29/04/2022

Ação Social - Eclesiologia Batista 13

 

ação-social


Anthony Benezet educando filhos de escravos em sua casa.


Lição 13 - Ação Social - VÍDEO

REVISTA COMPLETA

Tema: Fazendo a diferença

Divisa: Vós sois o sal da terra (...) Vós sois a luz do mundo (Mt 5:13,14).

Anthony Benezet foi um francês, membro da igreja quaker, que imigrou para a colônia da Pensilvânia, na América do Norte, em 1731. 
Adotando o ofício de professor de crianças e jovens, insistia em sua comunidade que os africanos ali escravizados naquele tempo deveriam receber a mesma educação que os imigrantes europeus. Baseado nos princípios bíblicos afirmou que é dever do professor estudar as disposições e o caráter dos alunos, para por meio da sua assistência, desenvolver ao máximo os talentos de cada pessoa, o que certamente deveria incluir os escravizados, como um direito a que eles faziam jus como seres humanos. 
Escrevendo cartas às autoridades e câmaras, exortava pelo fim dos ataques aos indígenas, por emprego para os refugiados, e por um acordo pacífico entre as colônias e a Inglaterra que evitasse a Guerra da Independência.
A causa porém que mais marcou sua vida foi a reprovação enfática à própria existência da escravidão. Benezet por toda a sua vida exortou sua sociedade, por todos os meios disponíveis, a que acabasse com a prática da escravidão, principalmente por tratados que publicava nos jornais e panfletos que distribuía em incontáveis cópias, como o que citaremos abaixo. Mesmo não vivendo para ver a abolição dela, seu trabalho lançou a semente e motivou outros abolicionistas que anos depois tiveram, enfim, êxito. 1


Deus é o mesmo hoje, como ele foi ontem e continuará sendo o mesmo para sempre. Ele não rejeita a oração do pobre e do necessitado, nem desconsidera o clamor do menor dos negros. O sangue deles derramado por muitos anos nas vossas províncias vai ascender aos Céus contra vocês. (...) Ainda acreditamos nas verdades declaradas no Evangelho? Estamos convencidos que tanto as ameaças como as promessas nele contidas terão seu cumprimento? Se sim, não deveríamos tremer ao pensar no peso de culpa que está sobre a nossa nação em geral e individualmente, enquanto nós no mínimo grau apoiarmos ou sustentarmos tal gravíssima iniquidade? (...) Qual seria maior iniquidade ou crime mais hediondo, que carregue mais pesada culpa do que essa na qual vocês deliberadamente vivem agora? Como você pode levantar seus olhos culpados ao Céu? Como você pode orar por misericórdia Àquele que te criou e esperar qualquer benção dEle que te formou, enquanto você continua grosseiramente e abertamente a desonrá-Lo, ao rebaixar e destruir a mais nobre obra das mãos divinas neste mundo? Ele é o Pai dos homens, e você pensa que Ele não irá se ressentir desse modo como você trata a geração que Ele amou tanto, que deu Seu único Filho para que aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna? Esse amor de Deus à humanidade, revelado no Evangelho, é um grande agravamento da vossa culpa, pois se Deus tanto assim nos amou, nós devemos também amarmos uns aos outros. Lembrai-vos do fim dado ao servo que tomou seu companheiro que lhe devia, lhe pegando pela garganta e o lançando na prisão: pense, e trema ao pensar, que será também o vosso destino, vós que tomais seus companheiros pela garganta, sendo que eles não lhes devem nem um centavo, e os fazeis prisioneiros pelo resto da vida. Permiti-vos refletirem imparcialmente e considerar a natureza desse comércio de homens, que vós fazeis. Vosso coração necessita ser quebrantado, se é que já não perdestes todo o senso de humanidade, piedade e compaixão para com os seres de vossa própria espécie, para entenderdes quantas calamidades, massacres e destruições têm havido sobre eles, das quais vocês foram autores, por causa de um lucro imundo. Que Deus vos conceda a sensibilidade sobre vossa culpa e o arrependimento a tempo2.



Assim, os métodos e posicionamentos públicos de Bezenet exemplificam uma coerente atuação cristã na Ação Social, a qual será o objeto do nosso estudo.



13.1 - O QUE É AÇÃO SOCIAL?


O criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde a obra criada; Criado para a glorificação de Deus, seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir Sua divina vontade.

O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade em que vive. Entretanto, o maior benefício que pode prestar é anunciar a mensagem do Evangelho; o bem-estar social e o estabelecimento da justiça entre os homens dependem basicamente da regeneração de cada pessoa e da prática dos princípios do Evangelho na vida individual e coletiva; Todavia, como cristãos, devemos estender a mão (...) a todos aqueles que forem vítimas de quaisquer injustiças e opressões; Isso faremos no espírito de amor, jamais apelando para quaisquer meios de violência ou discordantes das normas de vida expostas no Novo Testamento;

A Igreja e o cristão, individualmente, têm a obrigação de opor-se ao mal e trabalhar para a eliminação de tudo que corrompa e degrade a vida humana. A Igreja deve tomar posição definida em relação à justiça e trabalhar fervorosamente pelo respeito mútuo, a fraternidade, a retidão, a paz, em todas as relações entre os homens, raças e nações. Ela trabalha confiante no cumprimento final do propósito divino no mundo.


(Declaração Doutrinária da CBB, Arts 3; 16; Princípios Batistas, Art. 2.1; 4.6). 3



13.2 - QUAIS AS BASES BÍBLICAS DESSES CONCEITOS?


13.2.1 - Mesmo caído pelo pecado, todo ser humano ainda carrega resquícios da imagem de Deus, e disso decorrem seus direitos à dignidade e liberdade (Tg 3:9; Gn 9:6). Reconhecendo isto, a igreja de Cristo, envolvida que está na obra de Deus de, pela salvação que há em Cristo, restaurar a Criação a seu propósito original (At 3:21; Rm 8:19-23), e sabendo que Deus designou o ser humano como Seu representante no mundo em glória e honra (Sl 8:5), a igreja se posiciona contra tudo que encontra no mundo que destrói esse propósito, e afunda o ser humano em corrupções e desonras ofensivas ao Criador. Mesmo sabendo que uma transformação essencial depende da regeneração e santificação dos indivíduos, a igreja pode pela sua promoção dos valores divinos contribuir para uma maior propagação da justiça no mundo e minoramento dos males terrenos, para todos os seres humanos.


13.2.2 - A igreja não atua diretamente em todas as esferas, mas tem o dever de proclamar a Palavra de Deus sobre todas as esferas.  A vida humana tem várias esferas diferentes, e cada uma delas tem uma orientação da parte de Deus de como deve ser vivida. Uma é a orientação de Deus sobre a ciência, outra é a sobre a arte, e ainda outras sobre a educação, economia, justiça, política, família, trabalho, lazer, etc. Buscar na Escritura o que Deus deixou como orientação básica sobre cada uma dessas áreas e proclamar essa orientação ao mundo, faz parte da missão da igreja de ensinar todas as nações sobre tudo que Jesus ordenou (Mt 28:19-20) anunciando todo o conselho de Deus (At 20:27). Este ensino dos princípios bíblicos em todas as esferas da vida humana é a maneira indireta pela qual a igreja, enquanto instituição, atua em todas elas. Esta proclamação da Palavra de Deus ao mundo sobre todos os assuntos inevitavelmente apontará em que aspectos a sociedade em que a igreja vive está fora do propósito de Deus e portanto requerem transformação na sociedade. Outro aspecto da atuação social indireta da igreja é que à medida em que, pela pregação do Evangelho, os membros da sociedade vão sendo convertidos a Cristo e instruídos pela igreja nos valores bíblicos, eles consequentemente deverão atuar na sociedade conforme os valores bíblicos que aprendem na igreja, aplicando-os às suas vocações no mundo, isto é, suas posições na família, trabalho, comunidade e sociedade, nas diferentes esferas, nas quais ele, indivíduo cristão, aí sim, atua diretamente, de forma independente da organização da igreja, como sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13-16).


13.2.3 - A Ação Social não pretende estabelecer utopias nem paraísos terrestres, cujas perfeições só esperamos para o mundo futuro (2Pe 3:13), mas entende ser sim possível construir, sob a bênção de Deus, uma sociedade com dignidade mínima para todos e sem iniquidades grosseiras (Sl 72:12-14). À medida que tal sociedade se empenha em honrar a vontade de Deus para ela, ela entraria num ciclo de bênção, em que a própria justiça dos valores divinos, quando posta em execução, beneficiaria a todos, por ocasião da restrição da iniquidade e abrandamento dos males sociais: porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda (Is 58:6-8).


