De festa, de futilidade, e não se importava com as pessoas à volta dela sofrendo, passando necessidade. Pelo contrário, eles próprios, os ricos do povo, é que eram responsáveis pela miséria do povo em volta.
E encostavam no fato de fazerem muitos cultos a Deus. Então, os cultos dele tinham muita música, tinha muita oferta, tinha muita gente, era aquela coisa espetacular, e achavam que, pelo fato de eles estarem fazendo esses cultos a Deus, Deus não ia ver os outros pecados deles. E o Amós, do capítulo 1 ao capítulo 6, alerta que Deus não pode ser enganado pela gente.
Não é o fato de você cultuar a Deus que vai comprar o favor de Deus, como se Deus não estivesse vendo as coisas erradas que você faz na sua vida, fora do ambiente do culto.
Então, no relacionamento de Amós com Deus, na conversa dele com Deus, Deus mostrou para ele:
O Senhor Deus assim me fez ver, e eis que ele formava gafanhotos no princípio do rebento da erva serôdia, e eis que era a erva serôdia depois de findas as ceifas do rei. (Am 7:1)
Ou seja, Deus estava mostrando a ele, vai vir o castigo aí. Então, o primeiro castigo que ele mostrou que poderia vir, no capítulo 7, versículo 1, Era uma praga de gafanhoto sobre Israel. E é interessante a gente ver qual é a reação de Amos no versículo 2.
E aconteceu que, tendo eles comido completamente a erva da terra, eu disse: Senhor Deus, perdoa, rogo-te; quem levantará a Jacó? Pois ele é pequeno. (Am 7:2)
E aí nos próximos versículos acontece a mesma coisa com outro tipo de castigo: Deus mostrando um incêndio um fogo, um incêndio.
Aí Amós de novo orando: Senhor Deus, perdoa o nosso povo. Aí Deus diz: tudo bem, vou perdoar, não vai acontecer.
Aqui a gente vê o seguinte: que no coração de Amós ele não estava satisfeito com aquilo ali.
No coração dele, ele amava o povo.
Porque, às vezes, você olhando o livro de Amós, ele é um livro que fala coisas muito duras, né? Coisas, assim, terríveis para o povo. Condenando ali, acusando, mostrando o pecado.
Mas o coração dele não está satisfeito. O coração dele, ele gostaria que o povo se arrependesse.
E aí a gente pode puxar para a nossa vida essa questão de qual é o nosso coração, né? Quando a gente fala do pecado dos outros.
Porque, assim, apontar o erro é muito fácil. E, às vezes, apontar o erro, a gente tem uma satisfação, a gente tem uma alegria de apontar o erro. Olha lá, todo mundo está errando.
Porque você, assim, você se entende o seguinte, se ele está pior do que eu, então eu estou bem, né? Se eu consigo mostrar que ele é um pecador, então eu sou santo. Eu sou o santo que é de Deus, né?
E, aí, Amós, não. Amós não está satisfeito de falar aquelas questões dos pecados do povo. Amós não está alegre disso aí. Apesar de ele estar denunciando o pecado do povo, ele não está feliz com isso. O coração dele está sofrendo por dentro. Tanto é que quando Deus fala que ele vai castigar, Amós intercede pelo povo. Não, Senhor Deus, por favor, perdoa o povo. Eu te rogo, perdoa o povo. E aí Deus suspende aquele castigo. Não vai acontecer. Nem o dos gafanhotos, nem o do incêndio que Deus mostrou para ele aqui em Amós 7.
A gente, daqui a alguma semana, semana que vem, na outra semana, a gente vai falar sobre o Jonas, né? Na história de Jonas, vocês lembram? Jonas tem a mesma atitude de amor, de ter misericórdia das pessoas que Deus vai castigar? Não, né? Jonas queria que o povo lá de Nínive sofresse e Deus fosse destruir a cidade, né?
