. Leia direito o texto bíblico e o argumento.
O povo que recebeu a lei e quem entregou a lei foi o sacerdócio levítico. É isso que Hebreus 7:11 diz. Hebreus 7:11 não fala ‘lei do sacerdócio levítico’, mas fala ‘lei que o sacerdócio levítico entregou ao povo’.
O que obviamente está falando da entrega da lei completa de Dt 31, pois nas ocasiões das outras entregas da lei em Ex 20, Ex 24 e Ex 34 ainda não tinha iniciado o sacerdócio levítico. O de Arão iniciou em Lv 8 e o dos levitas em Nm 8.
Justamente aquela entrega do livro que voce mesmo já fez referencia. Porém não adianta dizer: “então, o decálogo permanece por estar dentro da arca e poderia mudar só o que está no livro”. Por que não adianta esse argumento? Porque o decálogo está no livro! E duas vezes, em Ex 20 e em Dt 5!
Voltando à sua explicação de Hb 7:12 como ‘lei cerimonial’. Ela falha porque as supostas “leis cerimoniais” já existiam antes do sacerdócio levítico. Basta conferir nos textos de Ex 22 e 23. Como então Hb 7:12 estaria falando somente delas? Porque não foi o sacerdócio levítico quem as entregou, já que não existia sacerdócio levítico ainda.
Assim é fácil, ignorando o argumento do texto biblico para repetir a divisão artificial, arbitrária e extrabiblica que os puritanos ingleses do século XVII inventaram.
A lei, inteira, mudou em Hb 7:12 porque o mediador da lei, inteira, que a entregou em Dt 31, conforme a missão descrita em Ml 2, a ordem de Levi, mudou. A lei mudou porque o mediador da lei mudou, é isso que está dizendo Hb 7:11,12.
Por isso hoje temos nova lei, inteira, dada por Cristo, da ordem de Melquisedeque, conforme também ensina 1Co 9:20,21 e At 6:14.
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TERCIO - [cita “Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade. Hb 7:18”]. Onde que ‘não ter outros deuses diante de Mim é inútil?
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MÉTODO- Apresentar a interpretação alternativa.
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A continuação do proprio versículo que voce citou texto explica isso:
“(pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus. Hb 7:18,19”.
É inútil a lei no sentido de que a lei, sozinha, não tem poder para aperfeiçoar ninguém. Sim Hb 7:18 está falando do que você chama de ‘lei moral’ também, não só da ‘lei cerimonial’. Sim.
A ‘lei moral’ nunca aperfeiçoou ninguém. Porque somente proibir alguem de fazer alguma coisa não lhe dá a capacidade de cumprir.
Somente proibir alguém de fazer o mal, não o transforma.
Somente proibir o mal e condenar o mal, não reconcilia ninguém com Deus.
Somente proibir o mal, não perdoa o pecado de ninguém.
Sim, nesse aspecto toda a lei moral é também fraca e inútil, e dela que Hb 7:18 está falando também.
Aquilo que voce chama de ‘lei moral’ é fraca e inútil para salvar e para reconciliar com Deus, e mesmo que alguém consiga cumprir partes dela como o jovem rico disse que cumpria, se perderá se não tiver a Cristo.
A confirmação disso está em Romanos 7, que o ser humano antes de ser regenerado por Cristo e de ter nele habitando o Espírito Santo ao inves de pecar menos diante da lei, peca mais ainda e se torna pior, porque a proibição da lei incita sua natureza pecaminosa a se rebelar cada vez mais contra o jugo de Deus. Por isso a lei é fraca e inútil e nunca aperfeiçoou ninguém, e precisamos de outra esperança para chegar a Deus.
6. Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
7. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
8. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado.
9. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.
10. E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
11. Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.
Rm 7:6-11
Quem dera todos entendessem esse importantíssimo texto! Acham que estão fazendo o bem enfatizando a Lei de Deus, mas o efeito é o contrário. Produzem multidões de fanáticos, desesperados, enlouquecidos e hipócritas. Sim, até o que você chama de “lei moral”, SOZINHA, é fraca e inútil e nunca aperfeiçoou ninguém.
Sim, até a pregação da lei moral, sem o evangelho de Cristo, pode fazer mais mal do que bem.
De fato, os judeus que não creram em Cristo só tinham a lei, não tinham o mediador, não tinham salvação e não tinham o Espírito Santo. Para eles, a lei moral também é inútil, sim.
Pense nisso: por que Jesus disse que quando um fariseu fazia um novo prosélito, ele o tornava duas vezes mais filho do inferno que o fariseu (Mt 23:15)? Pense nisso considerando os fariseus como pessoas zelosas de guardar a lei moral.
Precisamos de algo melhor para chegar a Deus, isto é, o verdadeiro mediador, Cristo, que não só indica o caminho certo, e o faz por meio dos Seus novos mandamentos da Sua Nova Lei do Seu Novo Testamento, mas por Sua expiação, redenção, justificação e propiciação reconcilia de fato o homem com Deus, regenenera o coração e o capacita, envia para habitação permanente no salvo o Espirito Santo, que o santifica e prepara para a glória.
Você consegue encaixar sua teoria em Romanos 7? Mas o capitulo inteiro, não somente Rm 7:12.
Ora, aqui diz que morremos para a lei, e tal como uma viúva pode casar de novo, casamos com Cristo. A lei era nosso velho marido, nosso novo marido é Cristo. É isso que diz o texto de Rm 7.
3. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro homem; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.
4. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
Rm 7:3,4
O senhorio de Cristo é a nova lei do Novo Testamento.
Você está morto para lei, para viver para Cristo, conforme diz Rm 7:4?
Você foi liberto da lei, para não servir na velhice da letra, mas na novidade do espírito, conforme diz Rm 7:6?
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TERCIO - Já a lei moral, o decálogo, é chamada em Rm 7:12 de santa, justa e boa.
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MÉTODO: demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácias de generalização ou de redução
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Quem disse que Rm 7:12 está falando somente da suposta ‘lei moral’, e não de toda a lei? Seu tratamento da palavra ‘lei’ na Bíblia é injustificável e arbitrário. Pra você a palavra ‘lei’ significa o que lhe for conveniente, ora é só decálogo, ora é só lei moral, ora é só lei cerimonial.
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TERCIO - A própria Bíblia que faz essa divisão [das leis].
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MÉTODO: demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácia de raciocínio circular.
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Não, a Biblia não faz essa divisão de leis, os puritanos do século XVII que inventaram isso.
Sempre que a Biblia fala a palavra ‘lei’ está falando da lei completa, ou a do Velho Testamento ou a do Novo Testamento.
Mas como Paulo poderia criticar a ‘lei moral’?
Eu já disse, a crítica da Lei de Deus é no sentido escrito em Rm 7:6-14, que a lei em si é boa, mas seu efeito no ser humano sem Cristo, ou, o seu efeito numa exortação moral isolada sem redenção e sem reconciliação com Deus, é ruim e nocivo. Pois ao invés de diminuir o pecado, o aumenta, pois a ocorrência da proibição estimula a rebelião da carne, desperta a vontade de pecar, e faz mais mal do que bem, de fato, é “fraca e inútil, e nunca aperfeiçoou ninguém”, como diz Hb 7:18.
Sim, até o decálogo, sozinho, sem a mediação e reconciliação de Cristo, e sem o poder do Espírito Santo, é lei “fraca e inútil, e nunca aperfeiçoou ninguém”, como diz Hb 7:18.
Lembre que a carta aos Hebreus está discorrendo sobre a validade de alguém continuar ou retornar para o Velho Testamento, rejeitando a Cristo, e culmina na conclusão de Hb 10 que tais pessoas, sem Cristo, não tem esperança de salvação, mesmo se fossem esforçadas no cumprimento da assim chamada ‘lei moral’ como era o jovem rico que abordou Jesus, e como Paulo testemunha sobre os judeus em Rm 10.
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TERCIO - Mateus 5 “quem não ensina essas coisas é o menor no Reino dos Céus”.
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MÉTODO- Apresentar a interpretação alternativa.
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Aqui Jesus está falando dos novos mandamentos que Ele estava começando a revelar, não dos velhos mandamentos que Ele cumpriria antes do fim do mundo.
Justamente porque Ele muda alguns dos velhos mandamentos, por exemplo, de ‘olho por olho’ vai para ‘de a outra face’, o que é impossível de manter numa teoria de continuidade perpétua da velha lei.
E voce, como sempre, não prova que Mateus 5:17 esta falando somente da lei moral ou somente do decálogo, sendo que ‘olho por olho’, sobre o qual Jesus fala a seguir, nao seria nem lei moral e nem decálogo.