13.2.4 - Para essas transformações sociais desejadas porém, a igreja não deve usar nem apoiar métodos pecaminosos, violentos ou ilegais. O único instrumento da igreja sempre foi e sempre será a proclamação verbal da sua mensagem baseada nas Escrituras interpretadas à luz da pessoa e obra de Jesus Cristo. Mesmo o indivíduo cristão, quando atuar diretamente na transformação social, suas reivindicações devem seguir os trâmites legais de sua sociedade por meio de representações legítimas, conforme a ordenação humana (1Pe 2:13) sem se intrometer em negócios alheios (1Pe 4:15). Os verdadeiros cristãos, sendo pacificadores e mansos (Mt 5:5,9) servos do Príncipe da Paz (Is 9:5) não apoiam nem concordam com a violência que acompanha as revoluções e tomadas de poder à força: não seguirás a multidão para fazeres o mal (Ex 23:2); não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará a sua destruição (Pv 24:21,22). Quando os métodos de estabelecimento de uma causa justa forem injustos, o cristão não poderá compactuar com eles: não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? (2Co 6:14). Para o cristão não basta a causa ser justa, o método de estabelecimento dela também deve ser justo. Os fins não justificam os meios.


13.3 - QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DESSES CONCEITOS?


13.3.1 - A ação social consiste em atuar para transformação social.  Enquanto que na assistência social [também chamada “beneficência”] o cristão fornece ajuda direta contra males básicos que afligem os indivíduos [Ver Lição 12], a ação social é uma atuação sobre as causas de tais males, nas estruturas injustas e iníquas da sociedade e da cultura. Como ilustração, podemos comparar que, na época em que a escravidão era legalizada em nossa sociedade, os cristãos que atuassem minorando o sofrimento de escravos específicos, ou até comprando a liberdade de alguns deles, estariam efetuando assistência social (beneficência), mas os cristãos que atuassem para uma mudança na legislação da sociedade para que se proibisse definitivamente a escravidão, estariam efetuando ação social.



ASSISTÊNCIA SOCIAL (BENEFICÊNCIA)

AÇÃO SOCIAL

Auxílio direto e temporário a indivíduos e famílias para minorar seus males, pelo fornecimento de comida, roupa, remédios e assistências diversas.

Atuação nos erros culturais e sociais que geram os males que afetam indivíduos e famílias, visando transformações permanentes na civilização humana.



13.3.2 - Para apontar em quais realidades da sua cultura deve ser feita a Ação Social, a igreja deve avaliar biblicamente a cultura em que se encontra, o que pode ser feito classificando os aspectos culturais em neutros, toleráveis temporariamente, ou intoleráveis, em comparação com os valores bíblicos, da seguinte forma: que as diferenças neutras não precisam de ação social, que as toleráveis podem ser tratadas com paciência para uma mudança gradual e as intoleráveis ensejam uma ação oposta mais contundente:


13.3.2.1 - Diferenças culturais positivas, neutras e não-pecaminosas. Lemos da multidão dos salvos que eles serão de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas (Ap 7:9) e reconhecidos nisso, mesmo na eternidade (Mt 8:11). Para todo o sempre nossa identidade cultural será preservada, no nosso caso, ainda seremos homens e mulheres brasileiros que falaram português e viveram nos séculos XX e XXI. Ap 7:9 está dizendo que há uma certa diferenciação cultural que não será abolida na vida futura e ainda será reconhecível, naquilo em que essas diferenças não impliquem em nenhuma inconformidade à justiça divina, constituindo, pelo contrário, em diversidade enriquecedora, as quais, portanto, assim discernidas, não precisam ser objeto de tentativa de transformação da parte da igreja de Cristo em seu tempo na terra. Como exemplos podemos citar diferenças não-pecaminosas no tocante a roupa, comida, arte, lazer, organização social e seus ritos, regime político e econômico, festas típicas e coisas semelhantes. A igreja de Cristo se deleita em ganhar pessoas diferentes para Seu Senhor, ao salvar todo o tipo de gente que há na face da terra. Ela não deseja homogeneidade dos povos naquilo cuja diversidade não constitua essencialmente pecado, mas pelo contrário, entende que a maior diversidade cultural dos salvos redundará em maior glória pelo único Senhor de todos ser o mesmo Jesus (Gl 3:28; Cl 3:11).