Então, até quando Deus suspendeu o castigo de Nínive, Jonas reclamou com Deus. Não, nós temos que castigar esse povo aí, esse povo é mau. Aí Deus fala para Jonas: Eu não vou ter misericórdia deles? Por que eu não vou ter misericórdia? Aqui tem 120 mil pessoas, né?
Agora, essa pessoa, se ela se arrepender, e Deus perdoar ela. A gente tem que ficar feliz ou ficar com raiva? Ficar feliz, né?
Porque lá o Jonas não ficou feliz, né? Jonas queria que Deus castigasse lá a cidade.
E aí, tem outra passagem aí de alguém que não fica feliz com a conversão do outro? O que vocês lembram? Não tem uma parábola? A parábola mais famosa de Jesus, não tem isso aí também, não? Qual é a parábola mais famosa de Jesus? Filho pródigo. Aí o filho pródigo chegou e o pai fez uma festa, né? Mas o filho mais velho que não tinha saído da casa, o que que ele falou?
O senhor fez uma festa para esse seu filho que desperdiçou seu dinheiro com prostitutas, e para mim o senhor nunca fez festa nenhuma.
Mas então o pai respondeu: É justo nós nos alegrarmos. Porque ele estava morto e foi achado. E está vivo agora, né? E estava perdido e foi achado.
E tem a parábola da dracma perdida também, né?Quando ela procurou, ela se alegrou e mostrou para as amigas. E aí Jesus falou essa parábola, as três parábolas de Jesus contam junto. A parábola da dracma uma perdida, da ovelha perdida também, que o pastor tinha cem ovelhas, uma se perdeu, ele deixou 99 lá e foi buscar a perdida. E do filho também, as três parábolas estão juntas porque é a mesma situação .
Que os fariseus viram Jesus assentado com os publicanos e pecadores e ficaram escandalizados, como é que você se junta com essa gente aí? Você não é mestre, você não é o santo e tal, como é que você está juntando com essas pessoas que são pecadores? E aí Jesus fala, não, mas é por isso mesmo, eles que precisam, eles que precisam.
E aí, outra ocasião, Jesus falou, o doente que precisa do médico, você que é saudável não precisa de médico. Então, eu estou aqui justamente para essas pessoas serem curadas, para serem libertas, para conhecerem a verdade, E aí, nós estamos nos alegrando porque eles encontraram a verdade, a gente tinha que se alegrar.
E aí, a gente está vendo aqui no Amós o coração dele, que ele quer que o povo se converta, ao contrário do Jonas, que não queria que se convertessem.
E eu penso o seguinte, o que adianta você pregar a palavra de Deus se você não tiver amor pela pessoa que você está pregando? Você tem que ter esse amor aqui que Amós falou.
Quando Deus falou para Amós que o povo ia ser castigado, Amós foi lá, ficou de joelho e pediu para Deus o perdão. Não, Senhor, perdoa, tem misericórdia de nós, não nos castigue, não nos destrua por causa dos nossos pecados.
Porque se você vai falar do amor de Deus e você mesmo não ama, o que adianta? Não serve para nada, as suas atitudes vão... contradizer a sua mensagem. A nossa mensagem é uma mensagem da misericórdia, do perdão de Deus, da oportunidade de salvação que nós temos em Jesus.
E aí, eu preciso transbordar essa própria mensagem nas minhas atitudes com os outros. Tendo misericórdia das pessoas, amando as pessoas, mesmo sendo pessoas que não merecem isso aí. Pessoas más, pessoas perversas.
Porque o Evangelho é para todos. Ide por todo mundo pregar o Evangelho, a quem? Não é só aos bons não, né? Pregar o Evangelho é só para os bonzinhos, só para quem já é santo, para quem já é servo de Deus, não. O Evangelho é para todo mundo, então, inclusive para as pessoas, muito más, para as pessoas perversas, para as pessoas difíceis, para as pessoas que vão nos tratar mal, que vão nos receber mal. Eu tenho que... o meu coração tem que acompanhar essa mensagem, né?