Nao podes estabelecer distinção entre leis no texto, já que a seguir Jesus fala de mandamentos do decalogo e de fora do decálogo, então estao todos no mesmo pacote,
Em Mt 5:21-48 Jesus comenta os mandamentos sobre nao mataras, trazer oferta ao altar, não adulteraras, carta de divórcio, cumprirás teus juramentos, olho por olho, odiarás o teu inimigo, e seja perfeito.
Aqui novamente se mostra totalmente arbitrária e extrabíblica sua divisao de leis pois tal divisão não se pode enxergar quando Jesus comenta em sequencia mandamentos que voce classificaria como pertencendo a leis diferenteis: como lei moral do decálogo (não matarás, e não adulterarás), lei cerimonial (trazer oferta ao altar), lei civil (carta de divórcio, olho por olho e odiar o inimigo), e até lei moral de fora do decálogo (não perjurar, ser perfeito como Deus - Gn 17:1; Dt 18:13).
O que voce projetar para algum desses no sentido que o cristão deve cumprir até o fim do mundo, projete para todos.
Mas o próprio Jesus te refuta proibindo alguns deles como olho por olho. Se Jesus proibiu o que a velha lei mandou, então Jesus mudou a lei.
Mas obviamente quem ‘cumpre tudo’ antes do fim do mundo é Jesus, e não nós, pois se cumprissemos, não precisariamos de salvador.
Jesus que cumpriu a velha lei do velho testamento antes do fim do mundo. Ele nasceu sob a lei, conforme Gl 4:4, e nunca pecou (Hb 7:26). Nisso portanto que cumpriu, obviamente também os mandamentos ditos morais além do decálogo, e os ditos cerimoniais e civis de Israel.
O cristão tem o dever de cumprir a nova lei que Jesus revelou, e não a velha lei abolida do velho testamento revogado.
Lembrando que ‘lei e profetas’ em Mt 5:17 significa “Escrituras”, e não somente ‘lei’. A enfase de Mt 5:17 nao é uma exortação para o discipulo de Jesus guardar a velha Lei, mas uma segurança de que Deus cumprirá todas Suas promessas e profecias das Escrituras antes do fim do mundo.
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TERCIO - “Menor no reino dos céus” não é que vai ser um salvo de segunda classe, é que não vai estar lá’.
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MÉTODO: Citar um texto bíblico que o contradiz.
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Isso é um erro interpretativo grotesco. Afinal essa interpretação exclui Joao Batista do Reino dos Céus, já que Jesus disse que o menor no Reino dos Céus é maior que João Batista. Talvez exclua todos os profetas também, pois Jesus disse que João é o maior dos profetas. Mas Jesus também disse que todos os profetas entrarão, portanto essa interpretação é impossível de estar certa, e quem a advoga erra de forma grotesca.
Não é que existam salvos de segunda classe, é que o galardão será proporcional às obras.
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TERCIO - Moisés apenas pegou a lei do taliao de Hamurabi [olho por olho].
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MÉTODO: “Reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.
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Que? Você não acredita que veio de Deus a lei ‘olho por olho’?
Essa lei está escrita em Lv 24:20 e no final de Levítico diz:
Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai. Lv 27:34.
“Olho por olho” não é uma lei vinda de Deus, que Jesus mudou?
Dizer que ‘apenas Moisés pegou a lei do codigo de Hamurabi’ é contradizer Lv 27:34, que diz que as leis do livro de Levítico vieram de Deus.
Que houvessem leis parecidas mais antigas é irrelevante. Lv 27:34 diz que foi ordem de Deus Israel adotar o ‘olho por olho’.
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TERCIO - Estevao foi apedrejado por profetizar a mudança da lei cerimonial, não a abolição da lei moral. (...) [Estevao não teria pregado a abolição da lei moral] se reclamou que eles resistiam ao Espírito Santo.
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácias de composição ou de divisão.
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Quem disse que isso é só cerimonial? O texto diz isso? Ou voce que projeta ao texto?
Sequer existem as palavras ‘moral’, ‘cerimonial’ e ‘civil’ na Bíblia!
Que divisão arbitrária!
Porém praticas mais uma vez falácia de ataque ao espantalho.
Eu disse isso? Que Estevao pregou a abolição da lei moral?
Eu disse que a profecia de Estevao em At 6:14 confirmou que Jesus mudou a lei.
“Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.”
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Reparo que na sua falácia de ataque ao espantalho voce também novamente de forma arbitrária usa a expressao ‘lei moral’ sem definição e sem clareza.
Pois em outros momentos voce disse que ‘lei moral’ é só o ‘decálogo’.
Decide aí, pois ‘não resistirás ao Espírito Santo’ não é um texto do decálogo.
O que seria ‘lei moral’ e como identificar uma ‘lei moral’ segundo inventaram os puritanos ingleses que voce repete?
É uma teoria totalmente arbitrária e extrabiblica.
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TERCIO - A Nova Aliança não se trata da abolição de uma lei moral. (...) Não existe novo padrão moral, existe nova aliança [que capacita a cumprir o mesmo padrão moral].
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácia de ataque ao espantalho + Falácia de raciocínio circular.
Continua sua falácia de raciocínio circular pressupondo o que voce nunca prova: que haja divisão entre as leis.
Mas se a Lei é uma só, e é irrefutável que partes da Lei mudaram, como no minimo a cerimonial, então qualquer outra parte da Lei poderia mudar, inclusive as morais.
É fácil provar que as leis morais mudaram. Mas para isso primeiro voce tem que decidir se na sua teoria as leis morais são somente o decálogo ou inclui outras leis além do decálogo. -
Mas se formos partir da posicao que há outras leis morais além do decálogo, isso é mais obvio ainda e não sei como alguém poderia negar isso.
Em primeiro lugar, acrescentar é mudar. O Novo Testamento dá vários mandamentos inéditos, e claramente morais, que não existiam no Antigo Testamento. São dezenas de mandamentos inéditos do Novo Testamento. Acrescentar conteúdo na lei moral é mudar a lei moral para mais.
Vamos então para uma listagem dos:
MANDAMENTOS MORAIS INÉDITOS DA NOVA LEI DO NOVO TESTAMENTO:
Brigar sem motivo ou xingar ja é homicídio: Mt 5:21,22.
Cobiçar já é adulterio: Mt 5:27,28
Não resistir ao mal: Mt 5:38.
Dar a outra face: Mt 5:38,39.
Ao que tomar a túnica, dar também a capa: Mt 5:40.
Andar a segunda milha: Mt 5:41.
Seguir a Jesus Cristo é mais importante que honrar pai e mãe: Mt 8:21,22.
Perdoar 70 vezes 7: Mt 18:21,22.
Vender o que tem para dar aos pobres, pois dificilmente um rico entrará no Reino de Deus: Mt 19:21-24; Lc 12:33.
Fazer discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardarem tudo que Jesus ensinou: Mt 28:18-20.
É necessário receber o Reino de Deus como uma criança para entrar nele: Mc 10:15.
O primeiro no povo de Deus deve ser o servo de todos: Mc 10:44.
Pregar o evangelho a toda a criatura: Mc 16:15.
Renunciar a tudo que possui: Lc 14:33.
Levar a cruz para seguir a Cristo: Lc 14:27.
Aborrecer ao pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs para seguir a Cristo, até deixá-los, se preciso for: Lc 14:26; Mt 19:29.
Devemos lavar aos pés uns aos outros: Jo 13:14.
Amar como Cristo amou: Jo 13:34.
Elogio ao celibato, a opção de se fazer eunuco pelo Reino de Deus: 1Co 7:24-35; Mt 19:10-12.
Recomendação que o viúvo não case de novo: 1Co 7:39-40.
Resistir ao diabo. Tg 4:7.
Proibido falar mal dos seus irmãos: Tg 4:11.
Dar a vida pelos seus irmãos: 1Jo 3:16.
Nenhum desses mandamentos morais existiam no Velho Testamento, portanto foram acrescentados na Nova Lei do Novo Testamento, que portanto, não teria uma assim chamada ‘lei moral’ igual à ‘lei moral’ do Velho Testamento.
Também há algumas leis morais em que o Novo Testamento manda o contrário do que o Velho Testamento mandou.
Vamos lá:
MANDAMENTOS MORAIS QUE FORAM MUDADOS DO VELHO PARA O NOVO TESTAMENTO:
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Ordenado amaldiçoar: Dt 27:13.
Proibido amaldiçoar: Rm 12:14.
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Ordenado jurar: Dt 6:13.
Proibido jurar: Mt 5:34.
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Poligamia permitida: Ex 21:10.
Poligamia proibida: 1Co 7:2; 1Tm 3:2.
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Divórcio permitido: Dt 24:1.
Divórcio proibido: Mc 10:2-12.
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Cobre as dívidas: Lv 6:2-5; Nm 5:7.
Perdoe as dívidas: Mt 6:12; Lc 6:30; 1Co 6:7.