13.3.2.2 - Erros culturais toleráveis temporariamente. Seriam aqueles que, ainda que claramente errados à luz do Novo Testamento, não poderiam ser interrompidos imediatamente por causa de consequências piores que sua abrupta descontinuidade causaria. Um exemplo disso seriam povos em que o Evangelho encontra com o costume da poligamia legalizada, e nos quais, caso o polígamo se separasse de uma das esposas e filhos, naquele contexto ele os desampararia. Nesses casos talvez fosse melhor esperar a próxima geração de cristãos para eliminar totalmente tal prática, ensinando os novos convertidos no valor da monogamia absoluta para os futuros novos casamentos (1Co 7:2).


13.3.2.3 - Erros culturais intoleráveis. Os quais por serem de gravidade maior, não podem obter da igreja de Cristo nada a não ser radical e intransigente oposição. Como exemplo podemos citar que o missionário William Carey [cuja história vimos na Lição 11] encontrou na Índia o costume de se sacrificar as viúvas quando seus maridos morriam. Tal inversão da hierarquia dos valores divinos era extrema demais para ser tolerada (Gn 9:6) então ele iniciou um movimento político para banir tal prática da sociedade hindu, o qual, pela graça de Deus, obteve êxito.


13.3.3 - Uma das maneiras da igreja efetuar sua Ação Social é emitir declarações públicas e mensagens contra as diversas injustiças presentes na sua sociedade e no mundo. Embora a “Regra de Ouro” de Cristo, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós (Mt 7:12), nos forneça um discernimento automático sobre a justiça ou injustiça de todas as interações humanas, a especificação de tal discernimento também pode e deve ser reforçada por aplicações de outros princípios bíblicos mais detalhados. Como exemplo de realidades atuais que segundo a Biblia seriam classificadas como injustiças e iniquidades, no contexto em que é escrito este estudo, e sobre as quais a igreja pode se posicionar publicamente contra, podemos citar:


13.3.3.1  - Desenvolvimento desequilibrado ou estagnado. Deus pôs o homem no jardim para o lavrar e o guardar (Gn 2:15) não somente lavrar (explorar), nem somente guardar (preservar), mas as duas coisas ao mesmo tempo, sem destruir a natureza pela exploração exacerbada, nem estagnar o desenvolvimento da civilização por deixá-la intocada (cf. Pv 27:18; Hc 2:17; Js 17:14-18; Sl 8:4-8; Gn 1:28; Dt 8:7-10).


13.3.3.2 - Insegurança do direito básicos à vida, propriedade e justiça. por ocorrência de assassinatos, homicídios, abortos, latrocínios, roubos, furtos, apropriações injustas, invasões, expulsões, bem como injustiça e impunidade para os crimes. Abre a tua boca (...) pela causa de todos que são designados à destruição (Pv 31:8); se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, (...) não o saberá Aquele que atenta para a tua alma? (Pv 24:11,12); Não haja assaltos nas nossas ruas (Sl 144:14);  não mudes o limite do teu próximo (Dt 19:14); As potestades que há foram ordenadas por Deus (...) para castigar o que faz o mal (Rm 13:1,4 cf. Ec 8:11); não respeitarás o pobre, nem honrarás o poderoso; com justiça julgarás o teu próximo (Lv 19:15);


13.3.3.3 - Governos tirânicos. Tais como regimes totalitaristas ou que usam a força para subjugação opressiva do povo. Falta de liberdades básicas ao desenvolvimento da pessoa humana. Restrições e perseguições contra as liberdades de pensamento, expressão, associação, política, ideologia, educação e semelhantes. Impostos excessivos. Mas os primeiros governadores, que foram antes de mim, oprimiram o povo, e tomaram-lhe pão e vinho e, além disso, quarenta siclos de prata, como também os seus servos dominavam sobre o povo; porém eu assim não fiz, por causa do temor de Deus (Ne 5:15; cf. Pv 28:15; Ec 8:9; Is 10:1); abre a tua boca a favor do mudo, (Pv 31:8); E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta (Ap 13:11,12).