Mas aí depende, porque na verdade não é a pessoa com você, é a pessoa com Deus. As vezes a pessoa tem raiva de Deus, aí você vem com uma conversa sobre Deus, sobre Jesus, sobre a Bíblia, e a pessoa rejeita, mas porque ela precisa ali se resolver com Deus, ela tem algo guardado ali.
Às vezes uma coisa aconteceu na vida dela, no passado. Ficou com raiva de Deus, que não era pra ter acontecido. Ela pediu pra Deus e não atendeu. E aí ela vai ficando com raiva de Deus.
Mas a nossa parte é pregar, né? Se a pessoa vai aceitar ou não é entre ela e Deus. Tem que fazer a nossa parte.
E pregar com esse amor aqui, né? Que a gente quando está pregando, a gente tem que falar dos pecados dos outros, mas não é falar com aquele dedo apontando, do fariseu lá apontando o dedo com satisfação para dizer que a pessoa está errada, com satisfação de dizer que a pessoa está perdida.
Não, a gente fala com misericórdia, fala com amor, a gente fala, na verdade, com tristeza. Inclusive quando Jesus chegou para Jerusalém, no último momento que Jesus está na caminhada dele, que ele vai para Jerusalém e sabe que vai morrer ali. Ele chega na cidade e quando ele vê a cidade de longe ele chora, né? Chora pela cidade, porque a cidade não se arrependeu. Ele já foi lá várias vezes, pregou várias vezes e o povo não reconheceu ele, não reconheceu a mensagem dele.
Agora aqui, Amós, nesse momento aqui, que aparece no capítulo 7, os primeiros versículos do capítulo 7 de Amós, além de mostrar o coração dele, na coração de misericórdia para com o povo, também mostra que ele tem uma intimidade com Deus.
Como é que você vai falar a palavra de Deus se você não tiver essa intimidade com Deus antes? Amós tem aquele momento que está entre ele e Deus, ele conversando com Deus. E é nesse momento que ele sai para falar a palavra.
E, na sequência do capítulo 7, vai ter o episódio com o profeta Amazias, sacerdote Amazias, do povo de Israel, um sacerdote que foi consagrado pelo próprio rei, um sacerdote fora da linhagem de sacerdote que Deus tinha mandado.
E o sacerdote vai querer expulsar Amós. Vai dizer para ele parar de pregar, que não tem direito de pregar aqui. Ele está falando contra o reino, está dizendo que a gente vai ser destruído, que a gente vai para o cativeiro. Você está causando confusão aqui, vai embora.
Ele é um profeta da corte, profeta do reino. É um profeta que fala o que as pessoas querem ouvir.
Porque as pessoas querem ouvir o que? Que vai dar tudo certo, que Deus está com a gente, que Deus vai abençoar a gente, que você vai ter vitória e tal. E independente da pessoa estar vivendo em pecado ou não, ele falava o que as pessoas queriam ouvir. Esse profeta Amazias que quis expulsar o profeta Amós.
E a gente, quando a gente falou do capítulo 1 a 3 de Amós, a gente comentou um pouquinho sobre isso. Mas eu queria comentar o seguinte, que o sinal justamente do falso profeta é que ele não consulta a Deus.
Esse falso profeta Amazias, que expulsou Amós, ele não era um homem que tinha intimidade com Deus. Porque a agenda dele, a mensagem dele já está pronta. A mensagem dele é o que as pessoas querem ouvir. Não é o que vem de Deus para as pessoas. É o que as pessoas querem ouvir.
E aí, inclusive, a gente vê na história de Jeremias, na história de Ezequiel, que eles também enfrentaram esse problema. De que quando eles estão falando a mensagem, que vai vir o juízo de Deus, vai vir o cativeiro, vai vir a Babilônia, com uma mensagem que ele recebeu de Deus. Assim que ele acabava de falar, levantava um cara ali, não, Deus é com a gente, não vai vir cativeiro nenhum, não vai vir guerra nenhuma, falando o que as pessoas queriam ouvir.
Os falsos profetas que falavam só a mensagem que era conveniente, a mensagem que ia agradar as pessoas.