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É legítimo possuir seres humanos: Ex 20:17; Lv 25:44,45.
Não é legítimo possuir seres humanos: 1Co 7:23.
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Fé obrigatória: Dt 13:6-16.
Fé voluntária: 1Co 7:12-14; 1Pe 3:1; 2Co 5:19,20; Rm 12:18; 2Tm 2:24-26;
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Há diferença entre judeus e gentios: Sl 147:19,20.
Não há diferença entre judeus e gentios: Ef 2:11-22.
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Há restrições de animais para se comer: Lv 11; Dt 14.
Não há restrições de animais para se comer: At 10:9-15; 1Co 10:25; 1Tm 4:3-5; Tt 1:14,15; Rm 14:14.
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TERCIO - O texto de Jeremias 31 implica que a lei é a mesma.
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácias de composição ou de divisão.
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Não, ele diz que Deus escreverá Sua lei nos corações na nova aliança e não diz que será exatamente a mesma lei, mas se fosse exatamente a mesma lei, teria que escrever tambem nos coracoes as supostamente chamadas leis cerimoniais e civis.
Mais uma vez voce usa de forma arbitraria a palavra ‘lei’ mudando o sentido dela conforme a sua conveniencia, sendo que no texto de Jeremias está escrito apenas ‘lei’, mas voce le o que lhe for conveniente, quando voce quiser que seja decalogo, lei moral, lei cerimonial ou lei civil.
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TERCIO - A lei estava na pedra agora estará no coração, não é uma nova lei, mas um novo lugar.
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MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz.
Desculpe, voce novamente está repetindo catecismo ao invés de ler o texto bíblico.
Jeremias 31:33 diz: Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Onde está a palavra pedra, pedras, onde está a palavra tábua, tábuas? Não tem no texto. Voce que diz isso. Que seria uma transferencia das pedras para o coração. Mas naõ está no texto. E se estivesse voce nao poderia garantir que estivesse falando só do decalogo e nao de toda a lei, já que Deus mandou escrever toda a lei em tabuas de pedra em Dt 27.
E Ele diz ‘minhas leis’... o que voce vai fazer com esse plural? Não combina com sua teoria.
Será que o ‘minhas leis’ me confirma e te refuta? Afinal parece estar tratando cada mandamento individualmente e não um conjunto estático e imutavel como o que voce quer crer, meramente repetindo o que puritanos ingleses do século XVII inventaram.
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TERCIO - As ‘minhas leis’ [de Jr 31] exclui as cerimoniais porque voce não pode escrever um ritual no coração.
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MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz.
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Quem disse que não pode? Voce, ou o texto bíblico? Mais uma explicação arbitrária sua e extrabíblica.
E Abel, Noé, Abraao, Isaque, Jacó, não realizaram rituais de sacrificios de animais? Já tinham lei escrita? Não? Como souberam fazer os rituais? Também isso eram leis escritas no coração? Os sacrifícios de animais são anteriores ao Sinai, também! Porque seu argumento não vale para eles e não os abrange?
E Abraao sobre a circuncisão? Não é ela uma lei cerimonial? E já tinha lei escrita, sim ou não? Como Abraao soube fazer o ritual?
Se a questão for a complexidade dos rituais, de novo, é argumento extrabiblico, a Biblia não fala sobre isso.
Ainda que se considere o argumento da complexidade, ele só reforça que a lei de Deus mudaria do velho para o novo testamento, pois seria uma lei simples o suficiente para guardar no coração e nao precisasse escrever, tipo “ama a Deus e ama ao próximo”, ou “trate aos outros como gostaria de ser tratado”.
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TERCIO - [decálogo] é a lei que Paulo resume em amor a Deus e ao próximo.
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MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz - apontar falácias lógicas
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Falácia de composição ou divisão.
Essa informação está errada. Paulo jamais resume os mandamentos para com Deus em amor a Deus. Isso não existe nos textos dele.
Sim resume os mandamentos para o próximo em amar ao proximo em Rm 13.
porque quem ama aos outros cumpriu a lei. 9. Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.
Rm 13:8-10.
Mas perai! Ele cita somente 5 mandamentos! Cade o resto do decálogo? Não cita nem o quinto mandamento de honrar pai e mãe, que também é para ‘o proximo’.
Porque voce projeta isso ao decálogo todo?
Será que ‘amar ao proximo’ resume os mandamentos para com Deus? Claro que não.
Então não diga que Rm 13:8-10 resumiu o decálogo!
No caso cometeste mais uma falácia de composição.
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TERCIO - [Ceia e Batismo, são ordenanças, não são leis escritas no coracao para que não pequemos]
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MÉTODO: “reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.
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Por que não? Quem disse?
O cara diz que creu em Jesus, e sabe que Jesus ordenou se batizar e celebrar a ceia, e ele se recusa em obedecer esses mandamentos de Jesus, essa desobediencia não é pecado?
Desobedecer uma ordem de Jesus não é pecado?
Olha aonde vai parar essa teoria erronea de que só o decálogo define o pecado!
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TERCIO - Os teólogos que eu citei apenas concordam com o que a Biblia está falando e isso nao é falacia de apelo à autoridade.
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácia de apelo à autoridade + falacia de ataque ad hominen.
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Sim, é falácia de apelo à autoridade, sim. A não ser que voce ache que tais teologos tem autoridade final. Ou se nós dois concordássemos que a fonte da verdade é a opinião desses teólogos e não somente a Escritura. Estou pressupondo que a fonte da verdade é a Escritura dos 66 livros inspirados. Então pule essa parte, pois é irrelevante. Se o teologo construir um argumento biblico sim, mas se ele está meramente repetindo o catecismo, é perda de tempo.
O que importa é o que a Biblia diz, a citação e referencia não torna um argumento mais certo ou menos certo.
Voce ensaiou falácia de ataque ad hominen, ao dizer que se eu sou batista tenho que concordar com teologos batistas.
Apenas para fins de informação, lhe comunico que nem isso é realidade. A igreja batista da Convencao Batista Brasileira não é dogmática. Nós mudamos nossa confissão de fé em 1986. Mudamos de novo agora em 2023 após uma consulta aberta a contribuicoes de todos os membros em 2021. Inclusive nessa consulta de 2021 eu participei propondo mudanças. Eu me posicionei publicamente sobre minhas discordancias com a declaração doutrinaria: sobre o dominicalismo, sobre o suposto dever do pastor não ter outra fonte de renda e sobre a mencao a dizimos. Tambem discordo de se reduzir o ministerio da palavra ao pastorado, deveriam ser reconhecidos e consagrados tambem evangelistas e mestres, conforme Ef 4:11. Em nossas convencoes qualquer membro de igreja pode propor mudança na doutrina. Provavelmente vai demorar a acontecer, pois a mudança de 1986 demorou 23 anos de debates. Mas a nossa doutrina está em aberto. Inclusive essa liberdade de crença e consciência permanece mesmo a pessoa sendo membra de igreja.
A Convençaõ Batista Brasileira não tem nenhuma autoridade sobre nenhuma igreja e sobre nenhuma pessoa batista, em nenhum sentido. Tudo na igreja batista é baseado em associações voluntárias e colaboração voluntária. Tudo que a Convenção Batista decide é mera sugestão para as igrejas, que podem adotar ou não.
Tambem toda igreja ou seminário batista tem o direito de escrever suas próprias declarações de fé. Elas permanecerão na convenção enquanto se identificarem com ela, e são livres para sair ou entrar de novo quando quiserem, tal como os indivíduos são livres para sair e entrar quando quiserem das igrejas.
Como diz o documento Princípios Batistas de 1964:
Na sua singular e una revelação da vontade divina para a humanidade, a Bíblia é a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questões de fé cristã e dever moral. O indivíduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução. A Bíblia, como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo é a nossa regra autorizada de fé e prática. (...) [O indivíduo] é competente, sob a orientação do Espírito Santo, para formular a própria resposta à chamada divina ao evangelho de Cristo, (...) Tanto a Igreja local quanto a denominação, a fim de permanecerem sadias e florescentes, têm que aceitar a responsabilidade da autocrítica. Seria prejudicial às Igrejas e à denominação se fosse negado ao indivíduo o direito de discordar, ou se fossem considerados nossos métodos ou técnicas como finais ou perfeitos.
Ou seja, segundo os Principios Batistas, o individuo deve examinar pessoalmente a Biblia para encontrar o seu sentido, e não receber pronta a interpretação de cima para baixo, e a denominação tem que estar sempre aberta a propostas de mudanças da parte dos seus membros, inclusive doutrinárias.
Na Convenção Batista Brasileira essa liberdade se manifesta na variedade de opinioes de seus membros, há muitos que fazem parte dela com opinioes opostas, tanto calvinistas como arminianos, tanto pentecostais como tradicionais, tanto liberais como conservadores, e em escatologia em especial há variedade absoluta, tem de todas a linhas.