13.3.3.4  - Guerras e conflitos armados. Conflito entre países, invasão de um país em outro, revoluções violentas dentro de um país, intervenções militares. Anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos); Ele anunciará paz aos gentios; procurai a paz da cidade; tende paz com todos os homens (At 10:36; Zc 9:10; Jr 29:7; Rm 12:8).


13.3.3.5 - Embaraços ao trabalho missionário. Falta de liberdade religiosa, favorecimento ou perseguição do governo a uma determinada religião [Ver Lições 1 e 2]. Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. (...) Mais importa obedecer a Deus do que aos homens (At 4:20, 5:29).


13.3.3.6  - Racismo, intolerância e segregação de etnias, povos e imigrantes. Falta de liberdade de locomoção, migração e mudança de pátria. Se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado (Tg 2:9; cf. At 17:26; Am 9:7; Is 19:21-25; 56:3-7); Amareis o estrangeiro (Dt 10:19); quando o estrangeiro peregrinar convosco na vossa terra, não o oprimireis. Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-ás como a ti mesmo (Lv 19:33,34).


 13.3.3.7  - Exploração injusta dos trabalhadores. Diminuição do poder aquisitivo ou atraso do pagamento de salários. O salário dos trabalhadores que por vós foi diminuído, clama; e os clamores entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos (Tg 5:4); a paga do diarista não ficará contigo até pela manhã (Lv 19:13; cf. Dt 24:14-15).


13.3.3.8  - Ausência de assistência básica. que garanta dignidade mínima a todos os seres humanos em termos de alimentação, vestuário, saúde, moradia e renda. São graves os vossos pecados (...) rejeitais os necessitados na porta (Am 5:12); sei que o Senhor sustentará a causa do oprimido, e o direito do necessitado (Sl 140:12; cf. Dt 23:24; Pv 14:31; Lv 19:9-10; Dt 15:7,8); Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados (Pv 31:9; cf Ex 23:11); Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas (Is 1:17).


13.3.3.9  - Materialismo, avareza e desigualdade extrema. Também manifestados por cobrança de juros, dívidas perpétuas, falta de equidade na distribuição da terra etc . Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mt 6:24) Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra! (Is 5:8; cf. Lv 25:23-24); Haja igualdade (2Co 8:14); Aos muitos aumentarás a sua herança, e aos poucos diminuirás a sua herança (Nm 26:54); Emprestar com usura, e receber demais, (...) todas estas abominações ele fez (Ez 18:13; cf. Dt 23:19;  Lv 25:36-37; Ex 22:25-27); Ao fim dos sete anos farás remissão. Este, pois, é o modo da remissão: todo o credor remitirá o que emprestou ao seu próximo; não o exigirá do seu próximo (Dt 15:1,2).



13.4 - QUE OUTRAS QUESTÕES PODEM SER LEVANTADAS PARA APROFUNDAMENTO DESTE TEMA?


13.4.1 -  O pecado é a vergonha das nações (Pv 14:34). Analise a conjuntura da sua sociedade e aponte outros itens além dos citados acima em que ela tem práticas e crenças contrárias à Palavra de Deus e que portanto devem ser reprovadas pela igreja em seu testemunho público.


13.4.2 - Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler quem passa correndo (Hc 2:2). De que maneira os posicionamentos espirituais, morais e sociais da igreja podem ser feitos mais conhecidos do mundo em que ela vive? Que novas oportunidades e meios de comunicação estão sendo colocados diante de nós para dialogarmos com o pensamento do mundo, e que critérios devem ser observados para que tal interação seja salutar para o Reino de Deus?

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FIGURA:

Página 86 - https://en.wikipedia.org/wiki/File:Benezet.jpg


REFERÊNCIAS:

1 - BEZENET, A. Caution and warning to Great Britain and her colonies on the calamitous state of the enslaved negroes in the british dominions em Views of american slavery taken a century ago, Anthony Bezenet and John Wesley. Association Of Friends For The Diffusion Of Religious And Useful Knowledge. Filadélfia, 1858. pp. 34, 48-50 . Tradução livre do autor.

2 - Ob. cit. pp. 12, 16, 21,

3 - <http://www.convencaobatista.com.br/siteNovo/pagina.php?MEN_ID=21> e <http://www.convencaobatista.com.br/siteNovo/pagina.php?MEN_ID=22>  (14/08/2021).






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