Mas, se a gente for ser fiel a Deus, muitas vezes a gente vai ter que falar uma mensagem que desagrada as pessoas, que nem Amós. Desagradou tanto que expulsaram ele, né?
E aí, o que que a gente lê lá em Jeremias 23, sobre essa questão aí do Amós, primeiro ele tem a sua intimidade com Deus, ele está conversando com Deus, está orando, está intercedendo pelo povo, e aí que ele vai falar a palavra dele, quando ele receber a palavra da parte de Deus.
Que essa é a diferença entre o verdadeiro profeta e o falso profeta. Quando a Bíblia fala assim, que alguém é um homem de Deus. Essa expressão: "homem de Deus", não quer dizer somente que ele é consagrado a Deus, ou que ele pertence a Deus.
É o homem que veio da parte de Deus. É o homem que está vivendo na presença de Deus, e lá na presença de Deus ele recebeu uma mensagem, ele vem para o povo com a mensagem que ele recebeu de Deus.
Exatamente, uma pessoa que tinha intimidade, tinha um momento de oração com Deus, e aí recebia ali de Deus a mensagem.
E Jeremias 23, 21 e 22 ele fala isso esses falsos profetas que só falam coisas boas eles são pessoas que não tem intimidade com Deus por isso que eles não tem discernimento.
Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei, contudo eles profetizaram. Mas, se estivessem estado no meu conselho, então teriam feito o meu povo ouvir as minhas palavras, e o teriam feito voltar do seu mau caminho, e da maldade das suas ações (Jr 23:21,22).
Olha só a coisa impressionante, né? Eu não mandei esses profetas, mas eles foram correndo.
Eu não mandei eles, mas eles foram falar. Mas foram falar. Sem ter recebido de mim a mensagem.
Tipo assim, você está num contexto em que é status, né? É uma glória sua, é uma vaidade sua, É uma posição elevada você ser um profeta. Então, você quer ser profeta. Você quer estar na posição lá, quer receber, quer falar a palavra para o povo.
Então, sem Deus ter te mandado, você ia lá e falava. Porque eles estavam afim só da glória, né? Daquele povo ali em volta deles, bajulando, oh, homem de Deus, está falando e tal.
Então, num contexto em que é glória você ser um ministro da palavra, tem pessoas que querem ser ministro da palavra só para receber essa glória.
Às vezes, em um contexto em que você ganha um grande salário, você é o ministro da palavra, você vai ter uma posição de luxo, você vai ter uma posição ali perto do rei, o rei vai te colocar lá na corte, com os privilégios, com a vida lá do palácio.
Então, te interessa ser profeta, profeta do rei, que vai falar só o que o rei quer ouvir. Aí o Jeremias fala, Deus não mandou eles, mas eles foram correndo. Ou seja, eles querem falar sem ter recebido a mensagem.
E aí ele fala, se eles tivessem estado no meu conselho, então teriam feito ouvir o meu povo as minhas palavras e teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações.
Ou seja, tem que estar no conselho de Deus. Ele tem que primeiro ter uma intimidade com Deus para receber uma palavra de Deus.
Não é só falar frases de efeito, frases de auto-ajuda, frase para as pessoas ficarem animadas, frase para as pessoas saírem da sua tristeza, da sua dificuldade, a pessoa ter esperança, aí você fala um monte de frase pronta e tal, vai falando aquelas frases de efeito, e as pessoas vão lá te agradecendo, as pessoas te aplaudindo, e fica nisso aí.
Mas a palavra de Deus verdadeira não vai, porque ele não buscou de Deus essa palavra verdadeira, não buscou de si mesmo essa palavra.
Lá no Atos 6, Lembra de uma passagem que está tendo um problema com a distribuição das cestas para as viúvas? E aí o povo fala, não, está sendo desigual a distribuição. Aí o apóstolo fala assim, o Pedro, vamos fazer o seguinte, vamos eleger sete pessoas, sete homens aqui para organizar isso aí, para ficar justa a divisão aí da ajuda para as viúvas. E daí surgiram os diáconos, certo? Mas aí Pedro fala um negócio importante.