Por outro lado, mesmo que minha igreja fosse dogmática, eu discordar de suas doutrinas não me torna certo ou errado diante da Biblia, nem invalida minha posição no debate, pois o assunto do debate não é a minha fidelidade à doutrina da minha denominação.
Isto é, mesmo se eu fosse ‘mau batista’ isso não estabelece que o que eu estou advogando em termos de argumentos esteja errado, pois é possível inclusive a minha igreja estar errada.
Mas minha ‘infidelidade’, no caso, seria até impossível de ser caracterizada, já que a Convencao Batista Brasileira nao subscreve a confissao batista calvinista de 1689, aquela que é mera cópia da Confissão de Wesminster e repetiu, como você, o erro puritano de inventar divisoes de leis que nao existem na Biblia.
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TERCIO - Citação [“Para provar se os dez mandamentos são obrigatórios, peça a uma pessoa que consulte sua propria consciencia se seria pecado transgredí-los.”]
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácia de afirmação do consequente.
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Isto é falacioso pois a consequencia “consciencia ferida” pode ser atribuida a outros fatores além de “lei imutável e eterna”, como o apego da consciência às partes do decalogo que a nova lei de Cristo repetiu, ou a própria força da tradição ou educação que a pessoa recebeu, que pode incluir aquelas partes não renovadas do decálogo na nova lei de Cristo.
Dito isto, sim, ainda é pecado transgredir todas as partes do decalogo que foram repetidas nas instrucoes de Jesus e dos apostolos à igreja, a nova lei de Cristo. E não, não é mais pecado transgredir qualquer parte do decálogo que não tenha sido repetida nas instrucoes de Jesus e dos apostolos à igreja, na nova lei de Cristo.
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TERCIO - Seu erro é se isolar de séculos de entendimento bíblico que concordam comigo nesse ponto crucial.
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácia de ataque ad hominen.
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Vai ficar patinando nessa falácia de apelo à autoridade? Erro por que? Séculos desde quando? Desde o século XVII? Pois o Catecismo de Westminster, que inventou essa sua divisao de leis arbitrária e extrabíblica, é de 1647.
Como voce pode definir como ‘erro’ o mero discordar de um catecismo? Catecismo é Palavra de Deus? Catecismo é inspirado? Teologos puritanos ingleses do século XVII são apóstolos ou profetas? Onde estão os novos livros deles na sua Bíblia? Não tem? Então por que voce os trata como se fossem palavra de Deus?
Pare com isso e argumente somente com a Biblia.
Porém se voce dissesse: ‘você é a unica pessoa do mundo que pensa assim’, de fato isso seria uma observaçaõ relevante para o debate, em termos de probabilidade de eu estar certo.
Mas essa afirmação ‘você é a unica pessoa do mundo que pensa assim’ é falsa. Há milhões de pessoas no mundo que pensam igual a mim sobre a Lei de Deus. Que há sempre vigencia de uma Lei de Deus completa e sem divisão, sendo que a lei completa do AT acabou e a lei completa do NT é vigente, e ambas falam de aspectos morais, civis e cerimoniais.
Então lhe comunico que essa minha abordagem da Lei de Deus não é uma interpretação isolada ou particular, mas tem o apoio de diversos grupos anabatistas e batistas, como os representados pelo seguintes documentos: Confissão Menonita de 1580, Declaração de Fé de Helwys de 1611 (Batista Geral), Confissao de Dordrecht - 1632 (Menonita), Confissao Batista de 1644 (calvinista), Standard Confession - 1660 (Batistas Arminianos da Inglaterra), Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira - 1986.
Mas digo isso apenas para fins de informação e não de validação. Pois caso contrario estaria cometendo essa mesma falacia que voce praticou, de apelo à autoridade. Meu único objetivo em dizer que essas seis confissões de fé concordam comigo é demonstrar que seria falsa uma afirmação como ‘você é a unica pessoa do mundo que pensa assim’.
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TERCIO - Deus disse que não muda, e voce é o cara que quer mudar Deus.
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácia de ataque ad hominen + falácia de ataque ao espantalho.
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Mais uma falacia de ataque ao espantalho e também outro ensaio de falacia de ataque ad hominen. Não quero mudar a Deus e claro que Deus não muda. Mas Deus pode mudar a Sua Lei, pois a Lei é mero instrumento de Deus. A Lei não é Deus. Se Deus mudou no mínimo alguma parte da Lei, como é irrefutável que mudou, segundo Hb 7:11,12, entao poderia mudar qualquer outra parte.
Sim a velha lei do velho testamento era santa e justa e boa, e a nova lei do novo testamento também é santa justa e boa, elas são diferentes porque a aliança é diferente, em termos diferentes, com parametros diferentes, em extrema simplicidade externa, adequada a universalizacao da fé e nao vinculada a nação teocratica.
O fato da velha lei ser santa, justa e boa nao implica que ela nao possa mudar e ser substituida por outra nova lei tambem santa, justa e boa e que tem vários pontos iguais à antiga lei.
De resto é a sua mesma falacia de raciocinio circular com voce repetindo sua definicao de lei moral sem provar que seja uma definicao biblica, e não mero seguimento do Catecismo de Westminster de 1647.
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TERCIO - Se partes do decálogo mudaram entao a santidade de Deus mudou nessas partes
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácia de raciocinio circular + falacia non sequitur.
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Mais uma vez falacia de raciocinio circular, meramente explicando sua definição de decálogo, sem provar que seria uma definicao biblica. Voce está apenas repetindo sua definição teológica e não trazendo argumentos baseados na Bíblia.
Mas não, o que muda não é a santidade de Deus, quando o mandamento muda, é a expressão humana da santidade que muda, conforme a obediência ao mandamento vigente de Deus para o ser humano.
Que mandamentos de Deus que mudam com o tempo e isso é facílimo de demonstrar de forma abundante, como já demonstrei acima vários mandamentos que mudaram do velho para o novo testamento, e mandamentos morais.
Mas a santidade do povo não era demonstrada somente nos mandamentos morais, mas tambem nos cerimoniais e civis, de modo que sua teoria está errada.
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TERCIO - Romanos 7 fala da lei moral e do caráter.
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MÉTODO: Demonstrar uma falha de raciocínio lógico, isto é, uma falácia lógica na composição da teoria. Falácias de composição ou de divisão. + “reduzir ao absurdo”, testando a teoria e apresentando a incoerência da sua aplicação.
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Mais uma vez você escolhe de forma arbitraria o que a palavra ‘lei’ pode significar, como se ‘lei’ pudesse significar apenas ‘parte da lei’. Em Hb 7 voce escolheu o sentido de ‘lei cerimonial’, falácia de divisão, e em Rm 7, escolheu o sentido ‘lei moral’, também falácia de divisão.
Tendo eu provado acima por Lv 5 que quebrar leis cerimoniais também é chamado pela Escritura de pecado, não posso deixar de reparar como voce refuta sua própria teoria (redução ao absurdo) ao dizer “em Romanos 7 está falando da lei moral’.
Essa “lei moral” da qual voce diz ser imutável em Romanos 7 mesmo que diz claramente que mudou também:
1. Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?
2. Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.
3. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro homem; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.
4. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
Rm 7:1-4
O povo de Deus aqui é uma esposa, casada com seu primeiro marido, a Lei. Mas o primeiro marido, a lei, morreu, e agora ela casa com um segundo marido, Cristo.
Você, e não eu, disse que “em Romanos 7 está falando da lei moral’, então voce, e não eu, refutou sua teoria ao implicar que ‘a lei moral’ é o primeiro marido morto de Rm 7:1-4.
Esse texto biblico não encaixa de forma alguma com sua teoria. Acho que voce não irá admitir que errou ao dizer “em Rm 7 está falando da lei moral’, mas dirá que uma parte de Rm 7 fala da lei moral e outra da lei cerimonial. Mas dizer que Rm 7:1-4 é a lei cerimonial é inviavel. A suposta lei cerimonial não é tema enfatizado em parte alguma da carta de Romanos, esse livro fala muito pouco das cerimonias do antigo testamento, só uma breve menção à circuncisão em Rm 2:25-27 e ao culto de Israel em Rm 9:4. Em demais partes de Romanos as palavras ‘circuncisão/incircuncisão’ são metonímias para ‘judeu/gentio’.
Mas Rm 7:1-4 encaixa perfeitamente com minha teoria. A Lei / primeiro marido, que morreu, é a lei inteira do Velho Testamento, seja em seus aspectos morais, civis ou cerimoniais, e a nova lei / segundo marido é Cristo, ou seja, o senhorio de Cristo, o que Cristo mandar, ainda que em muitos aspectos Cristo tenha mandado de novo para Sua igreja certos mandamentos que também estavam na primeira lei, hoje morta.
