18/04/2022

Introdução a 1, 2 e 3 João e 1Jo 1:1 - Estudo Bíblico 1

 



introducao as cartas joaninas


Introdução a 1João, 2João e 3João.

AUTOR: João, um dos doze (Mt 10:2-4), um dos três mais próximos a Jesus (Mt 17:1), provavelmente o mais próximo, pois recostou no Seu peito e foi chamado de discipulo amado (Jo 13:23-26), tendo cuidado de Sua mãe Maria após o fim do ministério do Senhor (Jo 19:26-27). autor também do Evangelho de João e do Apocalipse. Era pescador de peixes e Jesus o chamou para ser pescador de homens (Mt 4:18-22). Teve seu temperamento transformado por Jesus: de raivoso (Mc 3:17) e vingativo (Lc 9:54-56) para amoroso (2Jo 1:1) e paciente (Ap 1:9). As narrativas posteriores o retratam como mais introspectivo e reflexivo que seu amigo Pedro (Jo 20:1-8). De fato, o fruto duradouro do seu ministério através dos seus escritos inspirados de Deus, algumas das mais profundas reflexões teológicas do Novo Testamento.


VÍDEO


TEMA: As três cartas de João parecem ter sido escritas no mesmo contexto. Seus destinatários provavelmente foram as igrejas da Ásia Menor, talvez as mesmas sete igrejas que são destinatárias da revelação de Apocalipse, em especial a igreja de Éfeso, à qual a tradição tem endereçado o ministério do final da vida do apóstolo João. Tem-se sugerido que a carta de 1João acompanhava o Evangelho de João, por parecer uma pregação que aplica ao ouvinte o testemunho já dado no Evangelho. Sendo assim um dos seus propósitos é confirmar a fé e conversão dos discípulos: 


Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (João 20:31).  E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus. (1 João 5:11-13).




Esse propósito é alcançado pela citação de sinais de salvação, para que o ouvinte avalie a realidade da sua própria experiência (não vive pecando, 1Jo 3:9; 5:18; crê que Jesus é o Cristo, 5:1; pratica a justiça, 2:29; amamos os irmãos, 3:14; vence o mundo, 5:4; conserva-se a si mesmo, 5:18; e outros).




O segundo propósito é se opor e informar critérios para identificação e rejeição dos falsos mestres que circulavam nas igrejas da Ásia, os quais denunciam seus erros: odeia seu irmão, 1Jo 2:9; não confessa que Jesus Cristo veio em carne, 4:3; nega que Jesus é o Cristo, 2:22; vive pecando, 3:6; não pratica a justiça, 3:10; diz que não temos pecado, 1:8; não guarda os Seus mandamentos, 2:4; e outros. Tais erros são difíceis de encaixar em somente um tipo de grupo desviado, como se fossem, por exemplo, só gnósticos ou só judaizantes, antes, com maior probabilidade, João faz um resumo de vários tipos de erros de doutrina e prática diferentes, e portanto abrangendo pessoas e grupos diferentes, não obstante, todos desviados da sã doutrina apostólica.




As cartas de 2João e 3João podem ter circulado inicialmente como anexas à carta de 1João, como complementos com destinatários específicos: uma igreja (2Jo) e um ministro chamado Gaio (3Jo). Se encaixam naquele segundo propósito de 1Jo, mas de formas opostas: 2João adverte a uma igreja que não receba os falsos mestres (2Jo 1:10), e 3João incentiva Gaio a continuar recebendo os mestres verdadeiros (3Jo 1:5-8).





1João 1:1


O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida. 1 João 1:1.




1


O que era desde o princípio (1Jo 1:1). 


No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1:3). O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. (Cl 1:15-17). Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; (Hb 1:1-3).




2


O que ouvimos (1Jo 1:1). 


As palavras que Eu vos digo são espírito e vida (Jo 6:63). Ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo (2Pe 1:17,18). E os servidores foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus; e eles lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem (Jo 7:45,46). E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José? (Lc 4:22).


 


3


O que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado (1Jo 1:1). 


Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade (2Pe 1:16). E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor (Jo 20:20).




4


E as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (1Jo 1:1). 


Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus (Jo 13:23). Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste (Hb 10:5). Temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez (Hb 10:10). Nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dentre os mortos (At 10:41). E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1:14). Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens (Jo 1:4). Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo; (Jo 5:24-26).