Nós não podemos cuidar dessa questão porque senão a gente vai abandonar a Palavra de Deus. Tem o Ministério da Palavra. E aí ele fala, nós vamos nos dedicar à oração e ao Ministério da Palavra.
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. (At 6:4).
É importante isso aí do que Pedro falou em Atos 6. Vamos nos dedicar à oração e ao Ministério da Palavra. Porque para ter o Ministério da Palavra, primeiro eu tenho que ter uma dedicação à oração. Que é só na oração que eu vou receber a palavra.
Eu não posso ministrar aos outros se eu não tenho essa intimidade com Deus, pra Deus estar me direcionando, pra Deus estar colocando na minha mente a mensagem que Ele quer que eu passe.
Se não, fica só palavras ao vento, ficam só as palavras de efeito, frases de efeito que a gente vê infelizmente por aí.
É sempre as mesmas frases, Sempre a mesma mensagem, sempre o mesmo negócio de triunfalismo, de Deus vai te dar vitória e tal, Deus é contigo e tal.
Mesma coisa, não edifica as pessoas em nada, porque a pessoa já ouviu a mesma mensagem, é só um estímulo, é só uma frase de efeito para a pessoa não ficar deprimida com os problemas da vida.
Mas isso é muito pouco, para ser a orientação de Deus, isso é muito pouco, ficar só repetindo frase de efeito, como a gente tem hoje.
E como tinha naquela época, as pessoas só falavam o que as pessoas queriam ouvir, Deus é conosco, Deus vai dar vitória, sei lá o que, mas a instrução mesmo da Palavra de Deus não vem, não edifica as pessoas, não dá o detalhamento e a profundidade que Deus realmente quer que se dê na mensagem da Palavra dEle.
Aí, nesse momento aí, olha só. Enquanto o Jeremias está falando que tem que se arrepender dessa idolatria, Vocês tem que parar com isso, com esse desvio da palavra de Deus e tal. Jeremias está falando que Deus vai trazer o juízo e ao mesmo tempo se levanta outra pessoa: "Não! Assim diz o Senhor, vou dar a vitória, não vai ter juízo, não vai ter Babilônia, Babilônia vai perder pra gente".
Entendeu? O falso profeta, toda hora que Jeremias falava, se levantava um falso profeta dizendo o contrário do que ele estava falando. E o povo lá está no meio dos dois, né?
Aí Jeremias falou assim: o que se cumprir, então, vai ser a verdade. Vamos ver, então. Você não acredita em mim, né? Então, aquilo que acontecer, vocês vão ver.
Se eu estou falando da parte de Deus ou se é o outro que está dizendo que vocês vão vencer. Então, espera o que vai acontecer aí. Vamos ver.
Porque se Deus falou, tem que conseguir cumprir. Você não pode falar a coisa de Deus e ficar por isso mesmo e não acontecer como você disse. Se é que veio de Deus, se veio de Deus, tem que se cumprir.
Lembra que o Amós falou lá, no final do capítulo 7, o profeta Amazias expulsou ele e falou, não pode falar aqui, você não tem esse direito, volta lá para sua terra. E aí, qual é a consequência? Deus enviou um profeta para eles e eles expulsaram o profeta que Deus enviou. Deus enviou Amoz e o pessoal expulsou Amoz. Qual é a consequência de rejeitar a palavra de Deus?
Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor (Am 8:11).
Vem dias que eu vou enviar fome. Mas não é fome de pão, não é fome de trigo, não é sede de água. É fome de ouvir as palavras de Deus.
Então assim, Deus manda as pessoas para falar a palavra dele. Se a gente rejeitar, depois vai sentir falta. Depois vai sentir falta. Deus trouxe a orientação e a gente rejeitou. Então, depois você vai ficar lá. Se lamentando que não tem uma orientação da parte de Deus. Porque a pessoa que Deus enviou, a gente rejeitou.