Por isso, que Senhorio de Cristo = Lei de Cristo = Nova Lei do Novo Testamento, é que podemos explicar passagens em que a obediencia direta a Cristo é absolutizada até acima de mandamentos do decálogo (como em Jo 5:8-11 e Mt 8:21,22). Passagens como estas são dificeis de explicar dentro da sua teoria.
Mas na minha teoria se encaixam perfeitamente: o que Jesus mandar é sempre mais importante que qualquer outra coisa, mesmo que seja um mandamento do decálogo. Tais dois homens, de João 5 e Mateus 8, já tinham encontrado o Messias, portanto já estavam sob o dever absoluto do Senhorio de Cristo (isto é, da Lei de Cristo, da Nova Lei do Novo Testamento) acima de tudo, mesmo antes do Velho Testamento terminar definitivamente quando Jesus destruiu Jerusalém em 70DC.
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TERCIO - [sobre Ez 18:20 contra Ex 20:5] “Visito a iniquidade dos pais nos filhos” não é punição do filho por causa do pai, mas o resultado social e histórico da rebelião. (...) O pai idólatra ensina o filho a idolatria e a iniquidade transmite por influência e escolha gerando uma cultura de rebeldia. (...) resultado social, genético, prático ou educacional do pecado (...) como a miséria que a idolatria do pai traz para sua família (...) o pai alcolatra, o filho o vê e tem grande chance de se tornar alcólatra (...) Deus não pune o filho pela culpa do pai, mas o filho colhe as consequencias da desobediência desse pai.
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MÉTODO: citar um texto bíblico que o contradiz + argumentação indutiva por acúmulo de evidência.
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Aqui você vai longe na distorção do texto bíblico de Exodo 20:5. É notório o motivo. Sua teoria diz que o decálogo é imutável, portanto até este trecho voce precisará afirmar que é imutável e vale ainda hoje.
Então para podermos comer essa pedra, você vai tentar colocar uma calda de chocolate em cima. Não adianta. Ao morder o texto ainda tem gosto de pedra e é duro como pedra, e quebra os dentes de quem o tenta comer, e quebrará os seus dentes enquanto voce sustentar que essa Palavra vale hoje.
É até difícil entender a sua explicação, ou deveria chamar de “suavização”?
Não é punição dos pais nos filhos em Exodo 20:5? È mero resultado social e histórico?
E quem faria o ‘resultado social e histórico’ acontecer? Não é Deus em Sua providência? E porque ele acontece?
Leiamos o texto:
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.
Ex 20:4-6.
Quem visita a iniquidade? O mero resultado automatico social e histórico? No texto bíblico, não. Deus é quem visita iniquidade dos pais nos filhos. Deus pessoalmente, ativamente faz a maldição acontecer. É o que está escrito em Ex 20:5. E porque Deus faz isso? Porque é Deus zeloso.
O único trecho do decálogo que realmente, literalmente e diretamente fala dos atributos de Deus, você quer varrer para debaixo do tapete!?
Deus é Deus zeloso e por isso que visita a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que Lhe odeiam.
Não diga que fala somente dos filhos que tambem odeiam, dos netos que tambem odeiam e dos bisnetos que também odeiam. Aí seria uma distorção muito grande. Respeite o texto.
A visitação é sobre os filhos, netos e bisnetos dos que O odeiam. É isso que está escrito.
Sim, o texto é uma pedra que quebra o dente de quem come.
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É estranho você mencionar ‘consequencias genéticas’. Eu fico muito curioso para voce me informar quais dos dez mandamentos do decálogo que se transgredidos geram consequencias genéticas nos filhos de quem transgride!
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Mas vamos testar a sua teoria... A maldição sobre filhos, netos e bisnetos de Exodo 20:5 é mera consequencia social? Será?
1 - Quando Adão pecou, todos os seus descendentes receberam a morte e corrupção como herança. Isso é mera consequencia social? Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Rm 5:12
2 - O mundo pré-diluviano estava cheio de violencia e por isso foi afogado pelo dilúvio. Mas e as crianças, bebês e fetos que ali viviam? Eles tiveram tempo de aprender a violencia? Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. Gn 7:22
3 - Cão e Canaã desrespeitam Noé, mas a maldição não é somente sobre eles, mas também sobre os descendentes de Canaã. Mera consequencia social? E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. Gn 9:25.
4 - Deus disse para Abraão: amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; Gn 12:3. Está falando de mera consequencia social?
5 - Deus feriu Faraó e a sua casa, com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. Gn 12:17. A casa de Faraó inclui os filhos de Faraó. Eles também tentaram adulterar com Sarai, ou isso foi um pecado só de Faraó? Como que as pragas sobre os filhos de Faraó, seriam mera ‘consequencia social’?
6 - Os homens de Sodoma eram maus e pecadores (Gn 13:13), e por isso Sodoma foi destruída. Mas poderia se dizer isso de suas crianças, bebês e fetos?
7 - Genesis 20:17,18 diz E orou Abraão a Deus, e sarou Deus a Abimeleque, e à sua mulher, e às suas servas, de maneira que tiveram filhos; Porque o Senhor havia fechado totalmente todas as madres da casa de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abraão. Como o fechamento das madres de todas as mulheres da casa de Abimeleque pode ser mera consequencia social da tentativa de Abimeleque casar com Sara? “Mulheres da casa” obviamente inclui as esposas dos filhos ou netos de Abimeleque.
8 - Isaque disse a Esaú: E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás (Gn 27:40). Esse fato sobre o povo edomita é mera consequencia social de Esau ter desprezado a primogenitura? Por que eles teriam que ‘viver da espada’? O que tem a ver uma coisa com a outra?
9 - De Simeao e Levi, Deus disse: Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel (Gn 49:7). Assim, a tribo de Simeao foi absorvida no territorio de Judá e a tribo de Levi nunca teve territorio. Como o fato do massacre que eles praticaram em Siquem cria a consequencia social de centenas de anos depois seus descendentes não terem um territorio especifico em Israel? Qual a ligação dos fatos? Nenhuma! A não ser a punição específica decretada por Deus e executada por Sua providência. Os dois fatos não são naturalmente ligados nem meras consequencias naturais. São maldições específicas sobre os descendentes deles.
10 - Exodo 11:1,5 diz E o Senhor disse a Moisés: Ainda uma praga trarei sobre Faraó, e sobre o Egito; depois vos deixará ir daqui (...) E todo o primogênito na terra do Egito morrerá. Essa morte dos primogenitos do Egito não é mera consequencia social, pois não é um efeito natural do pecado de Faraó não libertar o povo, antes é uma maldição sobrenatural especificamente sobre os primogenitos dos egípcios.
11 - Nm 16:27,32 diz “Datã e Abirão saíram, e se puseram à porta das suas tendas, juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças (...) a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas”. Quem pecou foi Datã e Abirão, mas seus filhos morreram junto com eles. A terra se abrir não é mera consequencia social do pecado.
12 - Nm 31:15-17 diz “E Moisés disse-lhes: Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de transgredir contra o Senhor no caso de Peor; por isso houve aquela praga entre a congregação do Senhor. Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças, e matai toda a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele.”. A morte dos filhos das mulheres midianitas não é consequencia natural do pecado, mas punição específica que lhes abrange, mesmo não sendo eles que ‘deram ocasião de Israel transgredir no caso de Peor’.
13 - Dt 3:6 resume o que Israel fez com os povos cananeus. “E destruímo-las como fizemos a Siom, rei de Hesbom, destruindo todas as cidades, homens, mulheres e crianças”. Das crianças cananéias, em especial dos bebes e fetos não se pode dizer que já praticavam as abominações dos cananeus. Elas não morreram por mera consequencia natural, mas Deus mandou o exército de Israel matá-las. Porém quem praticou as abominações foram seus bisavôs, avôs e pais, como diz Levitico 18:27 - Porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra, que nela estavam antes de vós; e a terra foi contaminada. Se voce tentar escapar desta consequencia dizendo que a maldição de Ex 20:5 é somente sobre o pecado de idolatria, ela se aplica aqui também: “Porque vós sabeis como habitamos na terra do Egito, e como passamos pelo meio das nações pelas quais passastes; E vistes as suas abominações, e os seus ídolos, o pau e a pedra, a prata e o ouro que havia entre eles” (Dt 29:16,17). Mas ser morto por um soldado enquanto ainda é bebê não é mera consequencia “social, genética, prática ou educacional”.
14 - Depois que Josué destrói Jericó, ele diz “Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; sobre seu primogênito a fundará, e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas.” (Js 6:26). Isto se cumpre em 1Rs 16:24: “Hiel, o betelita, edificou a Jericó; em Abirão, seu primogênito, a fundou, e em Segube, seu filho menor, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num”. Os dois filhos de Hilel morrerem durante a reconstrução de Jericó não é mera consequencia social do pecado.