Playlist YouTube 


Escola Charles Spurgeon - Comentários Exegéticos - Felipe Prestes - https://youtube.com/playlist?list=PLllLejb59ly2_57MOtHbXtx69tthLu178


FELIPE PRESTES


A vida eterna foi revelada no Filho, Jesus Cristo.




WERNER DE BOOR


Mas essas primeiras linhas de sua carta representam uma única exposição do que na verdade são um “apóstolo” e sua autoridade apostólica. O apóstolo é a testemunha original que viu com os próprios olhos e ouviu com os próprios ouvidos, de cujo testemunho vive a igreja crente de todos os tempos. Contudo esse testemunho não o coloca como “senhor” acima da igreja. Para ele é plena alegria transmitir sua mensagem à igreja e preservá-la na mensagem clara original. Hoje também nós dependemos do “apóstolo”, cabendo-nos, portanto, ouvir sua carta como palavra que alicerça nossa fé e nos instrui na fé e vida condizentes.


“O que era desde o princípio” não significa apenas aquilo que era “inicial”, mas também o que é “por princípio”, fundamental, original, essencial. É aquilo que existia “antes da fundação do mundo” e embasa toda a existência.


“O que era desde o princípio” saiu de sua ocultação. Tornou-se “manifesto”. E agora passa a ser aquilo “que ouvimos e que vimos com nossos (próprios) olhos, o que contemplamos e que nossas mãos apalparam.”


“A palavra se fez carne e acampou entre nós” (Jo 1.14). Já antes de todo o “princípio” do mundo Deus externou sua natureza interior. Colocou essa “palavra”, pela qual se expressava, diante de si como uma “pessoa”. Por isso essa “palavra”, que carrega dentro de si a natureza mais precípua de Deus, é chamada também de “o Filho”. Como palavra do Deus vivo ela é “a palavra da vida”. Já está no “princípio” com Deus, e a criação do mundo aconteceu por meio dessa “palavra”. E com Jesus essa “palavra da vida” veio ao mundo decaído de Deus, dando a vida ao mundo (Jo 6.33). Por essa razão aquilo que em Jesus “era desde o princípio” está novamente entre nós de modo audível, visível e palpável. Aquilo que sempre tinha sido procurado sem sucesso pode ser encontrado em Jesus.


Ainda que aquilo “que era desde o princípio” seja importante apenas para mentes que indagam e pesquisam mais profundamente, com certeza tudo o que possui semblante humano anseia pela “vida”.. Todos conhecem esse enigma de nossa existência, de que é certo que “vivemos” (no sentido de bios) e apesar disso temos de buscar sem cessar pela “vida” (zoé) verdadeira, essencial, porque evidentemente não a possuímos.




DAVIDSON


Este Evangelho não era nenhuma inovação ou coisa recentemente inventada (era desde o princípio), nem se ocupava de alguma figura mitológica, como as formas vagas dos mistérios gregos, mas de uma Pessoa genuína e histórica, que fora ouvida, vista e até apalpada (1; cfr. #Lc 24.39; #Jo 20.20-24 e segs.). A mensagem do Evangelho não é uma teoria ou conto de fadas, mas o registo da vida e da presença entre os homens do Deus vivo, de forma tangível na pessoa de Seu Filho.




DAVID HALE


João imediatamente declara que a base de sua mensagem é a realidade histórica de Jesus Cristo (1:1-4). Aqui a mensagem é que Deus foi historicamente revelado na vida de Jesus Cristo, o Filho. Uma pessoa pode ter comunhão com o Pai e o Filho e verdadeira comunhão com outros crentes.




DD-CBB 1.1


Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus. Nele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas; Na plenitude dos tempos, Ele se fez carne, na pessoa real e histórica de Jesus Cristo, gerada pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, sendo, em Sua pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem; Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem; Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e revelou e obedeceu toda a vontade de Deus; Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando a culpa de nossos pecados, conquanto Ele mesmo não tivesse pecado; Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde, à destra do Pai, exerce o Seu eterno sumo sacerdócio. Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens e o Único e Suficiente Salvador e Senhor; 




PB-CBB 1.1


A fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder – como o unigênito filho do Deus Supremo – de Sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica à totalidade da vida. Dela procede a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação da lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao Seu serviço, fidelidade ao Seu reino e a máxima devoção à Sua pessoa, como o Senhor vivo. A suprema fonte de autoridade é o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida está sujeita à sua soberania.



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