Então, assim, é muito sério isso, assim, a gente ter uma palavra da parte de Deus, a gente estar sob um ministério com a palavra de Deus e a gente ficar fechando os ouvidos para isso. Porque Deus vai falar depois, você não quer, não? Não quer a minha orientação, né? Eu te orientei, você não quer ouvir. Vai ficar sem.
E aí esse povo aí, que rejeitou Amós, porque Amós só falava coisas negativas, né? Só falava de pecado, de juízo. Esse povo aí depois sentiu falta.
Quando veio o Império Assírio, levou eles lá para o estrangeiro. Uma língua que eles não entendiam, eles foram escravizados pelos Assírios. Eles estão lá e perguntando, cadê os profetas? Não tem mais profeta aqui.
O profeta que Deus enviou, eles rejeitaram. Então, eles ficam lá esperando alguma palavra de Deus.
E naquela época não é igual a gente hoje. Hoje você tem a sua Bíblia na sua casa. Se você quiser a palavra de Deus, você vai lá, abre e lê. Se ele tem no celular, você abre e lê.
Lá não. Lá é raro ter livro. Os livros eram poucos. Então, você realmente precisava da palavra do profeta. Eles mataram os profetas, perseguiram os profetas, expulsaram os profetas. E agora, cadê a palavra de Deus? Não tem.
Eles perguntando... Tem até uma passagem que fala assim, ninguém sabe até quando isso vai durar. Nós queremos saber. Senhor, quanto tempo nós vamos ficar no cativeiro? Não tem mais ninguém para responder, porque os profetas, eles perseguiram os profetas. Expulsaram os profetas.
Então assim, existe uma questão na nossa vida, que assim, Deus está falando com a gente, Deus está nos chamando, Deus está nos orientando. Eu rejeito essa orientação de Deus, que vem da parte do Espírito Santo, depois é possível Ele ficar um tempo sem falar com a gente. Um tempo assim, sem resposta.
A gente ora, ora e não tem resposta de Deus. Quando Deus estava falando e você rejeitou, o que você quer? O que você quer de Deus? Quando uma pessoa nos trata mal, a gente não fica um tempo sem falar com ela?
Existe isso também de Deus. Existe o silêncio de Deus que nós próprios provocamos porque nós não quisemos seguir a orientação que Deus nos deu. Deus deu orientação e a gente rejeitou essa orientação, não quis ouvir. Então, é possível Deus ficar em silêncio também.
Não que esse silêncio vai durar para sempre, mas existe uma disciplina de Deus conosco. De que quando a gente teve orientação de Deus, a gente não deu valor à orientação que Deus nos deu. Então é possível Deus ficar em silêncio um tempo aí. Até a gente sentir falta dEle, né? Até a gente sentir falta daquela comunhão que a gente tinha com Deus, a gente ia buscar Deus de novo. E aí, vai acontecer lá, como diz Jeremias, 29. Vocês vão me buscar de todo o coração e vão me achar. Quando me buscarem de todo o coração, vocês vão me achar.
Deus não se esconde para sempre, mas é possível Deus se esconder, já que eu fiquei rejeitando a palavra de Deus, eu fiquei dizendo "não" para Deus, eu fiquei me fazendo de surdo para o que Deus mandou eu fazer, é possível eu ficar um tempo aí sem ouvir a palavra de Deus.
Agora, isso que ela falou, dela frequentar a igreja, também não é garantia nenhuma. Porque esse povo aqui, para quem Amós fala, a gente leu no capítulo 4, no capítulo 5, no capítulo 6, que era um povo que fazia muito culto. Eles faziam muita oferta, eles tinham louvor no culto, tinha multidão no culto.
Então, assim, fazer cultos a Deus não compra a nossa intimidade com Deus. O que vale mesmo é aquilo que acontece, como Jesus falou lá, você fecha a porta do seu quarto, entre você e o seu Pai. Aquilo ali é a verdade.