15 - Em Js 7, quem peca é Acã, mas quem é apedrejado não é somente ele, mas junto vão seus filhos, e suas filhas (Js 7:24). Morrer apedrejado não é mera consequencia social do pecado, nem sequer se diz que os filhos de Acã participaram do pecado, pois ele escondeu sozinho o que reteve do anátema.
16 - Em 1Sm 2:33 Deus diz dos descendentes de Eli: toda a multidão da tua casa morrerá quando chegar à idade varonil. Isto não é mera consequencia do pecado, mas uma maldição específica, cumprida de forma sobrenatural.
17 - Em 2Sm 3:28,29 Davi diz: “Inocente sou eu, e o meu reino, para com o Senhor, para sempre, do sangue de Abner, filho de Ner. Caia sobre a cabeça de Joabe e sobre toda a casa de seu pai, e nunca na casa de Joabe falte quem tenha fluxo, ou quem seja leproso, ou quem se atenha a cajado, ou quem caia à espada, ou quem necessite de pão.” Nenhuma destas desgraças sobre os descendentes de Joabe são resultados naturais ou sociais de Joabe ter matado Abner.
18 - Em 2Sm 12:14 quem peca é Davi, mas quem morre é o bebê que nasceu de Bate-Seba: “porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do Senhor blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá”. Isso não é uma consequencia social do pecado criando uma cultura de rebeldia de maneira ao filho de Davi pecar igual a ele e sofrer as consequencias, pois sobreveio sobre o filho de Davi quando ainda era bebê, não se pode dizer que ele aprendeu a adulterar. Se quiser, fale de Amnom e Absalão terem aprendido com Davi a tratar as mulheres como objeto, mas isso não pode ser atribuído ao bebê que nasceu de Bate-Seba.
19 - Em 1Rs 14:9,10 Deus diz a Jeroboão “Antes tu fizeste o mal, pior do que todos os que foram antes de ti; e foste, e fizeste outros deuses e imagens de fundição, para provocar-me à ira, e me lançaste para trás das tuas costas; Portanto, eis que trarei mal sobre a casa de Jeroboão; destruirei de Jeroboão todo o homem até ao menino, tanto o escravo como o livre em Israel; e lançarei fora os descendentes da casa de Jeroboão, como se lança fora o esterco, até que de todo se acabe.”. Dos meninos de Jeroboão não se pode dizer que já praticavam os mesmos pecados.
20 - Salmos 21:8-10. A tua mão alcançará todos os teus inimigos (...) Seu fruto destruirás da terra, e a sua semente dentre os filhos dos homens.
21 - Salmos 37:28. A semente dos ímpios será desarraigada.
22 - Salmos 106:25-27. não deram ouvidos à voz do Senhor. Por isso levantou a sua mão contra eles, para os derrubar no deserto; Para derrubar também a sua semente entre as nações, e espalhá-los pelas terras.
23 - Em Salmos 109:9,10,12, Davi amaldiçoa seus inimigos da seguinte forma: “Sejam órfãos os seus filhos, e viúva sua mulher. Sejam vagabundos e pedintes os seus filhos, e busquem pão fora dos seus lugares desolados. Não haja ninguém que se compadeça dele, nem haja quem favoreça os seus órfãos”. Não poderia o castigo vir só sobre o inimigo de Davi, mas não sobre os filhos do inimigo? Davi está errado no Velho Testamento? Não. Davi é coerente com Exodo 20:5 que estava vigente no Velho Testamento. Era coerente amaldiçoar no Velho Testamento. Não só era coerente com o modo vigente de Deus tratar os homens, do qual Deus falou em Ex 20:5, mas também com a ordem de Deus de amaldiçoar: “E estes estarão sobre o monte Ebal para amaldiçoar” (Dt 27:13). De modo que no Velho Testamento era mandamento de Deus amaldiçoar.
Mas hoje, no Novo Testamento, seria errado fazer essa oração do Salmo 109, pelo menos esse trecho citado, pois lemos: “Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.” Rm 12:14. De fato o Novo Testamento tem um nova lei diferente! Graças a Deus por isso!,
Poderia multiplicar os exemplos, mas acho que essas passagens bíblicas são suficientes para demontrar que Exodo 20:5 realmente está falando de uma maldição operada diretamente por Deus, muitas vezes de forma sobrenatural, sobre os filhos, netos e bisnetos dos pecadores.
Não é meramente consequencia social sobre filhos que aprenderam a cometer o mesmo pecado.
Estas passagens acima contradizem sua explicação suavizadora da dureza de Exodo 20:5 e tiram o crédito dela, por evidência cumulativa em contrário.
Significativo, porém, é que não preciso apontar passagens nesse sentido de castigo sobre os filhos, da parte de Deus, após a revelação de Ezequiel 18:20 uma que vez que teorizo que a partir de então Deus não agiria mais dessa forma. Você, porém, que teoriza o contrário, pode apontar maldições sobre filhos decretadas por Deus após Ezequiel 18:20?
Temos sim a menção já referida da sugestão dos discípulos em Jo 9 sobre o cego de nascença, mas ela foi corrigida por Jesus, reforçando nossa teoria.
Temos mais uma, que por não vir como palavra de Deus e sim palavra de homem, não interfere na argumentação: E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos. (Mt 27:25.)
E na outra que pode parecer uma continuidade da maldição, creio que a palavra ‘filhos’ significa discípulos: “deixas Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que forniquem e comam dos sacrifícios da idolatria.(...) destruirei com morte a seus filhos.” Ap 2:20-23
Na pesquisa sobre esse assunto achei algo interessante: a menção que Deus faz sobre o fim da maldição sobre descendentes em Ez 18:20 onde vai cessar o provérbio ‘os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos que embotaram’ não é texto somente de Ezequiel.
Essa idéia está em Jeremias também. E sabe onde? Onde? Voce não esperava por isso. Nem eu esperava por isso. Está no texto de Jeremias sobre a nova aliança. Logo antes dEle falar da nova aliança, ele fala dessa mudança dos filhos não pagarem mais pelos pais. O trecho mais famoso de Jeremias sobre a nova aliança são os versos 31 a 34 de Jeremias 31. Mas os versos imediatamente anteriores, os versos 27 a 30 falam do fim do castigo nos filhos por causa dos pecados dos pais, tal como Ezequiel falaria depois:
27. Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que semearei a casa de Israel, e a casa de Judá, com a semente de homens, e com a semente de animais.
28. E será que, como velei sobre eles, para arrancar, e para derrubar, e para transtornar, e para destruir, e para afligir, assim velarei sobre eles, para edificar e para plantar, diz o Senhor.
29. Naqueles dias nunca mais dirão: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram.
30. Mas cada um morrerá pela sua iniquidade; de todo o homem que comer as uvas verdes os dentes se embotarão.
31. Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.
32. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.
33. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
34. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
Jr 31:27-34
Aqui não tem erro: o fim da maldição dos pais sobre os filhos é também uma das mudanças da nova aliança. Inclusive introduzida pela mesma expressão, nos versos 27 e 31: “eis que dias vem, diz o Senhor”.
Assim foi confirmada minha teoria inicial: a maldição que consta no decálogo em Ex 20:5 é revogada na nova aliança. Graças a Deus por isso!
Portanto fica confirmado por Jr 31:27-34 que um trecho do decálogo foi revogado na nova aliança.
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TÉRCIO DISSE: [Ex 20:5]) É a consequência do pecado e não a punição eterna.
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MÉTODO: apontar falácia lógica - ataque ao espantalho.
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Eu não disse que Ex 20:5 está falando de punição eterna. Claro que o texto fala especificamente de juízos temporais e não eternos, e tais juizos não precisam chegar à morte fisica, vide os juizos sobre os descendentes de Joabe, que eu mencionei acima.
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TÉRCIO DISSE: [de Ez 18:3] Está desfazendo uma desculpa “ah, pecamos porque nossos pais pecaram”, não é isso?
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MÉTODO: apontar falácia lógica - ataque ao espantalho.
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Não, o texto de Ez 18:3 não fala ‘pecamos porque nossos pais pecaram’, ele fala nossos dentes ficaram embotados porque os pais comeram uvas verdes. Está falando de castigos pelo pecado dos pais que cairam sobre os filhos.
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TÉRCIO DISSE: [de Ez 18:20 e Ex 20:5] A consequencia social de Ex 20:5 e o juizo eterno individual de Ez 18:20 se harmonizam perfeitamente.
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MÉTODO: apontar interpretação alternativa.
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Eles se harmonizariam perfeitamente se estivessem falando de assuntos diferentes, como voce descreveu. Mas os textos falam do mesmo assunto, que não é mera consequencia social, nem juizo eterno, mas sim juizos temporais, em vida.
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TÉRCIO DISSE: Ez 18 fala da punição eterna.
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MÉTODO: apontar interpretação alternativa + reduzir ao absurdo.
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Não tem nada de eterno afirmado em Ez 18. Está falando de juizo temporal, a morte física, a interrupção da vida. Se fosse eterno o juizo referido em Ez 18, ninguém ressuscitaria no Juizo Final, principalmente aqueles israelitas que morreram na invasão babilonica iminente, que era o assunto de Ezequiel.
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TÉRCIO DISSE: não estou em contradição quando disse que nem todo sofrimento é punição hereditária.
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MÉTODO: reduzir ao absurdo.
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Sim, ainda está em contradição, pois dizer ‘nem todo é’ implica logicamente que ‘algum é’. Mas antes disse que ‘nenhum é’
Era mais fácil admitir que se expressou mal nessa frase.
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TÉRCIO DISSE: Você tenta usar a [questão das] maldições dentro da lei para dizer que a lei pode ser mudada.
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MÉTODO: apontar falácia lógica - ataque ao espantalho.
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Aqui a sua falácia é sutil, pois eu realmente afirmo que a Lei de Deus pode ser mudada, mas eu não disse que a prova que a lei de Deus mudou foi que as maldições dela caíram.
O que eu disse é que o Decálogo, isto é, o conjunto de palavras que está escrito em Ex 20:2-17, lembre meu primeiro vídeo, não é imutável, pois uma parte dele certamente mudou, no mínimo a parte da maldição que está escrita em Ex 20:5, que é retirada ainda no Velho Testamento por Ez 18:20 e mais tarde por textos do Novo Testamento anulando as maldições da Lei, como Gl 3 e Cl 2.
Mas provavelmente você precisa atacar minha afirmação “O Decálogo não é imutável” por seu interesse em vindicar doutrinas morais específicas da sua igreja, que se baseiam na falsa premissa “o Decálogo é imutável”, diante da qual eu retruco (para reduzir ao absurdo): então voce pode hoje estar pagando por pecados de seu bisavo como diz Ex 20:5 e não é errado possuir escravos como Ex 20:17 autoriza.
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TÉRCIO DISSE: O proprio Gl 3:10 diz “Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las... meu amigo, então: o Decálogo é a regra de vida”.
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MÉTODO: apontar falácia lógica - falácia de composição.
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Galatas 3:10 está citando Deuteronomio 27:26. Voce vai dizer que Deuteronomio 27:26 está se referindo somente ao Decálogo? Leia direito! Essa maldição vem depois de uma lista de maldições sobre varios mandamentos que não estão no Decálogo:
14. E os levitas testificarão a todo o povo de Israel em alta voz, e dirão:
15. Maldito o homem que fizer imagem de escultura, ou de fundição, abominação ao Senhor, obra da mão do artífice, e a puser em um lugar escondido. E todo o povo, respondendo, dirá: Amém.
16. Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe. E todo o povo dirá: Amém.
17. Maldito aquele que remover os limites do seu próximo. E todo o povo dirá: Amém.
18. Maldito aquele que fizer que o cego erre de caminho. E todo o povo dirá: Amém.
19. Maldito aquele que perverter o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva. E todo o povo dirá: Amém.
20. Maldito aquele que se deitar com a mulher de seu pai, porquanto descobriu a nudez de seu pai. E todo o povo dirá: Amém.
21. Maldito aquele que se deitar com algum animal. E todo o povo dirá: Amém.
22. Maldito aquele que se deitar com sua irmã, filha de seu pai, ou filha de sua mãe. E todo o povo dirá: Amém.
23. Maldito aquele que se deitar com sua sogra. E todo o povo dirá: Amém.
24. Maldito aquele que ferir ao seu próximo em oculto. E todo o povo dirá: Amém.
25. Maldito aquele que aceitar suborno para ferir uma pessoa inocente. E todo o povo dirá: Amém.
26. Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo. E todo o povo dirá: Amém.
Dt 27
Por que não está escrito ‘tábuas da lei’, e sim ‘livro da lei’? Não é o livro inteiro de Dt 31? Toda a Lei de Gn a Dt? Claro que é! O livro e não as tábuas!
Mais uma vez voce pega a palavra ‘lei’ e entende o que quiser? Por que voce diz que é só o decalogo e não toda a lei?
No mínimo do verso 18 ao verso 25 de Deuteronomio está falando de mandamentos morais de fora do Decálogo!
Sua teoria não subsiste diante das Escrituras.
Lembro que pessoas da sua igreja costumam distorcer Tiago 2:10 e dizer também, arbitrariamente, que está falando só do decálogo. “Quebrou um, quebrou todos”. Sim, mas Tiago 2:10 está falando de toda a lei de Deus, não só o decalogo, pois citou mandamento de fora do decálogo, no verso anterior, ‘não fazer acepção de pessoas’, que está escrito em Dt 16:19.
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TÉRCIO DISSE: A penalidade foi cravada na cruz por Cristo.
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MÉTODO: apontar falácia lógica - autocontradição.
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Portanto a penalidade de Ex 20:5: “Deus, por ser zeloso, visitar a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração dos que O odeiam” foi cravada na cruz, e um trecho do Decálogo caiu, você se contradisse, e vindicou minha teoria.
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TÉRCIO DISSE: Se a lei estava errada, e tem que mudar, você está acusando Deus.
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MÉTODO: apontar falácia lógica - ataque ao espantalho
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Eu não disse que o motivo da lei moral mudar é que estava errada. Claro que não. A velha lei do velho testamento também era ‘santa, justa e boa’, e era ‘perfeita’ como tudo que Deus faz, apenas era adequada e específica para o Velho Testamento.
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TÉRCIO DISSE: Ele não mudou o ‘não adulterarás’, Ele elevou o nível, [se você olhar já é adultério].
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MÉTODO: apontar falácia lógica - autocontradição.
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Elevar é mudar. Acrescentar é mudar. Aumentar é mudar. Tornar mais rígido é mudar. Exigir o coração além do mero ato externo é mudar. Todas essas são mudanças de adição.
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TÉRCIO DISSE: Qual é esse ‘novo padrão moral’? (...) A Biblia nem fala dessa nova lei (...) “Se a lei tivesse mudado [em Rm 3:31] Paulo teria dito ‘anulamos a lei antiga e estabelecemos a nova’.
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MÉTODO: trazer textos bíblicos que lhe apoiam + apontar falácias logicas - falácia non sequitur + falácia da divisao
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A nova lei é tudo que Jesus e Seus apóstolos ordenaram à igreja de Cristo e foi registrado nas escrituras do Novo Testamento: a Lei de Cristo, a Doutrina dos Apóstolos - Mt 28:20; At 2:42; Rm 7:1-4; 1Co 9:20,21; Gl 6:2; At 6:14:
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado
perseveravam na doutrina dos apóstolos
estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos,
como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei.Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.
Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.
Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.”
Paulo não precisava ter dito ‘estabelecemos a nova lei’ em Rm 3:31, já que o ponto dele nesse trecho do texto é apenas estabelecer que Cristo cumpriu a lei por nós, ao mesmo tempo que se livra da acusação de que o salvo por Cristo não precisaria mais seguir a lei de Deus, esta acusação de antinomismo foi mencionada acima em Rm 3:8.
Que a lei de Deus mudou no novo testamento Paulo estabelece em outros trechos das suas cartas, bem como exemplifica quais aspectos da lei de Deus mudaram.
De resto a sua mesma falácia da divisão de sempre, lendo, conforme a conveniencia ‘decálogo’, onde está escrito apenas ‘lei’.
Nem para ser coerente e reconhecer que Paulo estivesse falando de toda a lei de Deus, como de fato estava, já que Jesus cumpriu não somente o decálogo, mas as demais leis morais de fora do decálogo, e as leis civis e cerimoniais do Velho Testamento, todas, mesmo as que cairam no Novo Testamento.
Repetindo, a ‘lei é estabelecida’ em Rm 3:31 pois mesmo depois de salvos ainda teremos o dever (e o prazer) de cumprir a lei, mas a lei de Deus que estiver vigente, a Lei de Cristo, não a lei do velho testamento revogada, o primeiro marido falecido (Rm 7:1-4), que Paulo não se importava mais em obedecer, e só cumpria para não escandalizar os judeus que ele evangelizava - 1Co 9:20,21.
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TÉRCIO DISSE: se a gente não for obediente, seremos condenados
MÉTODO: reduzir ao absurdo.
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Aqui a face oculta do legalismo e salvação pelas obras colocou a cabeça para fora da água por um momento. Deus tenha misericórdia!
Ninguém é obediente.
Do que você está falando, ‘se formos desobedientes’?
Quebrou um, quebrou todos - Tg 2:10!
Todos tropeçamos em muitas coisas - Tg 3:2!