A reunião aqui é fácil, é fácil você botar uma máscara na reunião do povo de Deus e você fazer de conta que você é um santo de Deus e tal. O que vale é a sua vida lá fora e a sua intimidade com Deus lá fora. Aqui é muito fácil.
Aqui está cheio de gente igual o Amazias, igual o falso profeta lá, que só tinha uma posição de status. Aqui é perfeitamente possível ter uma pessoa que só fala da boca pra fora aquilo que ela ouviu falar, mas a vida dela não tem nenhuma verdade daquilo ali. Porque falar teoria é fácil. Aqui é só teoria. Esse momento aqui não é que não seja importante. É o momento do povo de Deus reunido. Ele é um momento importante. Mas esse é o momento da teoria. O momento da prática, quando acaba o culto aqui, você vai pra sua vida lá fora, ali que é a prática, ali que é a verdade, se você praticou ou não, se você segue a Deus ou não, se você é fiel ou não, se você vai ser misericordioso ou não com as pessoas, se você vai tratar as pessoas com amor ou sem amor, lá na sua vida lá fora que é a verdade. Aqui é só a aula, a prática é lá fora. Você com as pessoas e você na sua intimidade com Deus, que ninguém vê, só você e Deus. Aí que tem o verdadeiro... A verdadeira vida cristã é nesse momento aí.
Lá em Amós 9, 7, que é aí que a gente lê isso também, capítulo 9, versículo 7, tem uma questão aí do orgulho, do orgulho espiritual. Por que que eles rejeitaram Amós? Porque são orgulhosos.
Porque você, assim, quando a pessoa mostra o seu pecado, É difícil, né? Você engolir, né? Se você é orgulhoso, você não vai aceitar a exortação, né? Por isso que eles rejeitaram Amós e expulsaram Amós. Agora, Amós está falando assim, Amós 9:7, está falando da parte de Deus, né?
Não me sois, vós, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes? diz o Senhor: Não fiz eu subir a Israel da terra do Egito, e aos filisteus de Caftor, e aos sírios de Quir? (Am 9:7).
Vocês não pensem que vocês são especiais, não. Vocês são filhos de Abraão, são filhos de Jacó. Eu escolhi Abraão, eu escolhi Jacó, é verdade. Eu escolhi para uma missão... que Deus deu para aquele povo. Mas não quer dizer que eles são melhores que os outros.
Assim, vocês pensam melhores que os outros, né? Aí, Deus fala, não, vocês não são, para mim, iguais aos etíopes? E eu tirei vocês do Egito, sim, mas eu também tirei os filisteus de Caftor e também tirei os sírios de Quir.
Quer dizer, Deus não é propriedade do povo de Deus. Israel é povo de Deus, mas Deus não pertence a eles.
Deus é que é o dono de Israel e é o dono de todos os povos.
Vocês são iguais os etíopes para mim.
Vocês são iguais os filisteus para mim.
Vocês são iguais os sírios.
Eu abençoei vocês, também posso abençoar eles. Eu salvei vocês, também posso salvar eles. O que vocês valem, eles também valem. Como ser humano.
Que é uma outra coisa que o Jonas também não tinha entendido. Deus falava para o Jonas, não, esse povo aqui vale para mim, então não sou só de você. Eu ter misericórdia de você, também vou ter misericórdia deles.
E aí o Jonas é aquele cara que não chegou nesse pensamento, ele está totalmente fechado ali no seu exclusivismo, que Deus é meu, Deus só abençoa a mim.
Olha só, Deus, Ele é Deus do mundo todo.
Às vezes a gente até como evangélico a gente pensa isso, que Deus é só nosso. Deus só pertence a nós, Deus só abençoa a gente, Deus só ama a gente. Não é verdade.
Essa palavra aqui de Amós 9:7: os outros povos, para mim, valem tanto quanto vocês. E esses povos que Deus disse que valem tanto quanto Israel, também eram povos idólatras, também serviam outros deuses, também tinham uma vida errada.
Porque não é a sua obediência que te dá o seu valor diante de Deus. A sua obediência é consequência de Deus te salvar. Deus te salva, Deus te mostra o seu caminho, aí você obedece.
Deus não te ama porque você obedece a Ele. Não, você obedece a Ele porque Ele te ama primeiro.
Deus salva as pessoas sem mérito. Deus salva as pessoas que são pecadores.
Isso que às vezes o pessoal não entendia, os fariseus, Por isso que eles criticavam Jesus indo atrás dos publicanos, dos pecadores. Jesus se reunindo com os prostitutas. Como é que você está com esse povo aí? Não, porque eles que precisam ser salvos.
Lá, em Tiago 3, ele fala assim, com a boca nós abençoamos a Deus e amaldiçoamos os homens feitos à imagem de Deus.
Porque a dignidade do ser humano está na criação dele. Deus criou o ser humano na sua imagem.
Então, seja quem for o ser humano, ele tem uma dignidade para Deus, porque a imagem de Deus está nele.
Ele é precioso para Deus, ele é valioso para Deus.
E aí Amós tem que falar isso para eles.
Vocês valem para mim tanto quanto os etíopes. Vocês valem para mim tanto quanto os filisteus, tanto quanto os sírios.
Vocês não são melhores que os outros. Quem te faz, se você é melhor, se você melhorar, quem te faz melhorar é a graça de Deus em você. É porque Deus te melhora, Deus te capacita.
Mas não é porque você tem um valor maior que o outro ser humano que ainda não foi salvo.
Diante de Deus, todo mundo está perdido. Todo mundo é pecador. Ninguém merece nada. Diante de Deus, todo mundo merece a condenação.
E pela graça que Deus salva. Que Deus envia seu filho para morrer por nós. E lá em 1 João 2 fala assim:
E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (1Jo 2:2).
Do mundo inteiro, da humanidade inteira, todos os pecados, de toda a humanidade, Jesus morreu na cruz ali.
Então, assim, Deus ama todo ser humano e Jesus morreu por todo ser humano.
Não existe isso de preferido de Deus.
Nós não somos preferidos de Deus.
Nós somos, assim, salvos por Deus, santificados por Deus, melhorados por Deus. O valor que a gente tem é uma coisa que Deus colocou em nós depois que Ele nos salvou. Certo? Essa coisa... O que houver de bom em nós é a graça de Deus em nós.
Não é porque nós valíamos antes. Porque valor é igual. Todo ser humano vale igual a qualquer outro ser humano.
E aí é necessário vir essa palavra aqui de Amós para aquele povo e para nós, para a gente não ficar se achando melhor que os outros.
A gente não é melhor do que quem está do lado de fora. Quem te faz diferente é a graça de Deus que você recebeu em Jesus Cristo. Mas como ser humano você vale igual a qualquer outra pessoa.
A pessoa pode ser ateu, pode ser satanista, pode ser umbandista, pode ser candomblecista, pode ser espírita, pode ser judeu, pode ser muçulmano, pode ser budista, pode ser qualquer religião, sem religião, ele pode odiar a Deus, odiar a Bíblia, mas o valor dele como ser humano é o mesmo.
E Deus quer salvar ele.
A gente não pode esquecer disso e ficar achando que a gente é melhor do que os outros, no nosso privilégio de conhecer a Palavra de Deus.
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Catecismo Batista Ampliado. LOPES, M. (Org.).Versão 46 (29/07/2025), em edição.
TEXTO COMPLETO - https://bit.ly/CATECISMO-BATISTA-AMPLIADO
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Eclesiologia: Doutrina Bíblica da Igreja. LOPES, M. Versão 43 (18/04/2025).
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ÍNDICE COMPLETO DO CANAL E DO BLOG - https://bit.ly/INDICE-OIKO
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Um Guia Seguro para o Céu. ALLEINE, Joseph - https://bit.ly/GUIA-ALLEINE
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Pérolas para a vida. BLANCHARD, John. - https://bit.ly/PÉROLAS
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Santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor. RYLE, J. C. - https://bit.ly/SANTIDADE
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