Portanto todos quebram Mt 5:48 - seja perfeito como Deus (aliás, mandamento de fora do Decálogo)!
Portanto ninguém é obediente, e a salvação ou condenação no juízo final não é baseada na obediência de alguém, a não ser que creiamos que ninguém será salvo.
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TÉRCIO DISSE: [com base em Ap 11] a lei moral de Deus, o decálogo está guardado no céu, no santuário celestial
MÉTODO: apontar falácias lógicas - falacia non sequitur + apresentar interpretação alternativa.
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Nada disso flui do texto bíblico. Voce meramente repetiu os dogmas da sua igreja projetando um decálogo que não aparece na visao de Ap 11, apenas por causa da menção da arca da aliança.
Isso não vale como argumento de debate bíblico, é mais próprio para classe de catecumenos. Voce precisava ter textos biblicos mais claros e diretos para seus argumentos, e não um que depende de uma interpretação específica e inverossímil.
Só para não ficar ‘no vácuo’ sua menção aos dogmas adventistas sobre santuario celestial literal e arca da aliança literal, cito, sem necessidade de me aprofundar, já que seria outro o tema deste debate, Jeremias 3:
E sucederá que, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, naqueles dias, diz o Senhor, nunca mais se dirá: A arca da aliança do Senhor, nem lhes virá ao coração; nem dela se lembrarão, nem a visitarão; nem se fará outra. Jr 3:16.
A Bíblia diz que quando Israel voltasse do cativeiro não ia nem mais se lembrar da arca, sequer fariam outra arca para substituir a que os babilonios destruiriam. Mas sua igreja diz que a arca é tao importante que permanece literalmente no céu para sempre. As duas idéias não combinam de forma alguma!
Portanto arca de Ap 11 é mais provavel ser mera lembrança da aliança primeira feita com Israel no deserto.
Que dizer se a visão da arca significa: Israel quebrou a aliança com Deus, por isso será severamente punido? Como eu assim creio que significa todo o Apocalipse de 1 a 19, se referindo a destruição de Jerusalém em 70DC? De fato, esse mesmo capitulo 11 manda ‘medir o templo e os que nele adoram’, o que coloca o livro para antes do templo ser destruido em 70DC.
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TÉRCIO DISSE: Voce está tentando subverter o principio moral do terceiro mandamento [com base no desconhecimento atual da palavra hebraica original].
MÉTODO: apontar falácias lógicas - falacia de raciocinio circular - falacia de composicao ou divisao + falacia de ataque ao espantalho + falacia de ataque ad hominen.
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Não, no caso estou demonstrando mais um aspecto da mutabilidade do decálogo, pois a palavra a ‘não ser tomada em vão’ sendo hoje desconhecida, não permite uma obediencia exata e literal.
Lembre que voce não estabeleceu biblicamente o que precisamos selecionar do decálogo, se for o caso de não considerar imutavel o texto inteiro, mas apenas os ‘principios morais’, conforme suas palavras.
Mas aí voce se auto-refutou de novo e concordou comigo de novo, apenas ainda não enxergou isso.
Pois você terá concordado com a mutabilidade de algum trecho do ‘decálogo’ na minha definicao de decálogo (o conjunto de palavras que está escrito em Ex 20:2-17).
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TÉRCIO DISSE: O Novo Testamento não modificou [o terceiro mandamento], ele aprofundou mais ainda.
MÉTODO: apontar falácias lógicas - falacia de incoerencia.
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Voce pronunciou uma contradição pura: você disse: “não modificou, aprofundou”. Ora, aprofundar é modificar, aumentar é modificar, acrescentar é modificar, interiorizar é modificar.
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TÉRCIO DISSE: Você está tentando trocar a palavra ‘abolida’ por ‘mudada’.
MÉTODO: apontar falácias lógicas - falacia de equivoco.
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Não se trocam palavras de sentidos diferentes.
Dizer que a lei foi abolida seria dizer que Deus nao tem mais nenhuma lei sobre o ser humano. Isso eu nao disse e nunca direi.
E disse apenas que no Novo Testamento que houve mudanças na lei, e isso biblicamente é irrefutável conforme os textos por mim já expostos acima.
Mesmo se voce dissesse que nenhuma parte da lei do Velho Testamento caiu, ao admitir que Jesus trouxe leis novas estará admitindo que houve mudança na lei, pois acrescentar é mudar o conteúdo para mais.
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TÉRCIO DISSE: O novo testamento estabeleceu o dizimo em Mt 23:23
MÉTODO: apontar falácias lógicas - falacia non sequitur
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De forma alguma.
Em Mt 23:23 Jesus está falando a pessoas do velho testamento como deveriam estar guardando o velho testamento.
No novo testamento nao tem dizimo obrigatorio, o principio é contribuicao livre conforme 2Co 9:7.
Não entendi por que voce fez referencia sobre esse assunto, já que o decalogo nao fala do dizimo.
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TÉRCIO DISSE: Jesus não precisava ter morrido, bastava mudar a lei.
MÉTODO: apontar falácias lógicas - falacia non sequitur
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Claro que não. Pois os pecados cometidos sob uma velha lei (determinado mandamento especifico dentro do conjunto da lei) constituiram dividas contraidas enquanto ela estava vigente. Mesmo que novos atos contra uma lei agora abolida (determinado mandamento especifico dentro do conjunto da lei) não sejam mais dividas.
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TÉRCIO DISSE: [sim, se um israelita quebrasse a lei civil, isso também seria um pecado que precisaria de expiação].
MÉTODO: apontar falácias lógicas - falacia de incoerencia
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Portanto, voce se auto-refutouo, tornando falsa a afirmativa ‘somente a lei moral define o que é pecado’ que você fez no início do vídeo.
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TÉRCIO DISSE: Toda e qualquer lei dada por Deus é séria e obrigatoria.
MÉTODO: declarar concordancia
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Claro, eu nunca disse o contrário. Só disse que Deus pode mudar Suas leis e mudou. A leis serao obrigatorias enquanto estiverem vigentes e Deus é soberano para mudar a vigencia delas, inclusive das morais que eu citei acima.
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TÉRCIO DISSE: Se Deus pode mudar Seu padrao moral, qual garantia há que não vai mudar amanhã?
MÉTODO: declarar textos biblicos que lhe apoiem
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Sabemos que a nova lei do novo testamento não mudará até a volta de Jesus por causa da palavra de Cristo que mandou a igreja ensinar o que Ele tem ordenado até a consumação dos séculos, em Mt 28:20.
Esse texto aliás confirma que para a igreja há nova lei, pois ele obviamente se refere aos ensinos de Jesus dados no contexto do Novo Testamento.
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PERGUNTA:
Você nos seus vídeos afirmou o seguinte argumento:
P1 - A lei moral é imutável
P2 - O decálogo é a lei moral.
C1 - Portanto o decálogo é imutável.
Mas também afirmou a seguinte premissa:
P3 - O decálogo é o resumo da lei moral.
Eu vejo uma certa confusão entre a P2 e P3, afinal, na sua teoria:
Q1 - [Somente] o decálogo é a lei moral?
ou
P3 - “O decálogo é o resumo da lei moral”?
Se voce mantiver Q1, reduzimos ao absurdo por:
C2 - Transgredir quaisquer mandamentos que não estejam no decálogo não é pecado.
Se você confirmar P3, provamos que P1 é falso, pois há mandamentos morais fora do decálogo que mudaram, como já citei acima dezenas deles, além dos mandamentos morais inéditos acrescentados no Novo Testamento.
Mas deixei uma mudança de mandamento moral para falar agora no final do vídeo, que é significativa por ser uma mudança da Lei Moral que acontece ainda durante o Velho Testamento:
É a questão do casamento com irmãos:
“Deus criou somente Adão e dele tirou Eva para deles descenderem toda a humanidade (Ml 2:15; Gn 2:22; At 17:26) e ainda é dito que Eva é a mãe de todos os viventes (Gn 3:20). Sendo assim os primeiros filhos de Adão e Eva tiveram que casar com suas irmãs. Porém certo tempo depois Deus proibiu o casamento entre irmãos em Sua Lei (Lv 18:9). Descartando-se uma hipótese de Deus ter obrigado os filhos de Adão a pecarem, resta que para essa primeira geração isso não era pecado, e tornou-se pecado depois, portanto nisso Deus mudou Sua Lei [moral], e a Lei [moral] de Deus não é imutável.”
PERGUNTA: como voce resolve essas questões entre Q1 e P3, e as consequencias de cada uma delas, para manter sua teoria?
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Catecismo Batista Ampliado. LOPES, M. (Org.).Versão 46 (29/07/2025), em edição.
TEXTO COMPLETO - https://bit.ly/CATECISMO-BATISTA-AMPLIADO
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Eclesiologia: Doutrina Bíblica da Igreja. LOPES, M. Versão 43 (18/04/2025).
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